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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

"Não Existe Tal Coisa Como Estupro Marital" por Judgybitch

Não Existe Tal Coisa Como Estupro Marital


O escritor de ficção científica Vox Day e a feminista Louise Mensch foram ao Heat Street recentemente para debater se estupro marital é uma coisa real. É uma leitura interessante, mas o resumão é que Day acredita que casamento inclui consentimento com o sexo, o que só pode ser revogado com divórcio, e Mensch pensa que se você consentiu com o sexo uma vez, isto não implica que você deu consentimento tácito a todo sexo futuro.

Mensch é uma feminista bastante razoável, reconhecendo que mulheres geralmente dizem não quando querem dizer sim, mas insistindo que se uma mulher está irritada e genuinamente quer dizer que não quer fazer sexo, seu marido a terá estuprado se ela forçá-la a ter o sexo que ela não quer.
Estou postulando onde uma mulher claramente disse não, claramente quis dizer isso, ela sente-se mal, acabou de ter uma grande briga com o homem, e qualquer número de tais situações bastante óbvias. A mulher disse naquele momento, mesmo que eles regularmente tenham sexo como casal, ela não quer ter sexo e ele a força sobre ela. Isto é claramente estupro e não remove o fato que ela tinha uma obrigação geral de ter sexo com ele e ele com ela. Quando você extrapola isto de cada vez que ele se sente assim, eu não veja justificação em seu argumento tão largo para este passo.

É aqui que as credenciais feministas de Mensch são mais óbvias: olhe para as suposições que dirigem a última sentença. Ela sente como se fazer sexo, sua esposa estando mal ou irritada, e Mensch trabalha na suposição que ele a forçará a ter sexo sempre. Como sempre, na terra do feminismo, homens são monstros.

Eu penso que nós temos que distinguir claramente entre ter um direito e exercer este direito. Sob a Segunda Emenda da Constituição americana, todo americano tem o direito de manter e portar armas. Muitos americanos escolhem não exercer este direito. Eles ainda têm tal direito, quer usem ele ou não. A questão sob consideração neste debate em particular é se o casamento confere consentimento ao sexo o qual não pode ser restringido exceto pela dissolução do casamento.

Se você tivesse me perguntado a algumas semanas atrás, eu teria concordado com Mensch. Se eu digo não a meu marido, eu espero que ele respeite isso, apesar de que, se eu for bem honesta, eu ficaria muito insultada e irritada se ele rejeitasse meus avanços. Nestes 18 anos em que vivemos juntos, eu não me recordo de ele ter me rejeitado, e posso contar nos dedos de uma mão o tanto de vezes que eu absolutamente recusei ter sexo com ele. Ponderando mais cuidadosamente a ideia, agora eu cheguei à conclusão que Day tem razão - estupro não pode existir em um casamento. Se estupro marital fosse algo, então 100% do sexo que eu já tenha feito com meu marido foi estupro.

Eu nunca obtive consentimento dele e nem ele de mim.

Consentimento é pressuposto como função básica do casamento. Consentimento ao sexo é parte do que é o casamento. Mensch reconhece a obrigação geral que casados têm um com o outro, mas recusa o consenso geral. Eu acho que a parte mais interessante da discussão circunda o uso de força e violência. Casamento confere o direito de ter sexo com seu consorte, mas não te confere direito algum de atacá-lo. Por que meios um consorte força sexo que não quis sem o uso de força? Mensch é bastante inflexível no que a maioria dos estupros maritais será de maridos estuprando esposas, porque ela tem dificuldades imaginando sob que circunstâncias uma mulher poderia forçar um homem ao sexo penetrativo. Eu claramente tenho uma imaginação mais vívida que a de Mensch, mas pelo bem do argumento, digamos que ela esteja correta.

Então eu me recuso a fazer sexo com meu marido, e ele avança em fazer sexo comigo, contra minha vontade.

Como?

Como ele pode fazer isso sem usar força ou violência?

Ele não tem meios de executar seu direito. Isto não significa que seu direito não exista. Feministas irão geralmente fazer sensacionalismo barato sobre estupro marital legalizado até os anos 1990 na maioria dos estados dos EUA, mas talvez haja uma razão para tal: leis contra assalto eram perfeitamente eficazes em assegurar que homens não pudessem exercer seus direitos sem o consentimento da mulher.

Então, qual o ponto das leis de estupro marital? De acordo com Day:
... o conceito de estupro marital é criado por marxistas culturais numa tentativa de destruir a família e destruir a instituição do casamento ...

Essencialmente, leis de estupro marital dão à mulher uma pistola carregada. Teoricamente homens têm a mesma arma, mas na prática, como nota Mensch, a maior parte dos estupros maritais será de maridos como agressores e esposas como vítimas. Todo e qualquer sexo pode ser definido como estupro, dependendo dos caprichos da mulher envolvida. Como pode um homem provar consentimento para toda e cada ocorrência? Ele não pode. Nem pode a esposa também, mas quantas mulheres serão prováveis de encarar essa acusação? Eu não consigo encontrar um simples exemplo.

A consequência mais insidiosa de toda ideia de estupro marital é que ele reforça a narrativa do homem como monstro. Sexo é atrelado a perigo, e não de uma forma excitante. A qualquer momento, o homem que você ama, respeita, admira, deseja - a qualquer momento, ele pode te atirar na sala e te estuprar. Eu penso que Day tinha o melhor argumento sobre por que o consentimento é uma parte essencial do casamento, mas eu queria que Mensch e Day tivessem discutido os cenários em maiores detalhes. Em um certo ponto, Mensch pergunta se seria aceitável que uma mulher sentasse na cara de seu marido até ele satisfazê-la oralmente, e Day concorda que sim, ela tem esse direito.

Mas quem faria isso? E que tipo de relacionamento você esperaria nutrir com este tipo de comportamento? Isto é grosseiro, e intimidador, e egoísta, e desagradável, e muito francamente, qualquer mulher que fizesse isso seria uma imbecil. Mas aí é que está: o mesmo vale para qualquer homem. O que está deixado de fora de toda essa conversa é a suposição automática que homens estuprarão suas esposas se não existir uma lei específica proibindo isso.

Se estou me sentindo mal ou estou exausta ou apenas de mau humor por qualquer razão, meu marido não vai me pressionar para sexo. Assim como eu jamais demandaria sexo dele se eu visse que ele está cansado ou não se sentindo bem. Uma massagem nas costas e dormir mais cedo é uma reação mais provável, porque eu não sou uma retardada e nem ele é.

Moralmente, estupro marital não é possível. Legalmente, mais que certamente o é. A função principal destas leis é demonizar homens e instrumentalizar a sexualidade das mulheres, de modo que ela possa ser usada para punir os homens que não sejam mais úteis para as mulheres. Isso parece um todo de uma ideologia, não? Agora não é mais mistério para mim por que feministas amam tanto o estupro marital. Este é o todo de sua ideologia, sumarizado em um claro meme.

Homens são estupradores.

Mulheres são vítimas.

E feminismo é câncer.

Com muito amor,

JB

META
Título Original There is no such thing as marital rape
Autor Janet Bloomfield - AKA Judgybitch
Link Original http://judgybitch.com/2016/09/12/there-is-no-such-thing-as-marital-rape/
Link Arquivado http://archive.today/wLauM

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