terça-feira, 31 de janeiro de 2017

"Cuidado com a Armadilha Kafka" por Wendy McElroy

Cuidado com a Armadilha Kafka


O termo "armadilha kafka" descreve uma falácia lógica que é popular no feminismo de gênero, políticas raciais e outras ideologias de vitimismo. Ele ocorre quando você é acusado de um crime de pensamento como sexismo, racismo ou homofobia. Você responde com uma negação honesta, a qual é usada como confirmação adicional de sua culpa. Você agora está preso em um argumento circular e não-falseável; ninguém que é acusado pode ser inocente porque a estrutura da armadilha kafka impede esta possibilidade.

O termo deriva do romance de Kafka, Der Process [1] (O Processo) na qual um bancário de nome Josef K. é detido; nenhuma acusação formal é jamais revelada ao personagem ou ao leitor. Josef é processado por uma corte tirânica e bizarra de autoridade desconhecida e está fadado a uma burocracia impenetrável. Ao fim, Josef é abduzido por dois homens estranhos e inexplicavelmente executado com uma punhalada no coração. O Processo é o comentário de Kafka sobre governos totalitários, como a União Soviética, nos quais a justiça é distorcida em uma paródia amarga e horripilante de si mesma e só serve para aqueles no comando.

Armadilha kafka retorce a razão e a verdade em auto-paródias que servem a ideologias vitimistas que desejam evitar a evidência e os argumentos racionais sobre os quais repousa a verdade. O termo parece ter se originado de um artigo escrito em 2010 pelo autor e defensor do software de código aberto, Eric S. Raymond. Ele inicia reconhecendo o valor da igualdade diante da lei e de tratar os outros com respeito. Mas ele nota "boas causas podem ter más consequências". Uma de tais consequências é que as táticas usadas para alçar a consciência podem virar-se abruptamente "no arrepiante e patológico, tomando algumas das características menos sadias do evangelismo religioso".

Raymond oferece vários modelos de como a armadilha kafka opera. Ele chama os dois mais comuns de A e C.

Modelo A: o acusador afirma "Sua recusa em reconhecer que é culpado de {pecado, racismo, sexismo, homofobia, opressão ...} confirma que você é culpado de {pecado, racismo, sexismo, homofobia, opressão ...}. Recordando O Processo, Raymond explica como o enredo do romance paraleliza a estrutura e o propósito do não-argumento do acusador. Nenhum ato específico é nomeado na acusação, o que torna a alegação não-falseável. A vaga acusação constitui um crime de pensamento, o que também o torna não-falseável. Como em O Processo, o processo parece projetado para criar culpa e destruir a resistência de forma que torne-se maleável. De fato, "a única saída ... disto ... é aquiescer com sua própria destruição". Mesmo que seja inocente, o único caminho de redenção para você é declarar a culpa e aceitar a punição. Idealmente, para o acusador, você até mesmo deveria acreditar em sua própria culpa.

Modelo C é uma variante do mesmo tema. Você pode não ter feito, sentido ou pensado nada de errado mas ainda é culpado porque se beneficia de uma posição de privilégio criada por outros. Em outras palavras, você é culpado de sua identificação com um grupo como "homem", "branco", ou "heterossexual". A acusação te faz responsável pelas ações de estranho cujo comportamento você não pode controlar e que podem já ter morrido há muito tempo. Raymond escreve, "O objetivo ... é produzir uma espécie de culpa suspensa no ar ... uma convicção de pecaminosidade que pode ser manipulada pelo operador [acusador] a fim de fazer o sujeito dizer e fazer coisas que são convenientes aos objetivos pessoais, políticos ou religiosos do operador". Para ser redimido, você deve parar de discordar com o acusador e condenar todo seu grupo de identidade.

O que acontece quando o acusador confronta alguém com o mesmo grupo identitário que ele ou ela pertença? Por exemplo, uma mulher pode questionar aspectos do feminismo politicamente correto sendo apresentado por outra. Um fenômeno inteiramente diferente ocorre. Obviamente, a questionadora não será encorajada a condenar-se a si mesmo por ser mulher ou por esfolar todas as mulheres. Em vez disso, ela será definida para fora do grupo.

Isto é a chamada "Falácia do Verdadeiro Escocês". Ela ocorre quando alguém é confrontado com um exemplo que disprova uma alegação universal. O filósofo inglês Anthony Flew descreveu a falácia, a qual ele mesmo nomeou. Um dia Hamish McDonald leu um artigo no Glasgow Morning Herald que reportava um ataque de um maníaco sexual na Inglaterra. Hamish declara loquazmente, "Nenhum escocês faria tal coisa!" No dia seguinte, o Glasgow Morning Herald reporta um ataque ainda pior na Escócia. Em vez de rejeitar sua proposição inicial, Hamish exclama: "Nenhum escocês de verdade faria tal coisa". Dessa forma, mulheres conservadoras como Sarah Palin não são mulheres de verdade; negros que questionam a validade do 'privilégio branco' deixam de ser vistos como negros de verdade.

Outras técnicas são geralmente associadas à armadilha kafka. (Nota: para uma tática ser armadilha kafka de verdade, ela deve envolver uma alegação não-falseável.) Técnicas associadas que provem sua culpa podem incluir:
  • Requisitar uma definição clara e precisa do que você é acusado - por exemplo, homofobia;
  • Apontar uma injustiça cometida pelo grupo identitário do acusador;
  • Aplicar um único padrão a todos, e.g. recusar-se a aceitar que negros não podem ser racistas;
  • Expressar ceticismo sobre qualquer aspecto da ideologia vitimista, incluindo a plausibilidade da evidência anedótica;
  • Ser ignorante ou desinteressado sobre a ideologia;
  • Argumentar contra a ideologia;
  • Dizer "alguns dos meus melhores amigos são X".

Armadilha kafka pode parecer uma situação de vitória certa para o acusador. E no curto prazo pode ser verdade mas seus impactos a longo prazo podem ser devastadores.

Um movimento torna-se de grande alcance porque sua voz é a verdade - ao menos, em grande parte - e sua demanda por justiça é válida: Por exemplo, homossexuais têm sido hediondamente abusados em boa parte da história. Quando um movimento descarta a verdade e justiça que o faz crescer e favorece ataques abusivos em seu lugar, ele está em declínio. O abuso também invalida qualquer discussão produtiva sobre as reais questões. Raymond nota, "maneiras manipulativas de controlar as pessoas tendem a esvaziar as causas pelas quais elas são empregadas, sufocando quaisquer objetivos válidos que eles possam ter começado com, e reduzindo-os a veículos para a obtenção de poder e privilégio sobre os outros".

Um problema separado surge se o acusador honestamente crê na armadilha kafka. Uma mulher que crê que todos os homens são opressores é improvável em cooperar com eles em uma tentativa de boa-vontade em resolver problemas sociais. Ela está mais propensa a procurar uma posição de dominância sobre os homens, o que ela justifica em nome da auto-defesa ou como retribuição que lhe é devida. Isto eleva a tensão entre os sexos e obstrui tentativas sinceras de resolver os problemas. Uma verdadeira crente que usa da armadilha kafka torna-se cada vez mais isolada de pessoas que são vistas como "inimigas" porque elas discordam; o verdadeiro crente torna-se cada vez mais incapaz de sequer comunicar-se ou ter empatia por um largo espectro de pessoas. O que usa da armadilha 'ganha' o argumento mais perde a humanidade partilhada.


Notas
[1]De fato, o nome original contém este erro de ortografia. O próprio Franz Kafka escrevia dessa forma, apesar de o correto ser "Der Prozess".

META
Título Original Beware of Kafkatrapping
Autor Wendy McElroy
Link Original https://wendymcelroy.liberty.me/beware-of-kafkatrapping/
Link Arquivado http://archive.today/GrMhp

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

"Não Existe Tal Coisa Como Estupro Marital" por Judgybitch

Não Existe Tal Coisa Como Estupro Marital


O escritor de ficção científica Vox Day e a feminista Louise Mensch foram ao Heat Street recentemente para debater se estupro marital é uma coisa real. É uma leitura interessante, mas o resumão é que Day acredita que casamento inclui consentimento com o sexo, o que só pode ser revogado com divórcio, e Mensch pensa que se você consentiu com o sexo uma vez, isto não implica que você deu consentimento tácito a todo sexo futuro.

Mensch é uma feminista bastante razoável, reconhecendo que mulheres geralmente dizem não quando querem dizer sim, mas insistindo que se uma mulher está irritada e genuinamente quer dizer que não quer fazer sexo, seu marido a terá estuprado se ela forçá-la a ter o sexo que ela não quer.
Estou postulando onde uma mulher claramente disse não, claramente quis dizer isso, ela sente-se mal, acabou de ter uma grande briga com o homem, e qualquer número de tais situações bastante óbvias. A mulher disse naquele momento, mesmo que eles regularmente tenham sexo como casal, ela não quer ter sexo e ele a força sobre ela. Isto é claramente estupro e não remove o fato que ela tinha uma obrigação geral de ter sexo com ele e ele com ela. Quando você extrapola isto de cada vez que ele se sente assim, eu não veja justificação em seu argumento tão largo para este passo.

É aqui que as credenciais feministas de Mensch são mais óbvias: olhe para as suposições que dirigem a última sentença. Ela sente como se fazer sexo, sua esposa estando mal ou irritada, e Mensch trabalha na suposição que ele a forçará a ter sexo sempre. Como sempre, na terra do feminismo, homens são monstros.

Eu penso que nós temos que distinguir claramente entre ter um direito e exercer este direito. Sob a Segunda Emenda da Constituição americana, todo americano tem o direito de manter e portar armas. Muitos americanos escolhem não exercer este direito. Eles ainda têm tal direito, quer usem ele ou não. A questão sob consideração neste debate em particular é se o casamento confere consentimento ao sexo o qual não pode ser restringido exceto pela dissolução do casamento.

Se você tivesse me perguntado a algumas semanas atrás, eu teria concordado com Mensch. Se eu digo não a meu marido, eu espero que ele respeite isso, apesar de que, se eu for bem honesta, eu ficaria muito insultada e irritada se ele rejeitasse meus avanços. Nestes 18 anos em que vivemos juntos, eu não me recordo de ele ter me rejeitado, e posso contar nos dedos de uma mão o tanto de vezes que eu absolutamente recusei ter sexo com ele. Ponderando mais cuidadosamente a ideia, agora eu cheguei à conclusão que Day tem razão - estupro não pode existir em um casamento. Se estupro marital fosse algo, então 100% do sexo que eu já tenha feito com meu marido foi estupro.

Eu nunca obtive consentimento dele e nem ele de mim.

Consentimento é pressuposto como função básica do casamento. Consentimento ao sexo é parte do que é o casamento. Mensch reconhece a obrigação geral que casados têm um com o outro, mas recusa o consenso geral. Eu acho que a parte mais interessante da discussão circunda o uso de força e violência. Casamento confere o direito de ter sexo com seu consorte, mas não te confere direito algum de atacá-lo. Por que meios um consorte força sexo que não quis sem o uso de força? Mensch é bastante inflexível no que a maioria dos estupros maritais será de maridos estuprando esposas, porque ela tem dificuldades imaginando sob que circunstâncias uma mulher poderia forçar um homem ao sexo penetrativo. Eu claramente tenho uma imaginação mais vívida que a de Mensch, mas pelo bem do argumento, digamos que ela esteja correta.

Então eu me recuso a fazer sexo com meu marido, e ele avança em fazer sexo comigo, contra minha vontade.

Como?

Como ele pode fazer isso sem usar força ou violência?

Ele não tem meios de executar seu direito. Isto não significa que seu direito não exista. Feministas irão geralmente fazer sensacionalismo barato sobre estupro marital legalizado até os anos 1990 na maioria dos estados dos EUA, mas talvez haja uma razão para tal: leis contra assalto eram perfeitamente eficazes em assegurar que homens não pudessem exercer seus direitos sem o consentimento da mulher.

Então, qual o ponto das leis de estupro marital? De acordo com Day:
... o conceito de estupro marital é criado por marxistas culturais numa tentativa de destruir a família e destruir a instituição do casamento ...

Essencialmente, leis de estupro marital dão à mulher uma pistola carregada. Teoricamente homens têm a mesma arma, mas na prática, como nota Mensch, a maior parte dos estupros maritais será de maridos como agressores e esposas como vítimas. Todo e qualquer sexo pode ser definido como estupro, dependendo dos caprichos da mulher envolvida. Como pode um homem provar consentimento para toda e cada ocorrência? Ele não pode. Nem pode a esposa também, mas quantas mulheres serão prováveis de encarar essa acusação? Eu não consigo encontrar um simples exemplo.

A consequência mais insidiosa de toda ideia de estupro marital é que ele reforça a narrativa do homem como monstro. Sexo é atrelado a perigo, e não de uma forma excitante. A qualquer momento, o homem que você ama, respeita, admira, deseja - a qualquer momento, ele pode te atirar na sala e te estuprar. Eu penso que Day tinha o melhor argumento sobre por que o consentimento é uma parte essencial do casamento, mas eu queria que Mensch e Day tivessem discutido os cenários em maiores detalhes. Em um certo ponto, Mensch pergunta se seria aceitável que uma mulher sentasse na cara de seu marido até ele satisfazê-la oralmente, e Day concorda que sim, ela tem esse direito.

Mas quem faria isso? E que tipo de relacionamento você esperaria nutrir com este tipo de comportamento? Isto é grosseiro, e intimidador, e egoísta, e desagradável, e muito francamente, qualquer mulher que fizesse isso seria uma imbecil. Mas aí é que está: o mesmo vale para qualquer homem. O que está deixado de fora de toda essa conversa é a suposição automática que homens estuprarão suas esposas se não existir uma lei específica proibindo isso.

Se estou me sentindo mal ou estou exausta ou apenas de mau humor por qualquer razão, meu marido não vai me pressionar para sexo. Assim como eu jamais demandaria sexo dele se eu visse que ele está cansado ou não se sentindo bem. Uma massagem nas costas e dormir mais cedo é uma reação mais provável, porque eu não sou uma retardada e nem ele é.

Moralmente, estupro marital não é possível. Legalmente, mais que certamente o é. A função principal destas leis é demonizar homens e instrumentalizar a sexualidade das mulheres, de modo que ela possa ser usada para punir os homens que não sejam mais úteis para as mulheres. Isso parece um todo de uma ideologia, não? Agora não é mais mistério para mim por que feministas amam tanto o estupro marital. Este é o todo de sua ideologia, sumarizado em um claro meme.

Homens são estupradores.

Mulheres são vítimas.

E feminismo é câncer.

Com muito amor,

JB

META
Título Original There is no such thing as marital rape
Autor Janet Bloomfield - AKA Judgybitch
Link Original http://judgybitch.com/2016/09/12/there-is-no-such-thing-as-marital-rape/
Link Arquivado http://archive.today/wLauM

domingo, 15 de janeiro de 2017

"Se vir Jezebel pela rua, atropele essa vadia!" por Paul Elam

Se vir Jezebel pela rua, atropele essa vadia!


Nota do Publicador: Este artigo, publicado originalmente em 22 de outubro de 2010, é uma resposta satírica a uma peça que apareceu no site feminista Jezebel ("Você já bateu no seu namorado? Porque, eh, nós já") e a "piadinhas" comuns na mídia sobre mulheres atacando fisicamente homens e meninos. Este já foi trazido de volta à página inicial com uma cutucadinha para Ally Fogg, provavelmente uma das mais dissimuladas trucagens do planeta. Fogg estava discutindo o "vilanesco" e violento Movimento pelos Direitos dos Homens e ele e seus comentaristas estão novamente em lágrimas, procurando atenção mediante ao atacar o AVFM nos comentários de um artigo recente do partido Justice 4 Men and Boys (não afiliado ao AVFM - mesmo assim, temos termos amigáveis com seu fundador Mike Buchanan) com citações fora de contexto, aparentemente na esperança que outros sejam estúpidos demais para reconhecer uma sátira quando a veem, mesmo que seja meticulosamente assinalada para eles. O artigo é repostado como está, as únicas mudanças serão os "alertas de Fogg" que usaremos para ajudar os numerosos seguidores intelectualmente lentos de Ally a reconhecer uma sátira assim que uma delas surgir diante de seus olhos. Aqueles itens que não são sátira, mas podem ser confundidos como tal pelos intelectualmente desfavorecidos, também serão identificados [entre colchetes].

Para sua edificação avançada, nós providenciamos este link para a seguinte página wiki, que fornece definições das sátiras horaciana e juvenaliana. O que nós fazemos ao instruir este artigo é um exemplo de sátira da variedade juvenaliana. Para aqueles com inclinações como as de Fogg que não saibam o que é um hiperlink, eu forneço a seguinte definição, com o cuidado de que é toda ajuda que posso oferecer. PE

Sátira juvenaliana, nome originário do satirista romano Juvenal (final do século I até começo do século II DC), é mais insolente e abrasiva que a horaciana. Sátira juvenaliana aborda o mal social com escárnio, ultraje, e ridicularização feroz. Esta forma é gerealmente pessimista, caracterizada por ironia, sarcasmo, indignação moral e injúria pessoal, com menos ênfase no humor. Sátira política fortemente polarizada geralmente é juvenaliana. Veja também: Sátiras de Juvenal.


É mês da conscientização pela violência doméstica, pessoal, e nós estamos aqui na metade final de outro [sem sátira] de masturbação mútua nacional, toda a indústria da violência doméstica punhetando para um frenesi de stats falsificados e mentiras sadisticamente excitantes.

Nós temos saliva voando nos salões do congresso, os antecedentes de demandas histéricas que assumamos como causa mundial de defender mulheres indefesas por todo globo de sua desolada sina na vida como vítimas. Temos criado homens vestindo-se de costura drag e andando uma milha "em seus sapatos", um tipo de autoflagelação de última tendência, nova-era e humilhante por parte de homens que querem expiar por todos os portadores do maligno pênis.

E nós temos um artigo ressurreto de agosto de 2007, das mulheres do Jezebel (destaque para o célebre Dr. Snark) swmonstrando quão impenitentemente violentas elas realmente eram, e quanto elas aparentavam gostar disso.

A escritora sênios Tracie Egan Morrissey escreveu o artigo, que aborda as conclusões da pesquisa reportada na Psychiatric News que "de fato, quando se trata de violência não-recíproca entre parceiros íntimos, mulheres mais comumente são as autoras".

Morrissey reagiu a esta tão frequentemente ignorada realidade, depois de uma pergunta de suas leitoras para aqueles que tenham batido em seus namorados, com isto aqui:
"... bem, vamos apenas dizer que é sábio não mexer com a gente"

E é claro que a seção de comentários que segue o artigo dá subsídios para sua atitude pró-abuso para com os homens. É repleta de mulheres deliciando-nos com histórias de como elas [sem sátira] chutaram, bateram, esmagaram e tiraram sangue de seus namorados por fazerem coisas irritantes que homens às vezes fazem. Uma mulher informou que ela socou seu ex na cara por ter a audácia de estar com outra garota após eles já terem se separado.

[Alerta para o Fogg! Sátira!] É isso. Em nome da igualdade e justiça, eu estou proclamando outubro como o Mês de Surrar Cachorras Violentas.

Eu gostaria de fazer deste o objetivo para o restante desse mês, e todos os meses de outubro que se seguirão, para homens que estão sendo atacados e fisicamente abusados por mulheres - para bater com força nelas. Eu digo, literalmente pegá-las pelo cabelo e enterrar suas caras contra o muro até a presunção de bater em alguém porque você sabe que ela não vai reagir esvair-se pelos seis narizes com alguns milhões de corpúsculos vermelhos.

E fazê-las limpar a bagunça causada.[/Alerta ao Fogg]

[sem sátira] Você sabe, nós costumamos dar um nome para pessoas que só batem naqueles que sabem que não vão contra-atacar.

Valentões.

E todos sabemos que valentões são covardes. Machuque um e eles vão procurar outro para atacar toda vez.

[Alerta para estúpidos. Para aqueles muito acuados para reconhecer sátira, eu vou indicar para eles]

Agora, estou falando sério sobre isso?

Não.[/Alerta para estúpidos] Não porque é errado. Todos deveriam ter o direito de se defender. Diabos, mulheres são geralmente desculpadas por matarem alguém que elas alegam ter-lhes abusado. Elas podem dar um tiro durante a hora do sono e sair andando. Acontece o tempo todo. Isso até te dá um espaço na Ophrah, e bucetistas de toda bucetosfera irão te tornar celebridade.

[sem sátira] Nesta luz, qualquer uma daquelas mulheres do Jezebel e milhões de outras o longo do mundo ocidental são tão dignas de um chute na bunda quanto qualquer ser humano pode ser. Mas não vale o tempo detrás das grades ou o treinamento de controle de raiva que homens têm que suportar se eles são desfaçados o suficiente para defender-se de mulheres agressoras.

A melhor opção é chutá-las para o meio-fio, figurativamente falando, e confiantemente partir para escolhas melhores. Além disso, violência na autodefesa deve ser de alguma forma comensurável com a violências do ataque.

Eu direi isso, porém. Para todos os homens por aí que decidiriam dizer "dane-se as consequências", e revidatam, vocês são heróis pela causa da igualdade; são verdadeiros feministas. E são os Reis Honorários do Mês de Surrar Cachorras Violentas. Vocês são a prova viva do quão vazias são as rodinhas das valentonas e hipócritas "não mexam com a gente".

No espírito das feministas aí, VAI NESSA, CARA!

Nota: mais uma vez, para os que se perderam, este artigo é uma resposta satírica à peça no Jezebel ("Have you Ever Beat Up a Boyfriend? Because, Uh, We Have") e para as "piadinhas" são comuns na mídia sobre mulheres atacando fisicamente homens e meninos. - Eds.

META
Título Original If You See Jezebel in the Road, Run the Bitch Down
Autor Paul Elam
Link Original http://www.avoiceformen.com/mens-rights/domestic-violence-industry/if-you-see-jezebel-in-the-road-run-the-bitch-down/
Link Arquivado http://archive.today/VFeR2

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

"Alguns Pensamentos Sobre 'Zootopia'" por ToySoldier

Alguns Pensamentos sobre Zootopia


Finalmente eu vi o filme Zootopia, da Disney. Foi o filme animado mais recente. Como o nome sugere, o filme é sobre uma utopia de animais (apenas mamíferos). Judy Hopps (dublada por Ginnifer Goodwin) trabalha a vida toda para tornar-se o primeiro coelho policial apesar da sua pequena estatura. Ela ingressa na força policial e é escalada para o ramo principal em Zootopia. Porém, assim que ela chega, ela descobre que a cidade onde todo mundo pode ser qualquer coisa que quiser ser não é o paraíso que ela esperava.

O filme parece ter uma tomada em políticas raciais, porém, algumas feministas tomaram a mensagem como sendo sobre políticas de gênero, e eu posso ver por quê.

Judy é uma coelha. Todos os seus tratos - pequena, fraca, doce, emocional - são usualmente associados a mulheres e à feminilidade. Durante seu treino para tornar-se uma agente policial, Judy recebe uma grande monta de comentários condescendentes e preconceituosos que parecem semelhantes ao que alguém diria a uma mulher (ironicamente, todos eles são proferidos por uma ursa polar fêmea). Quando Judy chega ao ramo principal de Zootopia, em vez de receber um dos casos de predadores desaparecidos, Judy é posta de policial de tráfego. Seu desempenho estelar na academia não significa nada. O chefe simplesmente quer a coelha cotista [1] fora do caminho.

Muito disso também se encaixa na discussão sobre raça e viés em geral, porém, eu penso que fixar-se no ângulo do gênero fornece uma interessante compreensão no que os produtores do filme realmente fizeram.

Um dos elementos chave do filme é o otimismo de Judy. Ela quer ser uma agente policial mesmo que seu tamanho torne isso dificíl, se não impossível. Todos parecem ser contra seu sonho, mesmo seus pais (a cena deles falando para ela abandonar os seus sonhos é na realidade bem divertida). O fator em jogo é a "raça" de Judy. Coelhos e outros herbívoros são "presa". Carnívoros e onívoros são "predadores". Estes dois formam os grupos raciais no filme. Em certa extensão, eles formam também os grupos de gênero, com as presas sendo fêmeas e os predadores machos. Neste ponto, a vasta maioria dos predadoes, e creio que a totalidade dos violentos, é macho.

Judy explica na abertura do filme como predadores superaram sua natureza violenta e as presas superaram seu medo. Eles podem ser qualquer coisa que quiserem, especialmente se forem para a maior cidade do mundo, Zootopia.

Porém, as coisas não são tão utópicas quanto parecem ser. Alguns predadores ainda são perigosos. Judy aprende isto enquanto criança, quando ela tenta defender alguns companheiros estudantes de uma raposa valentona apenas para ser nocauteada e arranhada na cara. Seu otimismo a impede de julgar o garoto, de nome Gideon. Ela parece vê-lo como um valentão que acabou por ser uma raposa, em vez de uma raposa que faz aquilo que raposas fazem.

Ou é isso que devemos estar pensando. Quando Judy segue para Zootopia, seus pais lhe dão uma pletora de equipamentos de defesa anti-raposa. Ela pega o repelente de raposas apenas para fazer seus pais pararem. Não obstante, antes de Judy ir para seu primeiro dia de trabalho, ela inicialmente deixa o repelente e então volta para o seu apartamento para buscá-lo. Esta é nossa primeira dica de que Judy pode parecer otimista mas mesmo ela tem seu viés.

Nós vemos isso em amostra completa quando ela encontra Nick Wilde (dublada por Jason Bateman). Ela avista a raposa andando de forma bem evasiva e ela o segue. Seus instintos lhe dizem que ele não é bom, não obstante ela descobre que ele só queria comprar um picolé para seu filho.

Este é nosso primeiro gostinho da real Zootopia e do preconceito às claras. O elefante recusa-se a vencer para Nick o picolé porque Nick é um predador.

Claro, nesta instância Judy tinha razão em ter suspeitas. Nick trapaceia ela e o elefante completamente. Quando Judy descobre o truque e confronta Nick, ele estilhaça suas noções pré-concebidas sobre bondade e igualdade em Zootopia.

Se mantivermos a ideia feminista que o filme trata de gênero, este cenário apresenta um problema crítico porque Nick e os outros predadores representam "os homens". Eles deveriam ser os que detêm "privilégio", mesmo assim são os que enfrentam discriminação aberta nas mãos das presas.

Isto é melhor mostrado naquela que considero a cena mais forte do filme. Quando encontramos Nick pela primeira vez, ele é esquivo, ardiloso, e manipulativo. Judy tem que tapear o Nick para que a ajude, e Nick segue a sua maneira a fim de sabotar sua investigação dos predadores perdidos. Suas estripulias levam Judy a potencialmente perder o emprego dos sonhos. No momento que ele nota isso, ele decide ajudá-la. E então ele explica por que ele é como é:

Quando eu assistia a esta cena, a primeira coisa que me veio na cabeça foram todos os homens que frequentam cursos de estudos de gênero. Pensei sobre como deve ser o sentimento de querer fazer algo significativo apenas para que te digam que você é uma ameaça às mulheres e que precisa checar seu privilégio e que não pode nunca verdadeiramente ser digno de confiança. EU pensei sobre as multidões de homens feministas que tentam o seu máximo para alcançar estes padrões impossíveis sem jamais saber o que fizeram de errado, E eu penso nos montes de homens que simplesmente dizem "Ah, quer saber? Foda-se!".

Ou como Nick diz:
Se o mundo só vê uma raposa como sendo desleal e desonesta, não há sentido em tentar ser outra coisa.

Esta parece ser a mensagem que muitos homens obtêm do feminismo. Em um nível mais abrangente, esta parece ser a mensagem que muitos brancos tomam das discussões sobre raça. Isto também acontece com muitos pobres e minorias. Parece que quando pessoas julgam outro grupo com tamanha severidade, isto cria um viés auto-perpetuador. Nick é uma raposa desonesta porque ele foi tratado como uma.

Esta é uma cena dos diabos, e é uma que mina completamente o ângulo feminista porque não é executada como uma boa mensagem. Ela é tratada como preconceito.

Nós vemos isso mais tarde no filme quando Judy finalmente ganha a confiança de Nick após resolverem o caso. Ninguém pode explicar por que alguns predadores retornaram a seus primitivos modos predatórios, como Judy admite em uma comitiva de imprensa. Ela afirma que talvez seja uma causa biológica, que esteja na natureza dos predadores ser violento. Obviamente isto machuca Nick profundamente, particularmente quando ele vê alguns dos predadores amordaçados como aconteceu com ele quando criança.

Dado que este é um filme Disney, ele não poderia ficar com essa brecha. Mesmo assim o que aconteceu não foi Nick se desculpando com Judy. Foi Judy admitindo que ela não era tão livre de vieses como alegava ser. Existe um tanto de manipulação emocional na cena, mas no geral é algo um tanto incomum. Quantas vezes vemos uma personagem feminina desculpando-se para um personagem masculino, quanto mais sendo ela a que de fato está errada?

Se este é um filme feminista, então o que aconteceu é que a feminista admitiu que estava sendo sexista e desculpou-se.

Eu não penso que este é um filme feminista ou de justiça social. Eu penso que é um filme que olha para o viés de uma perspectiva objetiva, mostrando que qualquer um - até mesmo aqueles que se consideram desprivilegiados - pode ater-se a vieses. Eles não vão desaparecer magicamente só porque admitimos que eles existem. O mundo não é um lugar perfeito, e provavelmente nunca será uma utopia. Porém, se reconhecermos e confrontarmos nossos vieses, talvez podemos fazer desse mundo terrível algo um pouco melhor.

Esta é uma mensagem muito boa para um filme Disney muito belo.


FootNotes:
[1]No original, "token rabbit".

META
Título Original Some thoughts on Zootopia
Autor Toy Soldier
Link Original https://toysoldier.wordpress.com/2016/06/11/some-thoughts-on-zootopia/
Link Arquivado https://archive.today/qACBM

sábado, 7 de janeiro de 2017

"Tente ouvir mulheres reais" por JudgyBitch

Tente ouvir mulheres reais, Mark Ruffalo, retardado ignorante

Mark Ruffalo, um ator, recentemente tomou para si a tarefa de informar as milhões e milhões de mulheres que não se identificam como feministas que elas são "retardadas ignorantes" [Link1]. Deixando de lado seu comicamente deficiente apanhado da história - feminismo acabando com o comércio de escravos? Sério? Sério mesmo, Mark? As datas 1865 [Link2] e 1960 [Link3] não te atingem como sendo um tiquinho assim incongruentes?

Mas vamos ser generosos. Deixemos de lado o fato que mulheres podiam votar [Link4], manter ofícios [Link5] e deter propriedade [Link6] muito muito antes do feminismo sequer ter mostrado sua carranca horrenda e apenas nos concentrar na essência das alegações escravocetistas de Ruffalo. Em essência, Ruffalo está expressando sua gratidão para as feministas e sugerindo que mulheres que não compartilham sua aderência são desertoras. "Retardadas ignorantes" para usar sua frase.

Você é grato a feministas, não é, Mark? Tudo bem. Sejamos totalmente gratas, não devemos? De acordo com seu perfil no IMdB [Link7] você nasceu em Kenosha, Wisconsin, de Marie Rose (Herbert), estilista e cabeleireira, e Frank Lawrence Ruffalo, um pintor de construções.

Nascido numa família nuclear com mãe e pai? Teve sorte. Casais casados continuam a ser mais felizes, saudáveis, ricos e trazem a reboque filhos de mais sucesso [Link8], mais produtivos e prósperos comparados com famílias encabeçadas por mães solteiras e pais relegados a máquinas de dinheiro. E você sabe bem disso, não é? Você foi casado com a mãe de seus três filhos por quinze anos. Você não é estúpido, né? É apenas hipócrita.

O que aconteceu com as famílias nucleares? Elas foram destruídas. Pelas feministas [Link9]. Eu suponho que você não pode agradecer a uma feminista justo ainda, dado que sua família não foi dizimada e envenenada contra a saúde, a riqueza e a felicidade, ao contrário de um número crescente de famílias hoje. Olhe em sua volta. Todas essas crianças destruídas [Link10]? Elas são o produto de famílias em nada parecidas com a sua.

Agradeça a uma feminista por isso!

Espero que sua esposa continue a achar charmoso que você xingue a vasta maioria de mulheres "retardadas ignorantes", porque se ela se cansar de sua bobajada esquerdista sem sentido, ela vai te dar um porrilhão a mais de motivos para você ser grato às feministas. Você vai amar o que as feministas criaram para você. Pode confiar em mim.

Custódia das crianças? Nem fodendo [Link11]. 80% dos filhos são concedidos às mulheres e não existe jurisdição nos EUA que preserve a presunção de igualdade entre os genitores. Nenhuma. Parentela compartilhada não existe como presunção legal em lugar algum dos Estados Unidos. Iniciativas de parentela compartilhadas continuam a ser propostas e rejeitadas. Rejeitadas por quem?

Por feministas, Mark [Link12].

Agradeça a uma feminista porque elas não te consideram um contribuidor igualmente valioso para a vida e o bem-estar dos seus filhos, não crerem que seus filhos se beneficiarão de um igual relacionamento com ambos pai e mãe, e não confiarem em você para cuidar de seus filhos por si só sem abusá-los ou usá-los como intermediário para machucar, controlar e ferir sua esposa. Sim, Mark, feministas acreditam que homens como você não amam de verdade seus filhos - vocês amam machucar e controlar mulheres [Link12] e usarão os filhos para isso, sem hesitação ou consideração por seu bem-estar.

Agradeça uma feminista, Mark.

Você é casado com uma atriz que ninguém ouviu falar [Link13]. Aposto que isso te preocupa um bocado, não é? Ela não tem trabalhado desde 2003, mas você sim. Você tem trabalhado muito bem. Espero que ela não tenha se maravilhado com o rapaz do suprimento de imigrantes ilegais e tenha engravidado com uma última progênie antes de assinar a papelada do divórcio! Você terá ainda mais para agradecer às feministas! Metade de todo dinheiro que você conquistou é dela. Não há meios de prova [Link14] para determinar com o quanto ela contribuiu, o qual claramente não é zero, mas foi metade? Questão complicada! Não importa. Metade dos seus futuros rendimentos pode ser dela também. Pergunta pro Robin Williams.

Opa, espera um pouco. Ele está morto. Mais um dentre tantos homens que mataram a si mesmos em uma ignorada epidemia de suicídios [Link15] impulsionada por Cortes de Família grosseiramente injustas.

Mas ela te traiu? Ela destruiu seu casamento? Quebrou seus votos? Hahahaha! E daí? Dê metade para ela. Oh, aquele bambino latino que ela carrega? Se você ainda era legalmente casado quando o bebê nasceu, ele é seu [Link16]. DNA? Haha, você é tão fofo. Até parece que isso importa.

Agradeça a uma feminista, Mark.

Você é cidadão americano, Mark, então na ocasião de seu 18o. aniversário, foi apresentado com um Cartão do Serviço Seletivo e uma escolha: você gostaria de votar, inscrever-se em programas de financiamento estaduais e federais, e evitar condenação criminal? Assine o cartão [Link17].

Por que você?

Porque você é homem. Esta é a única razão. Você é homem, tem que concordar em morrer. Seu filho irá encarar a mesma escolha no dia que fizer dezoito. Suas filhas não. Lembra daquelas suffragettes que você estava tietando quando você decidiu que a maioria das mulheres é "retardada ignorante"? Estas mulheres lutaram pelo direito de votar, mas não a obrigação de morrer?

Aquelas eram as mesmas mulheres andando pelas ruas de Londres distribuindo penas brancas [Link18] para homens que tiveram a audácia de sobreviver em sua primeira distribuição nas malditas trincheiras encharcadas de sangue, urina, vômito e morte da Primeira Guerra Mundial. Estas penas indicavam que os homens eram covardes. Foi um esforço para humilhá-los a fim de enviá-los para o banho de sangue, enquanto as mulheres permaneciam em casa exigindo direitos sem responsabilidades. Estas mulheres marcharam por aí em anáguas que jamais tocariam cadáveres de companheiros, jamais seriam pressionados contra bocas arfando para respirar num ar envolto em gás mortífero, jamais seriam rasgados para estancar a vida se esvaindo pelas veias de irmãos, amigos, e estranhos. Estas anáguas as mantinham aquecidas e seguras em casa, enquanto homens morriam horrendamente em números assombrosos.

Gratidão? O que é isso? Estas mulheres não eram gratas. Elas distribuíam penas brancas. Para os covardes. Que estavam vivos. Elas queriam eles mortos.

Agradeça a uma feminista, Mark.

Seu moleque é um garoto ativo, tempestuoso, fisicamente engajado, assim como muitos meninos (e algumas meninas) são? Espero que não esteja planejando a educação pública para ele. Ele será drogado até o crânio [Link19] em razão de sua falha em emular perfeitamente suas irmãs.

Agradeça a uma feminista, Mark.

Sua última produção está contratando estagiários? São mulheres? Não as irrite, Mark. Uma acusação de impropriedade ou má conduta sexual pode acabar com sua carreira. Devido processo [Link20]? Hahahaha! Que hilário! Evidência? Prova? Plausibilidade? Pare - você está me matando aqui! Hilário demais! #EscuteEAcredite [Link21], Mark. Ande na ponta do pé ao longo das pequenas megeras que estão com seus olhares fixos em você. Os princípios mais básicos de justiça e a presunção de inocência não se aplicam a você quando a acusação é de assalto sexual, não importa quão absurda.

Agradeça a uma feminista, Mark.

Você é um cara grande, Mark, mas espero que você saiba que sua esposa tem a permissão de te estapear, socar, atacar, chutar, morder, arranhar ou de qualquer outra forma te assaltar, e se você se atrever em levantar a mão para se defender, você será detido e acusado, graças ao Violence Against Women Act [Link22]. Eu espero que ela não leia o Jezebel regularmente, porque aquelas senhoras escrevem colunas [Link23] sobre o quanto elas divertem-se abusando seus parceiros homens. Isso pode lhe dar ideias. Não importa, porém, porque isto é contra você, não contra ela. Não ataque mulheres, Mark, mesmo que mulheres te atinjam, porque é #ElePorEla, lembra? Não é #NósPorTodos. Não seja doido. Violência contra mulheres e meninas é ruim. Violência contra homens e meninos é engraçado!

Agradeça a uma feminista, Mark.

Eu decerto espero que você não acabe morando na rua, Mark. Assista às jovens meninas que se divertem espancando homens sem-teto até a morte [Link24]. E sim, a maioria esmagadora dos sem-teto é homem [Link25]. Um monte deles está escapando de situações domésticas abusivas, mas não existem espaços para servir as suas necessidades, porque apenas mulheres [Link26] recebem financiamentos para se livrar da violência doméstica.

Agradeça a uma feminista, Mark.

Este é o mundo em que você vive, Mark, e recusando-se a ver que a realidade que é este o mundo que seu filho herdará. Você está bem com isso? Enquanto suas filhas estão bem, seu filho que se foda? É isso mesmo?

Deixe-me te contar um pouco sobre direitos dos homens [Link27] e o que fazemos: Nós somos uma comunidade de homens e mulheres que falam sobre igualdade de gênero e igualdade de uma forma que inclua a todos. Nós falamos sobre mulheres e meninas e homens e meninos e nós consideramos todos igualmente valorosos, dignos e merecedores de ajuda, apoio, reconhecimento e apreciação. Ninguém está acima de críticas, ninguém está abaixo de ser notado. Todos importam. Incluindo homens. Incluindo meninos.

Por quê?

Porque homens e meninos são seres humanos. Que outra razão você precisa?

Se você pensa que qualquer conversa sobre gênero que não culpe homens e trate mulheres como vítimas perpétuas e eternas é axiomaticamente misógina, você pode agradecer a uma feminista. Se você acha que mulheres tomando decisões sobre suas vidas e como elas desejam viver são "retardadas ignorantes", agradeça a uma feminista. Se você acha que a única forma de entender o mundo é atulhando-o pelo moedor humano do fascismo, agradeça a uma feminista. Se você acredita que mulheres são quasi-bebezinhos indefesos, traumatizados e emocionalmente deficientes necessitadas de seu "cavalheirismo branco de armadura reluzente", agradeça uma feminista. Se você acha que mulheres deveriam ser livres para rejeitar todos os seus papéis tradicionais, mas homens deveriam "ser homens" e adotar seus papéis tradicionais sem questionamento ou hesitação, agradeça a uma feminista.

Se você quer ser grato a uma feminista, seja grato a elas por tudo.

Se você quer saber por que homens estão irritados e por que mulheres estão posicionando-se ao seu lado, rejeitando o rótulo feminista em números que aumentam cada vez que a questão é feita [Link28], comece a reparar no que as feministas fazem.

Então, pense se elas merecem seus agradecimentos.

Enquanto isso, da próxima vez que te parecer uma boa ideia se levantar e proclamar que a maioria das mulheres é estúpida, não o faça.

Não seja um retardado ignorante, Mark Ruffalo.

Com muito amor,

JB


FootNotes:

META
Título Original Try listening to actual women, Mark Ruffalo, you ignorant jerk
Autor Janet Bloomfield AKA Judgybitch
Link Original http://judgybitch.com/2015/06/03/try-listening-to-actual-women-mark-ruffalo-you-ignorant-jerk/
Link Arquivado http://archive.today/E6iXY

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