sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

"NARVO - Negação, Ataque e Reversão Vítima-Ofensor" [Dra. Tara J. Palmatier]

NARVO - Negação, Ataque e Reversão Vítima-Ofensor

NARVO - Negação, Ataque e Reversão Vítima-Ofensor

Você já esteve alguma vez espantado com o como sua esposa, namorada ou ex abusiva é capaz de fazer e dizer as coisas mais dolorosas, dissimuladas e abjetas e então retratar a si mesma como a inocente vítima? Você já cogitou como ela é capaz de convincentemente acusar os outros, usualmente suas vítimas, dos comportamentos e atitudes abusivos dos quais ela é a verdadeira culpada? Não se pergunte mais, a resposta pode ser o NARVO.

Dra. Jennifer J. Freyd, PhD da the Universidade do Oregon identificou o NARVO nos anos 1990 ao final de uma histeria de memórias reprimidas de abuso sexual. Apesar de suas origens dúbias, NARVO é um conceito útil com aplicações mais abrangentes que as que Dra. Freyd parece ter imaginado originalmente. Freyd escreve sobre o NARVO em conjunção com seu trabalho sobre trauma de traição, o qual eu discuto no blog original Shrink4Men. De acordo com a página da Dra. Freyd:

NARVO refere-se a uma reação que perpetradores de coisas erradas, particularmente abusadores sexuais, podem demonstrar em resposta a serem responsabilizados pela sua conduta. O perpetrador ou agressor pode Negar o comportamento, Atacar o indivíduo que realiza a confrontação, e Reverter os papéis de Vítima e Ofensor tal que o perpetrador assume o papel de "falsamente acusado" e ataca a credibilidade o acusador ou mesmo culpa o acusador de ser o perpetrador da falsa acusação.

NARVO aparenta ser uma combinação de projeção, negação, inversão da culpa e gaslighting. Dra. Freyd nota que outros estudiosos identificaram os mesmos fenômenos usando termos diferentes. Meus clientes homens experimentam este comportamento quando tentam responsabilizar as mulheres abusivas em suas vidas. Isto também aparenta ser um comportamento comum na maioria dos predadores, intimidadores, pessoas altamente conflituosas e/ou indivíduos abusivos com distúrbios de personalidade. NARVO aparenta ocorrer especialmente em casos de divórcio e/ou custódia altamente conturbados.

É claro que nem todo mundo que nega estar fazendo algo de errado está engajando-se em NARVO. Muitos parceiros e ex-parceiros de mulheres abusivas são acusados de coisas que jamais fizeram ou que jamais sequer aconteceram. Naturalmente, quando isso acontece, você nega a acusação e talvez sente-se um pouco (ou bastante) aturdido. Como saber se a negação de um indivíduo é a verdade ou uma instância de NARVO? Freyd (1997, pp. 23-24) propõe:

É importante distinguir os tipos de negação, pois uma pessoa inocente provavelmente negará a falsa acusação. Portanto negação não é evidência de culpa. Porém, eu proponho que um certo tipo de hipocrisia indignada, e negação extremamente exposta, pode de fato relacionar-se à culpa.

Eu conjecturo que se uma acusação é verdadeira, e a pessoa acusada é abusiva, a negação é mais indignada, mais hipócrita e mais manipulativa, quando comparada com a negação em outros casos. Semelhantemente, eu observei que reais abusadores ameaçam, intimidam e fazem um pesadelo para qualquer um que os responsabilize ou lhes peça para mudar seu comportamento abusivo. Este ataque, intencionado para assustar e aterrorizar, tipicamente inclui ameaças de ação judicial, ataques diretos ou encobertos, sobre o denunciante e assim por diante.

O ataque geralmente tomará a forma de foco na ridicularização da pessoa que tenta responsabilizar a ofensora. O ataque também provavelmente focará em ad hominem em vez de questões evidenciais/intelectuais. Finalmente, eu proponho que a ofensora rapidamente cria a impressão de que a abusadora é o falsamente acusado, enquanto a vítima ou o observador preocupado é o ofensor. O fundo e a imagem de frente são completamente invertidos. Quanto mais a ofensora é responsabilizada, mais injustiçada ela alega estar sendo.

Isto é semelhante a como William Eddy, LCSW, Esq descreve as táticas de culpabilização persuasiva de indivíduos altamente conflituosos. "Culpabilizadores persuasivos persuadem outros de que seus problemas internos são externos, causados por outra coisa ou alguém. Uma vez que os outros são persuadidos a olhar o problema de forma revertida, a disputa escala para uma situação conflituosa de longo prazo. Uma na qual poucas pessoas além dos culpabilizadores persuasivos podem tolerar" (Eddy, 2006, p. 29). Olhar o problema de forma revertida é precisamente quando ocorre o NARVO. Os planos de frente e de fundo são completamente revertidos.

"São apenas os Culpabilizadores Persuasivos do Cluster B que mantêm disputas altamente conflituosas em andamento. Eles são persuasivos, e para afastar o foco de seu próprio comportamento (a fonte principal do problema), eles fazem outros juntarem-se à culpabilização" (Eddy, 2006, p. 30). É por isso que muitos Narcisistas, Borderlines, Histriônicos e Anti-Sociais efetivamente empregam campanhas de difamação e táticas de multidão quando tomam alguém por alvo - seja cônjuge, advogado, avaliador judicial ou terapeuta. Ao culpar os outros por tudo de errado em suas vidas, eles afastam o foco do real problema: eles mesmos. Isto aparenta ser o exato comportamento negar-atacar-reverter vítima e ofensor que Freyd descreve.

Freyd (1997, pp. 23-24) afirma:

A ofensora está no ataque e a pessoa tentando responsabilizar a ofensora está na defensiva. 'Negação, Ataque e Reversão Vítima-Ofensor' funcionam melhor em conjunto. Como alguém pode estar no ataque tão vilmente e estar no papel de vítima? Pesquisa futura pode investigar a hipótese de que a ofensora rapidamente oscila entre o ataque e a reversão vítima-ofensor.

Este comportamento é enlouquecedor se você for o alvo do mesmo. Você sabe que está sendo atacado enquanto seu parceiro/ex banca o papel de vítima com tudo o que tem direito, insistindo em sua visão distorcida da irrealidade. Pior ainda, muitas pessoas acreditam nela, racionalizando "ela está tão irritada, então deve ser mesmo verdade". Mesmo alguns dos meus clientes homens que sabem que as acusações e mentiras de suas esposas não são verídicas por vezes duvidam de si mesmos e do que eles sabem ser a realidade. Eu acredito que muitas mulheres e homens que engajam-se em NARVO passam a acreditar em suas próprias mentiras depois de repeti-las muitas vezes. Eu chamo isso de "Efeito O. J. Simpson".

Abusadores tipicamente empregam diferentes tipos de negação. Talvez você seja familiar com algumas das seguintes:

  • Negação flagrante ou gaslighting: "Isso nunca aconteceu".
  • Minimização: "Não foi tão ruim".
  • Amnésia: "Não me lembro de ter feito isso".
  • Redefinição: "Eu tenho um temperamento difícil, então você não deveria me irritar".
  • Projeção: "Você é abusiva e controladora. Isso me machuca".
  • Conversão: "Eu errei, mas sou uma pessoa mudada e não farei isso novamente".

Freyd (1997, pp. 23-24) conclui:

A ofensora toma vantagem de uma confusão que temos em nossa cultura acerca do relacionamento entre provabilidade pública e realidade (e um sistema legal que tem uma certa história a respeito disso) em redefinir a realidade. Pesquisa futura pode testar a hipótese de que a ofensora pode bem vir a crer em [sua própria] inocência mediante esta lógica: se ninguém pode ter certeza de que ela é culpada então ela não é logicamente culpada não importando o que realmente aconteceu. A realidade é então definida pela prova pública, não pela experiência pessoal vivida.

Pode ser difícil identificar quem está falando a verdade nestes casos. Porém, eu tenho verificado que indivíduos altamente conflituosos que engajam neste comportamento geralmente não conseguem substanciar suas alegações ou, se eles apenas fabricam mais mentiras tentando substanciar suas alegações, eles são inconsistentes ao longo do tempo, então preste bastante atenção e documente as suas mentiras. Isto pode ajudá-lo a enforcar-se na própria corda, se e quando você precisar provar sua versão dos eventos como oposta a suas versões cada vez mais evoluídas da verdade.

Se ela está ameaçando chamar a polícia e faz falsas acusações contra você e/ou você está cogitando divórcio, é extremamente importante que você documente o abuso que está experimentando em um diário, gravador digital ou algum outro meio. Culpabilizadores persuasivos abusivos se valem da força de suas emoções para vender suas mentiras, meias-verdades e distorções. Dado que a maioria das pessoas é uma negação no drama, especialmente na forma de uma mulher hipócrita aos prantos, você precisará de provas se quiser ser acreditado. Pense nisso como uma forma de estar à prova de NARVO.


Referências Bibliográficas:

  • Eddy, W. (2006) SPLITTING: Protecting Yourself While Divorcing a Borderline or Narcissist.
  • Freyd, J.J. (1997) Violations of power, adaptive blindness, and betrayal trauma theory. Feminism & Psychology, 7, 22-32.

META
Título Original DARVO: Deny, Attack, and Reverse Victim and Offender
Autor Dr. Tara J. Palmatier
Link Original https://www.avoiceformen.com/women/darvo-deny-attack-and-reverse-victim-and-offender/
Link Arquivado http://archive.is/rz8z4

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

GirlWritesWhatSelecta - 17

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Mulheres são o único gênero que historicamente tem sido protegido por lei da violência conjugal.

Lá no auge do "patriarcado" (um sistema que normaliza violência contra mulheres, preste atenção), mulheres tinham a ganarntia legal da "segurança da paz" contra seus maridos. Quando Blackstone reuniu as leis da Inglaterra e Gales em seus Comentários, estas leis já tinham séculos de idade.

Bater na esposa era crime? Não exatamente. Mas mulheres (e mulheres somente) podiam peticionar em qualquer das três cortes (a de equidade, de lei comum ou eclesiástica) por uma certeza de paz (o equivalente moderno seria um acordo de paz), pois sob a lei de família os homens estavam proibidos de usar violência ou constrangimento contra suas esposas.

Isto não seria considerado uma questão criminal a não ser que, e até que, a esposa solicitasse um acordo de paz, ponto a partir do qual, se o seu marido violasse o acordo, passaria a ser uma questão criminal (desobediência) e tornava-se sujeito a punição corporal, multa ou prisão.

Homens não tinham um direito semelhante de segurança da paz contra suas esposas. Era entendido que um homem podia, e portanto iria, exigir respeito de sua esposa, e ele não precisaria de remédios legais semelhantes para protegê-lo. O máximo que ele podia fazer era fazer uma reclamação de que ela era "rabugenta", o que era punível com uma versão da Letra Escarlate [NT1], ou em casos extremos, o tamborete da vergonha [NT2]. Nada de cadeia, nada de multas, nada de chicotada.

Mais comumente, situações de violência doméstica da esposa contra o marido eram lidadas fora dos livros, mediante tradições como o Skimminton Ride [NT3], ou montar de costas no burro. Basicamente, o homem era envergonhado pela comunidade, de maneira vigilantista, pelo abuso vindo de sua esposa. OK, tudo bem, a esposa também sofreria uma perda de estima na comunidade, mas novamente, não era ela a que ia amarrada no lombo do burro e exibida por toda a cidade para as pessoas lhe jogarem vegetais estragados.

Semelhantemente, os artigos da lei de família iraniana, que é baseada na Sharia, estabelecem que se a situação no lar impõe um risco de dano físico ou financeiro à esposa, ou à sua dignidade, ela pode deixar a casa, estabelecer morada em algum outro lugar, e demandar que o marido continue a pagar suas despesas, incluindo servos se ela tornou-se acostumada a eles. Como sua esposa, ela também tem poder de veto sobre se ele pode tomar outra esposa, portanto ela pode basicamente mantê-lo no limbo para sempre se puder convencer a Corte que ele não estava à altura de suas expectativas.

Bater na esposa no Irã não é uma ofensa criminal, mas isto não quer dizer que seja permitido. (E para qualquer um que venha se meter aqui para dizer que é permitido a homens bater em suas esposas de certas maneiras sob certas circunstâncias, sim, eles são. A lei diz que homens podem fazer assim e não assado. Ela não diz nada sobre o que mulheres podem fazer ou deixar de fazer.)

Se eu ainda entendo existir uma disparidade de poder, uma negação de oportunidades para mulheres expressarem suas capacidades, apenas na base de que elas são mulheres, então você sucintamente sumarizou por que esta posição acerca da violência pode ser justificada.

Você só pode pensar isso se você é preparado para crer que homens são inerentemente sociopáticos. Que eles aprendem o amor no peito da mãe e mesmo assim crescem e tornam-se homens que não reservam nenhuma preocupação pelas mulheres em suas vidas. Que a negação da oportunidade para mulheres foi criação única dos homens, em vez de um paradigma social construído tanto por homens quanto por mulheres.


[NT1]Trata-se do romance The Scarlet Letter, em que uma mulher leva uma letra A vermelha bordada no peito.
[NT2]"Ducking", no original. Mais precisamente, ducking stool, uma cadeira suspensa onde a pessoa ficava sentada e exposta ao ar livre.
[NT3]Skimminton Ride era o nome dado a uma multidão de pessoas que faziam uma barulhenta e ruidosa cantoria em desaprovação de uma determinada conduta socialmente indesejada, desde casais que ainda não casaram formalmente até viúvas que casaram-se antes do período de luto. E homens que apanham da mulher!

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Autor Karen Straughan
Link Original https://www.reddit.com/r/videos/comments/68v91b/_/dh874jo/
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GirlWritesWhatSelecta - 16

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Desculpe-me, mas é por isso que este movimento não pode avançar! É porque está sendo estrangulado por reacionários e regressistas que querem nos levar de volta aos anos 1950. Não é assim que vocês dirigem um movimento e deveríamos discutir isso.

Bearing trouxe diversas preocupações válidas acerca das potenciais implicações do casamento entre pessoas do mesmo sexo na Austrália, particularmente sobre liberdade de expressão e religião.

Estas preocupações não foram abordadas em termos do que acontece a alguém que publicamente diz que discorda do casamento gay, igrejas que desejam abster-se de realizar cerimônias gays, negócios que não desejam participar de celebrações gays por questões religiosas etc.

Estes são os pontos onde os direitos constitucionais das pessoas entram em conflito.

Quais direitos devemos priorizar? O direito de um casal gay ter sua cerimônia em uma igreja específica? Ou o direito de aquela igreja em particular declinar de presidir uma união que viola suas crenças religiosas? O casal gay deveria ser forçado a ir a uma igreja diferente que esteja disposta a casá-los? Ou a igreja que eles demandam deveria ser forçada a casá-los?

Quando a Bula C-16 foi proposta no Canadá, a qual instanciaria identidade de gênero e expressão de gênero como categorias protegidas pelos nossos atos de direitos humanos, Jordan Peterson pronunciou-se e alertou a todos que passar a bula da forma que estava seria controle de expressão. Isto não meramente proibiria certos dizeres, mas forçaria as pessoas a engajar em certas expressões -- ela instanciaria um requerimento legal para que as pessoas usassem os pronomes preferidos de qualquer um que alegasse que não se identificam como cisgêneros.

Proponentes da bula disseram "oh, isso já é delírio paranoico! Isso nunca vai acontecer! Tira esse chapéu de papel-alumínio! Não tem sequer nada na bula que menciona pronomes! Pare de ser um preconceituoso transfóbico!". Um ministro conservador sugeriu que a linguagem da bula fosse expandida a fim de incluir uma cláusula garantindo que ela não coagiria legalmente pessoas a usar certas palavras ou discursos. Isto foi, obviamente, recusado, porque é claro que tal cláusula seria completamente desnecessária. A bula nada dizia sobre pronomes ou discurso forçado.

Poucos meses após a bula ter sido aprovada, o CUPE (o maior sindicato do Canadá) soltou um vídeo com a participação de um advogado "não-binário", que estava ensinando as pessoas sobre como elas deveriam usar os pronomes preferidos. A primeiríssima razão de sua lista foi "está na lei". Ele foi citar a Bula C-16 como instanciando em lei uma obrigação de usar os pronomes prediletos das pessoas.

Debaixo das condições descritas no vídeo de Bearing, eu votaria contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo - ainda que eu apoie totalmente.


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Autor Karen Straughan
Link Original https://reddit.com/r/MensRights/comments/731chy/_/dnmzyeu
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GirlWritesWhatSelecta - 15

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Pois bem, me conte mais.

Okay, bem, há um montante de coisas que eu creio que contribuiu para o declínio da felicidade das mulheres ao longo dos últimos 40 anos mais ou menos.

  1. A maioria das mulheres trabalhando no momento preferiria trabalhar menos do que mais. Uma substancial minoria não trabalharia nada afinal. Um estilo de vida tradicional facilitaria isso.

  2. Mulheres como responsáveis primárias ou mesmo únicas pela família não estão felizes com esse papel. Elas geralmente estão bem até terem dependentes, então sentem a imensa pressão baseada no fato que elas são tudo que permanece de pé no caminho do desastre financeiro de outras pessoas.

  3. O paradoxo das escolhas. Quando pessoas têm mais opções disponíveis a elas, elas ficam menos felizes com o que têm. Um estudo deu aos participantes um retrato de si mesmos (se não me engano), e contou a um grupo que eles estavam presos a ele, e ao outro que eles poderiam trocá-lo por um que eles gostassem mais. Independente de os indivíduos do segundo grupo terem tomado a opção ou não, eles sentiram-se menos satisfeitos com o retrato que acabaram ficando do que aqueles que não tiveram opção.

    A mera existência da "opção melhor" parece impactar negativamente a satisfação das pessoas com as coisas que elas têm.

    Eu sugeriria a você que a facilidade com que mulheres em particular podem deixar relacionamentos e formar novos (a existência de opções) danifica a satisfação que elas poderiam de outra maneira ter em relacionamentos nos quais atualmente estão. Se a mera existência de opções torna alguém menos satisfeito com o que têm, então tornar o casamento menos fácil para a mulher abandoná-lo pode na realidade aumentar a felicidade da mulher no total.

    Em um estudo sobre casais em aconselhamento para rupturas, eles acompanharam mulheres que tinham optado por permanecer e trabalhar o relacionamento versus aqueles que decidiram separar-se. Mulheres que preferiram ficar reportaram níveis superiores de felicidade que aquelas que optaram pelo divórcio.

  4. Restrições à hipergamia podem beneficiar as mulheres no longo prazo. Falando como uma mulher que esteve na posição de paquerar nos meus 40 e poucos, "a barreira" é uma realidade, mulheres têm uma "data de validade" quando se trata de formar relacionamentos. O que muitas mulheres hoje em dia fazem é ficar entre os 20 e 30 e poucos anos pulando de galho em galho. Como mulheres são hipergâmicas, elas são atraídas por homens de status superior. Como mulheres hoje em dia são "iguais", uma vez que elas formam um relacionamento com um homem e têm igual acesso à sua renda e provisão social, este homem perde seu status superior. Elas começam a olhar para o alto, e a transacionar. Mas é claro, uma vez que elas travam o novo cara num relacionamento, a mesma coisa ocorre. Ele não está mais acima dela, e sua hipergamia a leva a olhar para o alto novamente.

    Infelizmente para as mulheres que fazem isso, isto não dura muito. Homens têm diferentes prioridades quando se trata do que querem numa parceira. Mulheres acabam por atingir a barreira, e não mais que de repente os únicos homens dispostos a assumi-la são mais perdedores que aqueles cinco carinhas que ela dispensou nos seus 20 e tantos, porque os caras mais atraentes têm acesso a mulheres mais jovens e belas. O relógio biológico dela está correndo, berrando para que ela estabeleça-se definitivamente. O tempo está esgotando-se. Os homens com quem ela sai sabem disso. Eles sabem que comprometimento com ela implica filhos à vista, não em cinco ou sete anos. Você tem que ser a mulher para arranjar um cara nesses termos. E você tem que ser ainda mais impressionante para arranjar um parceiro sem séria bagagem que esteja disposto a ter você e suas crias (caso você tenha filhos).

    Tradicionalismo forneceu restrições sociais e, sim, legais sobre a hipergamia. Homens eram considerados como sendo de posição social e política superior às mulheres. Um marido era, ao menos em termos de poder formal (poder informal é outra conversa), considerado como estando acima da sua esposa. Quando mulheres casavam, elas não se tornavam iguais aos maridos (quanto mais superiores, que é o que elas são hoje em dia), assim seus instintos hipergâmicos poderiam ser satisfeitos em vez de minados pelo casamento. Ela poderia jamais equalizá-lo ou ultrapassá-lo em posição, assim sua hipergamia podia ser exercida sem que ela tivesse que abandonar seu relacionamento e permutar.

    Hoje em dia, em razão da vantagem que mulheres têm em termos de como o divórcio tende a desenrolar-se (mesmo que ela não ganhe no divórcio, ela perde menos que ele), mulheres estão operando de uma posição superior a de sues maridos uma vez que seus maridos comprometem-se com elas. Esta posição superior definha sua hipergamia, e as leva a procurar novo sustento.

  5. Sustentabilidade e segurança. Estatisticamente, o lugar mais seguro para uma criança é em uma família casada intacta com ambos os pais biológicos. E o lugar mais seguro para uma mulher é em um casamento intacto. Alguns maridos são abusivos? Sim. Alguns pais biológicos são abusivos com crianças? Sim. Mas a realidade estatística é que mulheres e crianças são mais provavelmente seguras e estáveis em famílias intactas onde os pais são casados.

    Em cima disso, a pobreza permanente ou inter-gerações pode ser evitada seguindo três regras simples: Termine o colegial, arranje um emprego, e case-se antes de ter bebês. Pessoas que seguem estas regras quase nunca estão permanentemente pobres, e seus filhos desfrutam maior mobilidade de classe e de renda que os filhos dos que não as seguem.

    N]ao ser pobre é um massivo indicador de felicidade. Você não tem que ser rico, ou mesmo classe-média. Apenas ter que ter o bastante para pagar o aluguel sem entrar em dívidas, e ter uma pequena sobra para um pé-de-meia ou luxos.

    Divórcio fácil aumentou massivamente a taxa de pobreza para ambos, homens e mulheres. Ele elevou a taxa de consumo (eliminando a reserva de recursos), e acarretou em aumentos do consumo de água, gastos de consumidor, energia etc. Se a mesma porcentagem de pessoas vivesse agora da forma que viveriam nos anos 1950 (casadas com a mesma idade, divorciadas na mesma proporção), bilhões de galões de água seriam conservados nos EUA.

  6. Envelhecer sozinho é uma merda. Certamente, estar preso num relacionamento abusivo é uma merda. Mas ser engabelado pela cultura de esperar demais para ter filhos e acabar estéril é uma merda também.Acabar seus últimos anos sem família em volta de você também deve ser uma merda. E uma das coisas mais terríveis que aconteceu nestes anos recentes é a terceirização do cuidado com idosos, o que primariamente afeta mulheres (porque homens usualmente já estão mortos no momento que precisam). Mesmo quando mulheres idosas teriam família que de outra forma poderia auxiliá-las, o paradigma de duas rendas tornou isso praticamente impossível. Assim, pessoas mais velhas (majoritariamente mulheres) são cuidadas em seus últimos anos por equipes pagas desinteressadas em vez de pelos filhos ou filhas que se beneficiariam de uma afinidade de parentesco com a mãe.


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Autor Karen Straughan
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GirlWritesWhatSelecta - 14

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Este termo foi criado em 1830 quando mulheres eram basicamente apropriadas pelo homem. Homens podiam estuprar e bater nelas, elas não podiam votar, possuir propriedades, obter divórcio.

Puta merda, eu fico doente de ouvir essa história revisionista.

  • Mulheres não eram apropriadas pelos homens. Mulheres eram, em um certo sentido, protegidas legais dos homens, mas ela nunca foram propriedade dos homens (a não ser, é claro, que fossem escravas, coisa que homens também podiam ser). Homens eram legalmente obrigados a prover suas esposas a um nível comensurável à sua renda e situação social, e podiam ser presos por falhar em propiciar isso. Quando foi a última vez que você correu risco de ser preso por não cuidar direito da sua TV?
  • Homens não podiam legalmente "bater" em suas esposas. Existiam leis que garantiam às esposas "a segurança da paz" contra seus maridos desde antes dos Blackstone's Commentaries, que foi um compêndio de leis já existentes em Inglaterra e Gales. Interessantemente, não existia nada na lei que proibia uma mulher de atacar seu marido. Tão recentemente quanto o início dos anos 1990 (quando os estados nos EUA começaram a banir punições corporais), os homens eram publicamente açoitados por baterem em suas esposas. Era o método preferido para os homens, dado que multas e prisões (que podiam ser aplicados) eram vistas como acarretando privação à esposa (multas vinham do rendimento familiar, e homens presos não podiam receber rendimentos).
  • Além de traição à nação, estupro foi o último crime não-letal nos EUA sujeito à pena capital. Nós costumávamos executar homens que estupravam mulheres. Fala sério.
  • Na maior parte da história humana, homens não podiam votar também. Homens nas democracias ocidentais conquistaram o voto mediante suas responsabilidades cívicas maiores, que incluíam ser sujeitados ao alistamento. A maioria dos homens britânicos que lutou na 1GM não tinha direito ao voto. O Ato do Parlamento Britânico que concedeu às mulheres o sufrágio também o trouxe a um número estimado de cinco milhões de homens que não tinham ainda o direito ao voto a eles concedido. O raciocínio por detrás de conceder a esses homens o sufrágio foi que muitos homens britânicos sem direito ao voto lutaram e morreram na 1GM para conquistarem o direito ao voto. O raciocínio para conceder às mulheres foi "bem, elas querem, então por que não?"
  • Mulheres sempre foram capazes de deter propriedade. Mulheres solteiras tinham os mesmos exatos direitos de propriedade que homens. Mulheres casadas trocavam alguns dos seus direitos de propriedade (mas não todos) em retorno à obrigação legal dos seus maridos em sustentá-las (incluindo durante a separação e após o divórcio), proteção de responsabilidade por dívida e (portanto) de prisão por dívidas, isenção de tributação e outros benefícios. Mulheres desfrutavam de outros benefícios, como a "lei de agência", que premitia-lhes comprar bens em nome de seus maridos como crédito, e tomar decisões acerca de propriedade e negócios do marido como se fossem agentes legais. Oh, e elas tinham garantidos os direitos de dote (um interesse vitalício em sua propriedade imobiliária), significando que ele não podia legalmente vender uma casa que ele detinha se ela objetasse, porque ela tinha direito de viver nela. Quando feministas conseguiram pressionar com sucesso a fim de que mulheres tivessem garantidos os direitos de propriedade, nenhum dos benefícios e proteções acima foi emendada ou descontinuada.
  • Homens e mulheres tinham um direito quase igual ao divórcio. A única diferença era que enquanto homens apenas tinham que demonstrar infidelidade por parte de suas esposas, a infidelidade por parte do marido por si só não era base suficiente para a esposa -- ela tinha que provar crueldade ou injúria à sua dignidade também. Isto se dava porque maridos eram os únicos financeiramente responsáveis por quaisquer filhos que suas esposas concebessem sob o casamento, portanto infidelidade por parte da esposa representava um risco adicional de sério dano financeiro ao seu marido (ser forçado a pagar pelo filho de outro homem). Somente mulheres poderiam procurar divórcio com base em crueldade ou abuso. Homens cujas esposas eram cruéis e abusivas não podiam usar tais fatos como base para divórcio. Adicionalmente, maridos e esposas tinham direito igual a "relações conjugais" e qualquer um dos dois poderia pleitear divórcio se seu cônjuge recusasse a servir o outro com sexo (dentro dos limites da razão). Desde os tempos da Idade Média, homens acusados de "impotência" por suas esposas, e que estavam enfrentando divórcio (e uma obrigação de alimônia) costumavam ser postos diante de um painel de anciãs e provar que poderiam executar o ato sexual. Literalmente, eles tinham que mostrar para um monte de completos desconhecidos que eles podiam ter uma ereção a fim de evitar um divórcio. Divórcios não podiam ser concedidos por um simples consenso de ambas as partes, porém. Ambos homens e mulheres precisavam de bases adequadas para divórcio. O que feministas conseguiram trazer foi o vago conceito de "diferenças irreconciliáveis" como base adequada, e mais tarde, a eliminação por completo de bases (divórcio sem falhas, onde nenhuma parte fez algo de errado com a outra). Interessantemente, feministas nada fizeram para alterar a obrigação de homens continuarem a sustentar suas ex-esposas após o divórcio, mesmo depois de a mulher ter o direito de manter sua própria renda e propriedade separadas das de seus maridos. Isto implica que em alguns casos, mulheres independentemente abastadas recebiam pagamentos de alimônia de seus maridos menos bem-situados simplesmente porque estiveram casadas com eles por um período de tempo. Feministas em estados como a Flórida ainda estão lutando contra reformas que terminariam com a alimônia infinita, mesmo que hoje em dia uma mulher possa divorciar-se por razão nenhuma a partir de sua própria decisão unilateral. Sociedades de reforma das alimônias formaram-se nos EUA desde os anos 1910 e 1920, algumas delas lideradas por juízas e advogadas (nos tempos em que mulheres não tinham direito de estudar nem de trabalhar, de acordo com as feministas) para auxiliar homens que caíam nas presas de mulheres mercenárias que casavam apenas para quase imediatamente divorciar-se ou separar-se legalmente deles e ficar bem-estabelecidas por toda a vida.

Fico tão irritada de gente como você falando como se soubesse do que está falando. Você não sabe. Cada alegação que você fez sobre a situação das mulheres no passado no Ocidente é completamente vazia.


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Autor Karen Straughan
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GirlWritesWhatSelecta - 13

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Eu discordo que homens e meninos não tenham poder institucional como você diz. Com a porcentagem de homens no governo, eles muito certamente têm poder (não que isto esteja errado, a propósito).

Isto revela um desentendimento fundamental das relações entre machos, tanto humanos quanto ao longo do espectro mais abrangente das espécies.

A suposição por parte das feministas é que os homens no poder usarão este poder para o benefício coletivo de todos os homens, e eles farão isso às custas das mulheres. Nada do que eu tenho visto indica que este seja o caso, e de fato geralmente é o oposto -- homens no poder usarão este poder para elevarem a si mesmos às custas de outros homens, comumente a fim de cortejar a aprovação feminina.

Um homem ter poder institucional não equaciona com Homens tendo poder institucional.

Repare a Coreia do Norte. Há um homem que essencialmente detém poder institucional definitivo. E existe uma disparidade de renda de dez a cem vezes (não porcento, vezes) entre homens e mulheres, em favor das mulheres. Como isto aconteceu? Homens são obrigados por lei a trabalhar. O governo (o homem no poder) lhes atribui aquele trabalho, e se homens não se reportam para o trabalho eles podem ser postos na prisão. O governo lhes paga quase nada, e mesmo assim, geralmente eles não têm dinheiro o bastante para atender a folha de pagamento, e estes homens ganham nada por seu trabalho.

Então, basicamente, homens são escravos.

As mulheres, por outro lado, não são forçadas por lei a trabalhar. Como elas têm tempo para isso, elas criaram um mercado negro de indústrias artesanais, negociação de bens e serviços e geram de dez a cem vezes a renda do homem médio. Mulheres entrevistadas falam bem mal de seus maridos. Eles são peso morto. Mais inúteis que animais de estimação ou crianças. Eles não fazem nada na casa ou pelas crianças - tudo que fazem é comer a comida produzida e ocupar o espaço mantido pelas mulheres. Pelo menos as crianças podem aparar a grama e colher as cenouras - meu marido não faz nada por mim ou pela família.

Você acha que homens, coletivamente, detêm qualquer poder institucional na Coreia do Norte? Só porque existe um homem no comando? Você acha que mulheres são mais oprimidas que homens na Coreia do Norte porque tem um homem no comando?


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Autor Karen Straughan
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GirlWritesWhatSelecta - 12

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In_My_Own_World

Elas desejavam ser tratadas igualmente, queriam ser capazes de votar. Eu acho que você deveria fazer alguma pesquisa sozinho.

Feministas de primeira onda:

  1. Conquistaram o direito para mulheres casadas deterem suas próprias propriedades e renda, e mantê-las separadas do controle de seus maridos. Mantiveram a intitulação legal para mulheres casadas serem financeiramente sustentadas pelos seus maridos. (O que é conhecido de outra forma como "o que é meu é meu, o que é seu é nosso".) Sua intitulação ao sustento deles estendia-se até mesmo aos ônus tributários sobre as propriedades e renda delas mesmas -- propriedade essa que o esposo estava legalmente proibido de relar.

    Então, basicamente, em vez de demandar direitos iguais como administradoras da renda e propriedades maritais, elas demandaram os direitos de pessoas não-casadas sem as responsabilidades, e os direitos de mulheres casadas sem as correspondentes responsabilidades. Homens ainda eram responsáveis como provedores solo da família, incluindo a esposa, mas agora tinham que fazer isso sem ter acesso à renda e propriedades de suas esposas.

    Houve homens mandados para a prisão no Reino Unido por evasão de tributos porque eram incapazes de pagar os impostos devidos sobre propriedades/renda de suas esposas mais abastadas. Uma suffragette, Dra. Elizabeth Wilks, até mesmo recusou-se (como era seu direito previsto em lei) a fornecer ao seu marido a documentação necessária para que ele pudesse calcular os impostos, e dado que ele era um professor de escola e responsável por pagar tudo o mais, ele não teria sido capaz de pagar os impostos de qualquer forma. Enquanto ele estava na prisão, ela instou que as outras suffragettes fizessem o mesmo que ela fez. Ele foi liberado da prisão sob fundamentação humanitária em razão de sua saúde debilitada, e morreu poucos meses depois.

  2. Obtiveram a custódia maternal por default de filhos jovens após o divórcio ou separação. Anteriormente, a suposição era de custódia paternal dado que o pai era o único com o ônus da responsabilidade financeira pelo cuidado das crianças.

    É claro, foi apenas a custódia que foi modificada - a responsabilidade financeira ainda caía 100% para o pai manter o lar de seus filhos menores. Dado que sua ex era cabeça do lar, ele agora era forçado a continuar sustentando-a mesmo que ela fosse a culpada pelo fim do casamento.

    Então, novamente, fomos de homens tendo direitos superiores e maiores responsabilidades, para homens tendo direitos inferiores e ainda tendo maior responsabilidade.

    Hilariantemente, em 1910, após estas duas inovações legais estarem em efeito no estado de NY por quase quarenta anos, uma advogada suffragette (sim, antes de mulheres serem permitidas obter uma educação e a coisa toda...) escreveu na Times que a lei ainda discriminava contra mulheres em matéria de crianças. Como a lei o fazia? A única área da lei naquele tempo que não considerava mães como iguais em guarda e custódia era nas provisões concedendo ao pai controle sobre a renda e propriedades dos filhos menores. Basicamente a lei o colocava como 100% responsável por alimentar, vestir e abrigar as crianças, portanto dava a ele 100% do direito de gerenciar o dinheiro para este fim.

    Uma mulher podia, naquele tempo, ir à corte e demonstrar que seu marido legalmente abandonou sua responsabilidade financeira para com ela e seus filhos, e havia provisões para transferir estes ditos direitos de gerenciar renda/propriedade para ela em tais casos (e nos piores casos o homem poderia acabar na prisão por recusar a sustentar a sua família no melhor de sua capacidade). Mas esta suffragette queria que as próprias leis mudassem de tal forma que as esposas (que não detinham nenhuma responsabilidade financeira para com os filhos e nem para consigo mesmas) tivessem igual controle sobre a renda e propriedades dos filhos.

    Estas mudanças tomaram lugar, todas elas, décadas antes de as mulheres conseguirem o direito ao voto. E, falando de voto...

  3. Em 1917 um grupo de anarquistas nos EUA peticionou um caso federal contra a conscrição militar, descrevendo-a como servidão involuntária e portanto inconstitucional. A Suprema Corte americana foi inequívoca em sua rejeição ao argumento, asseverando que o alistamento era uma obrigação recíproca devida por todos os cidadãos para o estado em retribuição aos direitos conferidos pelo estado para os cidadãos.

    Entre outras obrigações que os homens tinham para com o estado: leis de socorro público [NT01], brigadas de incêndio [NT02], policial especial (ser alistado para auxiliar a polícia em situações de emergência)...

    Algumas suffragettes (como Sylvia Pankhurst, que abandonou o movimento em razão disso) eram contrárias ao alistamento, mas outras mais ativas (e agora mais famosas) fizeram campanha em favor do alistamento e participaram de empreitadas organizadas para usar de difamação pública a fim de pressionar os homens a alistarem-se. Um de seus pôsteres até mesmo criticava o fato que uma mulher tinha o direito a voto negado não importando o quão grandiosa ela fosse (ela poderia ser médica, ou advogada, ou mãe, ou prefeita), enquanto mesmo homens inaptos para o serviço militar não perdiam o direito de votar.

    Dois anos após a Suprema Corte formalizar o alistamento como parte do preço que todos os cidadãos devem pagar como seu direito como cidadãos, mulheres obtiveram o voto. E nenhuma obrigação para com o estado foi sequer posta sobre elas em retribuição deste direito.

    E antes que alguém aqui diga "mas não eram permitidas mulheres como soldados!", há outras maneiras de servir seu país durante tempos de guerra, e o "trabalho de guerra" mandatório (como costurar uniformes ou montar munições) poderia ter sido algo em um alistamento feminino. Qualquer um argumentando que se mulheres fossem incluídas no alistamento hoje "nós estaríamos mandando mulheres pequenas e vulneráveis as trincheiras" está ignorando o fato que existe um porrilhão de trabalho necessário junto ao serviço militar que não envolve combate ativo ou risco físico sério, então este argumento basicamente resume-se a "como ousamos incomodar as mulheres!".

Então, temos três exemplos de feministas da primeira onda demandando e obtendo direitos dos homens sem as responsabilidades dos homens. Dois deles envolviam situações de soma zero tais como direitos de renda e propriedade, ou direitos de custódia para com as crianças, e em ambos os casos feministas conseguiram arranjar as coisas de tal forma que mulheres ficaram com todos os direitos ao passo que homens ainda eram onerados com todas as responsabilidades.


Notas e Links

[NT01]

No original, hue and cry laws; uma tradução mais livre seria "pega-ladrão". Eram leis antigas do ordenamento inglês.

Não existia uma força organizada e ubíqua de segurança pública naqueles tempos, então a tarefa de deter criminosos acabava caindo nas mãos de pessoas comuns. Por exemplo, se alguém cometesse um roubo, a vítima gritava que estava sendo assaltada, e os cidadãos ao redor eram obrigados a parar o que estivessem fazendo para ajudar a deter o meliante. Se ele fosse capturado com os bens em seu poder, ele era sumariamente condenado (sem direito a defesa), e poderia até ser morto se resistisse à captura.

Saiba mais em: http://www.worldwidewords.org/qa/qa-hue1.htm

[NT02]Bucket brigade. Isso mesmo: ajudar a passar baldes de mão em mão para apagar incêndios.

META
Autor Karen Straughan
Link Original https://www.reddit.com/r/MensRights/comments/6x5s57/_/dmds4ga/
Link Arquivado http://archive.is/T9XAA

domingo, 17 de dezembro de 2017

GirlWritesWhatSelecta - 11

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Em certo sentido isto [ o feminismo ] é câncer.

Câncer é uma classe de doenças caracterizadas pelo crescimento celular descontrolado. Existem mais de cem tipos diferentes de câncer, e cada um é classificado pelo tipo de célula que é inicialmente afetada.

Câncer prejudica o corpo quando células alteradas dividem-se descontroladamente formando nódulos ou massas de tecido chamadas tumores (exceto em caso de leucemia onde o câncer proíbe o funcionamento normal do sangue em razão da divisão celular anormal no fluxo sanguíneo). Tumores podem crescer e interferir com os sistemas digestório, nervoso, e circulatório, e podem liberar hormônios que alteram as funções corporais. Tumores que permanecem em um ponto reduzido e demonstram crescimento limitado são geralmente considerados benignos.

Tumores mais perigosos, ou malignos, formam-se quando duas coisas ocorrem:

  1. uma célula cancerosa consegue mover-se pelo corpo usando o sangue ou os sistemas linfáticos, destruindo o tecido saudável em um processo chamado invasão
  2. a dita célula consegue dividir-se e crescer, fazendo novos vasos para alimentar-se em um processo chamado angiogênese.

Quando um tumor espalha-se com sucesso para outras partes do corpo e cresce, invadindo e destruindo outros tecidos saudáveis, é dito que ele sofreu metástase. Este processo recebe o nome de metástase, e o resultado é uma condição séria que é bastante difícil de tratar.

Vamos reescrever isto então:

Feminismo é uma classe de movimentos caracterizada por ideologias descontroladas. Existem mais de cem tipos diferentes de feminismo, e cada um é classificado pela instituição social, econômica, educacional, corporativa, cultural, de entretenimento ou política que é afetada, e como é afetada.

Feminismo prejudica a sociedade quando suas doutrinas inflexíveis replicam-se descontroladamente formando grupos de pressão ou protestos de larga escala (exceto no caso do sorrateiro feminismo legal, onde promotores e juízes cancerosos proíbem a jurisprudência normal pelo anormal escândalo no âmbito da jurisprudência, ou o sorrateiro feminismo na cultura pop, onde escritores de quadrinhos cancerosos inserem a agenda feminista nos enredos). "Tumores" feministas podem crescer e interferir com os sistemas legal, político e educacional, e podem liberar hormônios/políticas que alteram como estes sistemas operam. Tumores feministas que permanecem em um ponto (tais como Tumblr, ou o RadFemHub) e demonstram crescimento limitado são geralmente considerados benignos.

Formas mais perigosas, ou malignas, de feminismo surgem quando duas coisas ocorrem:

  1. Uma ideia feminista consegue mover-se ao longo da sociedade usando a mídia ou os sistemas educacionais, destruindo indústrias, corporações, sistemas legais e normas culturais saudáveis em um processo conhecido como "infestação"
  2. a dita ideia consegue dividir-se e crescer, gerando novas formas de financiamento, mediante dinheiro de imposto e doações privadas, em um processo conhecido como "mulheres são oprimidas, agora me passa a grana".

Quando um tumor feminista espalha-se para outras parte da sociedade e cresce, invadindo e destruindo outras normas, ideais e padrões saudáveis, é dito que ele se sofreu metástase. Este processo é conhecido como "câncer feminista", e o resultado é uma séria condição muito difícil de reverter.


META
Autor Karen Straughan
Link Original https://www.reddit.com/r/MensRights/comments/7izsb4/_/dr361yg/
Link Arquivado http://archive.is/jTeHh

domingo, 3 de dezembro de 2017

"Onde os Brutamontes Não Têm Vez" por C. H. Sommers

Onde os Brutamontes Não Têm Vez

Onde os Brutamontes Não Têm vez

Como grupos feministas distorceram o plano de estímulos de Obama para favorecer empregos femininos

Uma "recessão masculina"[N01]. Foi assim que alguns economistas começaram a denominá-la. Dos 5,7 milhões de empregos de empregos que os americanos perderam entre dezembro de 2007 e maio de 2009, quase 80% eram feitos por homens. Mark Perry, economista da Universidade de Michigan, caracteriza a recessão como uma "desaceleração" para as mulheres mas uma "catástrofe" para os homens.

Homens estão suportando o impacto da corrente crise econômica porque eles predominam na manufatura e construção, os setores mais fortemente afetados, que perderam mais de 3 milhões de empregos desde dezembro de 2007. Mulheres, em contraste, são maioria em empregos resistentes a recessão, como educação e saúde, que ganharam 588.000 empregos durante o mesmo período. Resgatar centenas de milhares de operadores de guindastes, soldadores, gerentes de linha de produção, e montadores de máquinas não seria algo fácil. Mas a oposição orquestrada de diversos grupos poderosos de mulheres tornou isso nada menos que impossível. Pense apenas no que aconteceu com os 787 bilhões de dólares do American Recovery and Reinvestment Act de 2009.

Novembro passado, o presidente-eleito Obama abordou a devastação nas indústrias de construção e manufatura propondo um programa ambicioso no estilo do New Deal para reconstruir a infraestrutura da nação. Ele convocou um programa de estímulo de dois anos "pronto para as pás" [N02] a fim de modernizar ruas, pontes, escolas, redes elétricas, transporte público, e represas, e o reforço de setores mais afetados da economia o objetivo da legislação que se tornaria o ato de recuperação.

Grupos de mulheres ficaram chocados. Eletricidade? Represas? Artigos de opinião imediatamente surgiram nos principais jornais com títulos como "Aonde Estão Os Novos Empregos Para As Mulheres?" e "O Plano De Estímulos Dos Machões". Um grupo de "notáveis feministas economistas" circulou uma petição que rapidamente obteve mais de seiscentas assinaturas, convocando o presidente-eleito a acrescentar projetos em saúde, cuidados infantis, educação, e serviços sociais, e para "instituir tutorias" a fim de treinar mulheres para "pelo menos um terço" dos serviços de infraestrutura. Ao mesmo tempo, mais de mil historiadoras feministas assinaram uma carta aberta instando Obama a não favorecer "uma área tão fortemente dominada por homens" como a construção civil: "Precisamos reconstruir não apenas pontes de concreto e aço, mas também pontes humanas". Assim que estes grupos ficaram cientes um do outro, formaram um grupo de ação anti-estímulo chamado WEAVE -- Women's Equality Adds Value to the Economy [N03].

A National Organization for Women (NOW), a Feminist Majority, o Institute for Women's Policy Research, e o National Women's Law Center rapidamente juntaram-se à batalha contra o supostamente sexista resgate dos empregos dos homens. Sob a sugestão de um funcionário para a Presidente da Câmara Nancy Pelosi, a presidente da NOW Kim Gandy discutiu um equivalente feminino para a "terminologia carregada de testosterona" contida no termo "pronto para as pás. ("Pronto para os aventais" foi abordado porém rejeitado.) Christina Romer, a altamente prezada economista que o presidente Obama escolhera para presidir seu Conselho de Assuntos Econômicos, diuria depois em sua entrada no palco político: "O primeiro email que obtive . . . foi de um grupo de mulheres dizendo 'Nós não queremos que este pacote de estímulos crie apenas empregos para homens brutamontes.'"

Não importa que estes brutamontes fossem aqueles que perderam a maioria dos empregos. O plano original do presidente-eleito foi projetado para estancar a hemorragia na construção e manufatura enquanto investia em infra-estrutura física que era indispensável para crescimento econômico de longo prazo. Não foi um pacote desordenado de programas corretos-de-gênero, nem um programa machão -- a ideia inteira do estímulo governamental foi usar o gasto governamental para colocar os fatores ociosos de produção de volta ao trabalho.

O presidente-eleito respondeu aos protestos enviando Jason Furman, seu futuro vice-diretor soon-to-be deputy do Conselho Econômico Nacional, junto com seus assessores para um encontro organizado por Kim Gandy e a presidente da Feminist Majority Eleanor Smeal. Gandy descreveu a cena:

Os economistas seniores ouviram atentamente enquanto Gandy e Smeal e outros defensores argumentavam por um pacote de estímulos que aumentaria empregos para enfermeiras, assistentes sociais, professoras e bibliotecárias em nossa frágil "infraestrutura humana" (acharam o slogan livre de testosterona). Furman por acaso mencionou que empregos na "infraestrutura humana" - saúde, educação, e governo - aumentaram mais de meio milhão desde dezembro de 2007?

Poder-se-ia perdoá-lo por não ser argumentativo. Seu chefe no conselho econômico, Lawrence Summers, tornou-se o símbolo nacional das consequências de se ofender as sensibilidades feministas e ser atacado por feministas em sua seleção para o posto mais alto da Casa Branca. Gandy e Smeal notaram seus parceiros engajados e curiosos e estavam satisfeitas por ficarem mais tempo do que o agendado: "Nós saímos sentindo que toda nossa preparação traria frutos na forma de mais inclusão para as necessidades das mulheres, e estávamos certas."

Christina Hoff Sommers é uma estudiosa residente no American Enterprise Institute. Ela é autora de The War Against Boys e editora do The Science on Women and Science, em breve pela editora AEI.


[N01]"Man-cession" no original.
[N02]"Shovel ready" no original.
[N03]"Igualdade para as mulheres adiciona valor à economia". Realmente a criatividade paidégua para acrônimos é espantosa...

META
Título Original No Country for Burly Men
Autor
    1. Sommers
Link Original http://www.weeklystandard.com/no-country-for-burly-men/article/17737
Link Arquivado http://archive.is/A0j1u

Masculinidade Tóxica e Feminilidade Tóxica [Karen Straughan]

Transcrição do Meu Discurso na Simon Fraser University Transcrição do Meu Discurso na Simon Fraser University Masculinidade Tó...