sábado, 22 de outubro de 2016

"Uma Questão de Respeito" por Hannah Wallen

Uma Questão de Respeito


Uma questão que ouvi fora de contexto hoje de certa forma cristalizou para mim um aspecto da controvérsia #gamergate, múltiplas questões dos homens, e a diferença entre as respostas pública e privada a incidentes de violência doméstica entre pessoas famosas dependendo de se o autor é homem ou mulher. De pé numa loja de conveniência, ouvindo uma mulher reclamando de um homem que cheirava a fumaça, eu murmurei internamente enquanto ela repousava no0 qeu pareceria ser um ponto de espera para garotas com algo para ficar reclamando.

"O que tem de errado com aquele cara? Ele não respeita as mulheres?".

Maioria das vezes, quando ouço algo desse naipe, a mulher que diz isso está usando a palavra "respeito" quando ela de fato quer dizer "veneração".

Era uma vez um tempo em que existia uma compensação sob a qual as mulheres recebiam tratamento especial. Era contingente a afastar-se de comportamentos grosseiros como beber demais, brigar, e ser sexualmente promíscua. Presumia-se que mulheres eram moralmente superiores, e esperava-se que elas correspondessem a tanto. Era esperado que elas fossem mais gentis que os homens, e que vivessem de acordo com isso, também. Mesmo a estética feminina era sobre ser algo mais especial que o homem, o que explica o porquê de ter sido, e ainda hoje ser, permitido às mulheres o fausto de restringir as próprias capacidades de executar trabalhos pesados. Em retorno a viver sob estes padrões, mulheres receberam o direito adquirido a certas concessões não proporcionadas a homens. Elas poderiam demonstrar sensibilidades mais delicadas tais como ofender-se de linguagem chula ou assuntos rudes, e esperar que suas aversões fossem aduladas. Elas poderiam esperar isenção de algumas das responsabilidades da vida, como sustentar uma família ou mesmo a elas mesmas. Não era apenas a necessidade de um gentil-homem, mas sua honra, dar assistência a mulheres em necessidade, e machucar uma mulher era um tabu para os homens. Mulheres que cumpriam com estes padrões morais e sociais associados a seus paéis tradicionais eram tomadas como respeitáveis de uma forma que mereciam veneração; homens que cumpriam com seus papéis as reverenciavam.

A reverência wue mulheres de hoje em dia, tão sonora e crassamente, demandam em nome do "respeito" não é conquistado com base em algum arranjo. Sessenta anos de protestos feministas liberaram mulheres das amarras da obrigação social, permitindo-nos a, sem esperar julgamento por isso, tornarmos tão grosseiras, violentas e sexualmente promíscuas quanto os homens - e em alguns casos até mais. Feministas lutaram por isso sob a máscara da igualdade, demandando que a reconhecesse não apenas igualdade de direitos e de valor humano, mas aptidão e dureza. Feministas lutaram para liberar as mulheres do seu lado da barganha, e mesmo assim, o que é que ouvimos delas no momento em que o tratamento igual ao dos homens aplicado para uma mulher significa que ela não mais será favorecida ou isentada como antes? "O que há de errado com aquele cara? Será que ele não respeita as mulheres?"

O que isso tem a ver com o #gamergate? Bem, começa com mulheres reclamando de uma falta de igual tratamento e acabou com uma massiva campanha difamatória onde mulheres e suas asseclas basearam-se em padrões desiguais para tentar envergonhar e difamar gamers a fim de dar a elas mesmas tratamento especial; isentando as mulheres no centro da controvérsia de críticas que elas poderiam esperar encarar e lidar acaso fossem homens. Ambas as mulheres e a mídia substituíram uma demanda por veneração às mulheres, exigindo subjugação das questões dos gamers homens, aonde se precisava de um debate aberto.

Como isso é respeito para alguém?

É possível ver o mesmo tratamento em várias questões discutidas pela comunidade dos ativistas pelos direitos dos homens e meninos. Traga a lume os direitos iguais de parentela, e grupos de mulheres berrarão argumentos em favor da demonização dos pais sem evidência, chamando-os de parasitas abusadores. Tente aplicar fatos e razão à discussão acerca da disparidade salarial, e a cartada da misoginia é imediatamente lançada. Em face de tratamento igualitário impeditivo, grupos de mulheres defendem a disparidade de gêneros nas probabilidades de captura/apreensão, nas probabilidades de condenação, no sentenciamento criminal, e na duração e tipo de sentença a ser cumprida em casos que homens e mulheres cometem os mesmos crimes. Mesmo em uma área que não deveria exigir grande esforço intelecual, a saber mutilação genital involuntária em infantes e menores, grupos de mulheres defendem a autonomia corporal das garotas, demandando total eliminação da tradição, ao mesmo tempo que a apóiam quando usada em garotos infantes. Isto, sem nenhuma razão melhor que aquelas dadas para o uso da mesma em garotas.

Os mesmos grupos que alegam igualdade física em seus argumentos para o igual pagamento revertem-se a si mesmos quando a discussão volta-se à violência afetiva e a sexual. Abuso é abuso, a menos que uma mulher seja a autora e um homem seja a vítima. Um homem deve tratar uma mulher da mesma forma que trataria outro homem... a não ser que ela o ataque. Então, ele deve a ela o tratamento especial de não defender-se da mesma forma que o faria se fosse contra outro homem. Ela deve ser adulada como uma criancinha rebelde. Apesar de sermos iguais quando defensores das mulheres demandam uma fatia igual das recompensas da vida (* Editado: excelente ponto feito por Bernard Chapin - feministas demandam recompensas que mulheres não mereceram, tais como representação igualitária nas posições de presidência de empresas não obstante as mulheres não tomarem parte no trabalho e na execução de sacrifícios para se chegar a ... uma fatia mais que igualitária *), quando confrontados com as partes ásperas da vida, não somos todos iguais. Repentinamente, mulheres são inferiores, não apenas fracas demais para restringir sua mostra de temperamento com um forte assalto, mas também estúpidas demais para reconhecer isto ao manter seus punhos para si mesmas. Que mensagem as mulheres deveriam comprar? Somos fortes e espertas o suficiente para merecer o mesmo pagamento enquanto jagunças e madeireiras, cientistas e engenheiros, ou somos fracas demais para nos defender e ainda assim estúpidas demais para evitar provocar brigas com homens de qualquer jeito? Feministas e outros justiceiros sociais pensam que mulheres não são sagazes o suficiente para notar essa contradição?

Isto me indica que o ultraje das mulheres é pessimamente mal-direcionado. Não são as atitudes das mulheres que precisam ser examinadas, mas aquelas das feministas e dos justiceiros sociais que jogam a cartada da misoginia a fim de defletir abordagens para manter mulheres nos mesmos padrões e expectativas encaradas pelos homens. Esta conduta não é um indicativo de muita fé em suas supostas cobranças;

Ei, feministas e justiceirinhos sociais! O que há de errado com vocês? Vocês não respeitam as mulheres?
META
Título Original A question of respect
Autor Hannah Wallen
Link Original http://breakingtheglasses.blogspot.com.br/2014/09/a-question-of-respect.html
Link Arquivado http://archive.today/Ld186

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