segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Presidente de Conselho Estudantil promete "derrubar mural de homens brancos" que morreram na Primeira Guerra Mundial [NOTÍCIA]

Presidente de Conselho Estudantil promete "derrubar mural de homens brancos" que morreram na Primeira Guerra Mundial

Presidente de Conselho Estudantil promete "derrubar mural de homens brancos" que morreram na Primeira Guerra Mundial

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Emily Dawes, presidente do Conselho Estudantil de Southampton University, disse em um tweet: "Anotem minhas palavras - vamos derrubar o mural de homens brancos da Sala do Senado da Universidade, mesmo que eu mesma tenha que pintar por cima".

O mural em questão é uma pintura de jovens homens que frequentavam a Southampton University mas saíram na eclosão da Primeira Guerra Mundial para lutar pelo país, e infelizmente nunca retornaram.

Os jovens homens da pintura estão recebendo os diplomas que teriam obtido acaso tivessem terminado seus estudos. O mural foi criado em honra às centenas de milhares de rapazes que lutaram bravamente pelo Reino unido e morreram em batalha.

Tristemente, este tipo de ideologia tóxica é bastante comum nas universidades do Reino Unido, com muitos estudantes aderindo a uma ideologia progressiva agressiva que procura eliminar homens brancos da história.

Um evento semelhante ocorreu na Manchester University recentemente onde estudantes cobriam um memorial de Rudyard Kipling, alegando que ele foi um racista.

Num tweet de desculpas, Emily Dawes disse que pedia desculpas "pela ofensa e furor que havia causado", mas falhou em desculpar-se por qualquer coisa que realmente disse, alegando em vez disso que sua intenção foi "promover uma liderança feminina forte".


1 META

Table 1: META
Título UK Student Union President promises to “take down mural of white men” who died in World War One
Autor ENOCH
Link https://voiceofeurope.com/2018/10/uk-student-union-president-promises-to-take-down-mural-of-white-men-who-died-in-world-war-one/
Arquivo http://archive.is/G42k0

Created: 2018-10-29 seg 07:09

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sábado, 27 de outubro de 2018

Política do Pênis [Mark Dent]

Política do Pênis

Política do Pênis

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Se você é homem você deve ter ficado preocupado em algum momento da sua vida sobre o tamanho ou a aparência de seu pênis. O medo de ser considerado inadequado ou diferente persegue a maioria dos seres humanos mas existe uma conexão particularmente profunda entre a autoconfiança de um homem e sua genitália.

Homens sabem disso, mulheres também. Lamentavelmente, este conhecimento tem sido usado para humilhar, escarnecer, depreciar e denegrir homens desde a primeira vez que passamos a andar em dois pés.

Eu creio que este dilema, que todos os homens e meninos enfrentam, é algo que mulheres e meninas não têm que sofrer não obstante as alegações de que opróbrio corporal 1 é algo que mulheres experimentam de forma constante na mídia e nas suas interações diárias.

O primeiro ponto que eu sempre gosto de fazer quando levanto este assunto é que o fato de sofrer escárnio por causa de seu peso é muito certamente uma experiência dolorosa mas é algo sobre o qual todo indivíduo tem algum controle e se motivado o bastante é algo que pode ser mudado.

Não consigo recordar o momento quando eu vi um personagem num filme ou comédia fez uma referência jocosa a vaginas cavernosas ou peitos pequenos. Pode até haver mas seria uma ocorrência rara. Comentários depreciativos sobre pênis são legião no mundo de filmes e TV.

Um homem não pode mudar o tamanho ou a aparência de seu pênis a não ser que esteja disposto a passar por uma cirurgia cara, arriscada e invasiva. Para a maioria dos homens, isto é um fato imutável como o peso, cor da pele ou tamanho de sapatos. Isto torna quaisquer ataques sobre esta característica física ainda mais cruéis e dolorosos que uma crítica ao peso, estilo de cabelo ou escolha de roupas.

Zombaria sobre o tamanho e a aparência do pênis tem sido uma forma aceitável de comportamento na nossa mídia mainstream e na cultura em geral por décadas.

Na Austrália, uns anos atrás, o governo criou uma série de campanhas que associavam dirigir além da velocidade permitida com o tamanho do pênis.

O inferno congelaria antes que qualquer campanha de saúde e segurança decidisse zombar da aparência física de mulheres jovens. Ela jamais seria cogitada.

Imagine uma campanha dizendo a meninas gordas que seu risco de doenças cardíacas e outros males de saúde perigosos à vida seriam atenuados se não fossem tão gordas. E se tal campanha pudesse ser justificada com evidência que mostrasse que ela salvaria vidas! Sim - sua imaginação é o único lugar onde tal campanha aconteceria. De fato, teríamos infinitas campanhas, artigos e anúncios que apresentariam a obesidade feminina como bela e normal.

Homens obesos jamais foram apresentados como sexualmente atraentes em nenhuma revista ou anúncio. A zombaria com homens obesos jamais foi chamada de opróbrio corporal. Mulheres que expressam sua falta de interesse em homens gordos não são acusadas de opróbrio corporal ou de ter valores superficiais.

Calvície é outra questão que homens simplesmente têm que aceitar com um suspiro de resignação e empatia ou suporte nulos. Eu lembro quando estava perdendo cabelo nos meus vinte e tantos anos de como tanto homens quanto mulheres sentiam ser completamente apropriado comentar sobre minha iminente calvície - geralmente nos lugares mais públicos, o que claramente apenas aumentava minha humilhação e autoconsciência.

Eu notei que algumas das mulheres que faziam observações sobre meu cabelo eram obesas com distúrbio de personalidade limítrofe, e eu geralmente me impressionava sobre a falta de autoconsciência e quais seriam as ramificações de uma resposta espinhosa focando no tamanho de suas bundas.

Eu sei. Eu teria sido rotulado como um brutamontes vil e irracional que insensivelmente zombou do corpo de uma mulher. Seus comentários não solicitados sobre minha cabeleira nem mesmo seriam registrados no radar da maioria das pessoas como qualquer coisa além de um tiquinho de diversão.

De volta ao pênis.

Há incontáveis referências ao tamanho do pênis na nossa cultura que todo garoto absorve. Tamanho importa é regularmente usado em anúncios seja de barras de chocolate seja de televisões de tela plana.

Infinitos shows e filmes de comédia fazem referências veladas e não tão veladas sobre tamanho de pênis e a réplica feminista mais comum quando sua visão de mundo é eviscerada por um homem é atacar o tamanho do pênis do homem. Clementine Ford faz isso regularmente

O que me traz este assunto à mente é um show semanal de TV bem inócuo, de nome Gogglebox. A premissa desse show soa absurda mas simplesmente consiste em cinco ou seis famílias distintas assistindo à televisão em suas salas-de-estar. Nós, os telespectadores, vemos e ouvimos suas reações a shows populares que temos acesso em nossas próprias tevês.

Quase toda semana, um par de amigas que divide uma casa e outro trio de mulheres - uma avó, sua filha e neta - fazem comentários sobre os corpos dos homens, com especial ênfase em seus pênis. O par pergunta a cada uma das outras com quem elas fariam e não fariam "aquilo" e o trio feminino escarnece o tamanho dos pênis regularmente quando está passando um episódio de Bondi Rescue ou qualquer show onde há homens seminus. Elas repetidamente comentam os genitais masculinos.

Eis as culpadas!

O que é inacreditavelmente aparente é o fato que muitos homens, velhos ou jovens, no Gogglebox, raramente fazem referências sexuais sobre as mulheres que veem. Meu filho pesadamente tatuado e bastante mente-aberta parou de assistir ao show faz algum tempo porque ele estava tão enojado pela infinita manjação e julgamento de pênis e os ainda mais amalucados duplos padrões na atração.

O pior exemplo desse tipo de comportamento ocorreu há pouco mais de uma semana. A versão australiana do Sixty Minutes teve uma extremamente anunciada entrevista com Stormy Daniels. Durante a entrevista o pênis do presidente Trump tornou-se o foco máximo da discussão.

Assim que começou a entrevista, as mulheres no Gogglebox estavam falando:

"Aposto que é minúsculo!"

"Eca - como você conseguiu transar com ele?"

A entrevista conclui com a detalhada descrição dada por Daniels sobre o pênis de Trump, a qual mencionava seu tamanho e formato inusitado.

Isto também rendeu "Ecas" e "Nossas" das mulheres.

Todas essas mulheres são feministas orgulhosas e barulhentas. Uma delas regularmente veste sua camisa "poder feminino" quando senta-se no sofá, e elas ridicularizam e fazem piada dos homens. As outras abertamente proclamaram suas inclinações feministas em mais de uma ocasião.

Não consigo parar de cogitar o que teria ocorrido se um jornalista homem entrevistasse um agente de escolta homem que tivesse dormido com Hillary e escrevesse uma descrição detalhada de seus bifes vaginais e de seus peitos. Consegue imaginar o agente referindo-se depreciativamente referindo-se às incomuns e horríveis lapas da vagina de Hillary e de seus peitos caídos? Force um pouco os limites de sua mente e imagine um programa popular de televisão que aponta para as reações dos homens que o apresentam reagindo com nojo às descrições e expressando com risadas altas sua descrença na noção de que algum homem tivesse deitado com ela.

Trump foi representado nu em estátuas postas em áreas públicas onde centenas de pessoas posaram com seus dedos pinçando o pequeno pênis esculpido tão carinhosamente pelo artista. Infindáveis mulheres posaram ao lado mostrando claramente seu nojo e escárnio.

Agora tudo isso pode ser considerado o mero funcionamento de uma sociedade onde a liberdade de expressão e fala são altamente valorizadas. Porém, quando tais liberdades aplicam-se somente para a zombaria e difamação de um gênero, isso deve ser denunciado.

O que faz a recente fascinação com o pênis do Trump tão irônica são as infinitas denúncias de opróbrio corporal e sexismo feitas por mulheres políticas, tanto aqui na Austrália quanto na América.

Nossa antiga primeira ministra Julia Gillard usava o cartão de gênero sempre que enfrentava críticas sobre suas políticas ou integridade. Ela sentou-se num palco junto com sua alma-gêmea Hillary há um ou dois meses atrás e elas choramingaram em uníssono sobre a terrível maneira que as mulheres na política são tratadas. Elas ventilaram a questão dos trolls online e das ameaças de estupro.

Esta é uma jogada matadora para mulheres que querem ser vítimas.

Elas sabem que tais ameaças são gritarias vazias de uma margem minúscula de trolls de internet e ignora inteiramente o fato que políticos homens recebem ameaças de violência e intimidação a uma taxa mais alta que mulheres. Mas ninguém liga sobre esse tipo de abuso. Por que o estupro é uma ameaça inerentemente mais hedionda que castração ou assassinato? Podem políticos homens chamar estas ameaças bastante pessoais e violentas de sexistas? Aparentemente não. Não parece existir uma categoria de qualquer de abuso online contra homens além de "miscelânea", ou talvez uma categoria nova - "merda acontece - supera!".

Eu penso que o que é mais perturbador acerca de mulheres como Gillard e Clinton é que elas realmente acreditam que estão sendo tratadas injustamente. Elas estão tão capturadas na bolha feminista que não veem mesmo o mais flagrante sexismo enfrentado por políticos homens como Trump. Ele teve seu cabelo, penteado, cor da pele, desempenho sexual, peso e tamanho do pênis infindavelmente discutidos e ridicularizados, e ninguém da mídia acusou isso como sendo sexista. Uma política mulher pode ter sua política criticada ou sua corrupção exposta e ela imediatamente rotula o ataque como sexista. Ainda mais perturbador é o fato que tais alegações absurdas sempre serão redondamente apoiadas por muitos na mídia.

É insano. Apenas imagine Richard Nixon chamando os jornalistas que expuseram seu comportamento criminal de sexistas. E mesmo assim esta é a absurda realidade na política atual. Se você é uma mulher em Washington este é seu coringa automático quando a merda atinge o ventilador.

CNN devotou entrevistas sobre o assunto do pênis de Trump. E eles discutem isso tão solenemente quanto discutem o estopim de uma guerra ou um desastre natural.

Eu sei que digo isso com uma regularidade monótona, mas é necessário ser dito. Tente imaginar uma rede "séria" de notícias devotando segmentos inteiros a discutir os bifes genitais com um gigolô.

Este é o nível de extrema hipocrisia orwelliana que chegamos no mundo ocidental.

Dois anos atrás uma anfitriã de um programa popular de rádio exibido aqui em Melbourne declarou em alto e bom som que deveríamos todos celebrar o aniversário de quando Bobbitt teve seu pênis arrancado pela esposa enfurecida.

Eu a ouvi rindo e fazendo comentários escarnecedores sobre quão enrugado o pênis deve ter ficado após uma noite de exposição ao relento. Ela disse que este seria um bom aviso para que todos os homens certifiquem-se de manter suas mulheres felizes. Seus dois convidados masculinos riram e não fizeram protesto algum à ideia de celebrar este ato criminoso e vil.

Eu liguei para a estação de rádio a fim de vocalizar minha raiva após ouvir o podcast do show e para seu eterno crédito a recepcionista estava tão irritada quanto eu e me prometeu que levaria isso ao conhecimento do gerente da estação. Certamente o gerente me ligou de volta e procedeu em desculpar-se pelos comentários. Ele disse que não tinha ideia de como os comentários que foram ao ar por cinco minutos conseguiram escapar ao olho do censor. Eu questionei a ele por que os mesmos comentários foram promovidos no podcast diário horas depois de serem ditos ao vivo. Ele não me respondeu. E duas horas depois a conversa foi removida do podcast.

Eu perguntei que consequências Chrissie Swan enfrentaria por pedir às pessoas para celebrar a arrancada do pênis de um homem. Ele disse que conversaria com ela. Eu perguntei a ele se ele simplesmente conversaria com qualquer dos apresentadores masculinos se eles defendessem a celebração da mutilação genital de uma mulher. Ele não hesitou - 'Demitiria'. Quando acusei seu duplo padrão ele simplesmente concordou comigo e disse que entendia minhas preocupações e a maneira diferente que nossa sociedade vê os dois gêneros em situações como essa.

Até hoje esta mulher permanece em seu trabalho sem consequência alguma para suas longas chamadas celebrativas e risadas sobre a mutilação genital de homens.

A mesma Chrissie Swan foi uma participante do Big Brother Austrália. Certa noite as mulheres do programa estavam discutindo tamanhos de pênis e divertindo-se muito nisso. Num certo momento, Swan contou a história de uma vez em que ela saiu com um cara e quando chegou a hora das intimidades, ela deu uma olhada no seu pequeno pinto e decidiu que não iria ter nada com ele.

Isso já é repugnante o suficiente, mas um dia ou dois depois, Swan (que era bastante obesa) escutou uma dupla com uma câmera fazendo piadas sobre seu tamanho detrás dos muros da casa do Big Brother. Ela chorou e falou do opróbrio corporal que teve que aguentar.

Não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Esta foi a mesma mulher que decidiu que o tamanho do pênis de um homem era tudo o que precisava saber quando selecionando um possível parceiro sexual ou para a vida. Agora ela estava chorando porque alguém disse que ela era gorda.

Estou certo de que você entendeu quem ganhou uma avalanche de empatia e apoio.

Vocês todos sabem que há outros incontáveis exemplos de mulheres zombando da mutilação dos genitais de um homem mas isto já foi coberto em outros artigos.

Eu sorrio quando penso na previsível resposta que meu artigo traria a qualquer feminista que o olhasse de passagem.

Você deve ter um pau pequeno!


1 META

Table 1: META
Título Politics of the penis
Autor Mark Dent
Link https://www.avoiceformen.com/men/politics-of-the-penis/
Arquivo http://archive.is/jAgra

Footnotes:

1

Desculpe, não achei tradução melhor para body shaming

Created: 2018-10-27 sáb 20:41

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terça-feira, 2 de outubro de 2018

Michael Kimmel. Apenas Mais Um Harvey Weinstein [Paul Elam]

1 Michael Kimmel. Apenas Mais Um Harvey Weinstein #MeToo

Michael Kimmel, "estudioso" feminista de longa data, mentiroso e fornecedor de toda forma de ideologia anti-homem, foi atingido pela acusação de que abusou sexualmente uma de suas estudantes. Em um reporte do Chronicle of Higher Education, a acusadora de Kimmel alega que ele sugeriu que eles dormissem juntos por seis semanas para o programa de estudos de pós-graduação dela.

Ironicamente, a acusadora também alegou que Kimmel a disse que ela teria que trabalhar mais para ter o mesmo reconhecimento porque ela era uma mulher atraente.

Kimmel nega as acusações, afirmando "eu passei minha carreira toda advogando pela igualdade de gênero, e acredito que eu tenho sido profissional e respeitoso em minhas relações com as mulheres.

Enquanto isso, medium.com, um site de propaganda esquerdista, não perdeu tempo em lançar Kimmel na frente do ônibus. Numa peça intitulada "O Que Precisamos de Perpetradores Acusados Como Michael Kimmel #metoosociology", a demanda padrão feminista foi emitir a Kimmel um "reconheça e creia na sobrevivente mesmo que a abordagem dela não se encaixe com seu senso de si mesmo".

Este é o código-jargão feminista para "admita que fez isso, bastardo imundo!"

Obviamente, se Kimmel fez ou não isso, está além do ponto. Ele foi acusado. Em um mundo que Michael Kimmel trabalhou fervorosamente para criar, isto não é nada diferente de um veredicto de culpa numa corte legal. Este é o momento que o destrói.

A despeito disso, a coisa apropriada a ser feita aqui é apontar que as acusações não foram provadas (e nem são), que Kimmel tem direito adquirido a um devido processo legal e presunção de inocência (o que ele tem) e que apesar de seus longevos esforços profissionais em minimizar o problema das falsas acusações, elas são algo real (e são). É apropriado, também, questionar a própria fundação do peso da acusação; se perguntar a outro adulto para dormir com você, se é que isso aconteceu, é assédio.

Ainda assim, a opinião editorial da AVFM é desfrutar da epicaricácia. Sabemos que ninguém merece mais a injusta desgraça, o estigma da acusação e seus efeitos danosos nas suas vidas do que esta fraude acadêmica mesquinha e trapaceira.

Aproveite o nível de atenção pública que você sempre almejou, Michael. Ela finalmente chegou e parece ótima em você.

2 META

Table 1: META
Título Michael Kimmel. Just another Harvey Weinstein #MeToo
Autor Paul Elam
Link https://www.avoiceformen.com/a-voice-for-men/michael-kimmel-just-another-harvey-weinstein-metoo/
Arquivo http://archive.is/Y9cLK

Created: 2018-10-02 ter 06:16

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sábado, 29 de setembro de 2018

GirlWritesWhatSelecta - 30

1 GirlWritesWhatSelecta - 30

Infelizmente, acredito também que a cena gamer precisa evoluir.

A cena gamer não precisa fazer nada. As empresas votarão com suas carteiras, e as companhias se adaptarão.

Estou realmente cansada da maneira juvenil que mulheres são retratadas (peitoral biquíni?), e vejo bastante mérito genuíno nas críticas feministas.

Certeza.

Vou compartilhar com você o incidente que primeiro me expôs ao movimento pelos direitos dos homens. Eu era uma escritora de erotismo – pornô para mulheres. Eu era membro de um monte de websites e fóruns. Um dia alguém postou um link para um artigo de um website sobre homens, com um chamado à ação para que fôssemos lá fazer graça daqueles perdedores.

O artigo em questão reclamava da falta de ficção científica pura. O autor lamentava que o gênero havia se tornado feminilizado – sempre tinha algum tipo de sub-enredo romântico inserido para atrair leitoras mulheres.

Sendo eu da comunidade de ficção romântica e erótica, e tendo algum conhecimento da indústria, eu podia simpatizar. Romance é um gênero escrito quase exclusivamente por mulheres e feito para um público leitor exclusivamente feminino, e contempla mais da metade de toda a tiragem impressa de ficção. Seriamente, romance ficcional é mais da metade do mercado de ficção. Isto antes de adicionar romancinho água com açúcar, "ficção feminina", Margaret Atwood, &c. também, 80% dos editores de ficção (os guardiões de passagem na publicação) são mulheres. Isto ao longo de todos os gêneros, incluindo ficção geral, infantil, jovem adulto, horror, fantasia/sci-fi, seja lá o que se faça.

Ficção impressa é dominada por homens, e tem esvaído homens por décadas.

Quão diferente é a reclamação desse cara de não poder pegar um livro de ficção científica sem encontrar algum sub-roteiro romântico adulativo projetado para ter apelo entre as mulheres, e que acaba por repeli-lo, da sua reclamação de peitorais em formato de biquíni nos seus jogos?

Então eu fui até a seção de comentários, e o que é que eu vi? Uma brigada de auto-intituladas feministas acusando o autor de ser um perdedor que não arranja mulher, de pau pequeno, de ser um "homem branco privilegiado", de exigir um gênero inteiro de ficção só para atendê-lo.

Ele apenas não gostava de certas coisas sobre novelas sci-fi que apelam para as mulheres. VOCÊ não gosta de certas coisas sobre jogos eletrônicos que apelam para homens. Uma puta distância.

Mas, como eu estou no meio, todos me odeiam por ser um "troll preocupado por picuinha".

Se você acredita que o artigo que eu descrevi acima reflete senso de intitulação masculina, enquanto o seu pedido por erradicação dos biquínis de cota de malha não é senso de intitulação feminina, então você não está no meio.

Algumas pessoas gostam de explorar estas questões sem ter que entrar em brigas … como as pessoas que organizam exposições.

Então provavelmente eles não deveriam ter hospedado um painel feminista que não toleraria qualquer discordância com o dogma feminista, enquanto dava a ele o nome "mulheres nos quadrinhos". Talvez eles não devessem ter expulso e banido uma criadora independente de quadrinhos deste evento porque ela polidamente objetou sobre como estava sendo publicamente retratada pelos palestrantes.

É por isso que eu, pessoalmente, me alinhei com eles ao longo deste caso.

Você pode alinhar-se com quem quiser.

Created: 2018-09-29 sáb 22:40

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"Por Que Kavanaugh E Os Republicanos Merecem Perder" [Stephen Baskerville]

1 OPINIÃO: Por Que Kavanaugh E Os Republicanos Merecem Perder

Se algo demonstra que estamos no meio de um completo golpe de estado, é a última saraivada de alegações sexuais politicamente motivadas, desta vez contra o indicado para a Suprema Corte Brett Kavanaugh.

Alegações de trinta anos atrás, trazidas por nenhuma razão possível além de derrubar sua nomeação, obviamente tendo nada a ver com justiça criminal e tudo a ver com poder político.

A própria polêmica da esquerda deixou bem claro que as acusações derivadas da agenda política feminista na qual é esperado que seus juízes legislem da tribuna. Acusações sexuais não são uma questão a ser debatida.

Elas são uma arma para, neste caso, consolidar o aborto legalizado e vitórias passadas semelhantes - um meio ideológico para um fim ideológico e u duplo exemplo de quão longe, nas palavras de Don Feder, "as cortes são um braço da aplicação legal da revolução sexual".

Feministas descobriram que podem acusar em seu caminho para o poder político e que o juggernaut de acusações sexuais, ainda que nebulosas e mal-definidas, eventualmente derrubarão toda a oposição - se não neste ou naquele caso, então cumulativamente. Nada pode prevalecer contra uma acusação de abuso vinda de uma mulher, um princípio que até mesmo republicanos tentaram (com menos sucesso) explorar.

A questão essencial então torna-se, não se Brett Kavanaugh era culpado (quanto mais "culpado do quê?"), mas como chegamos neste horrível jogo de política por acusações, e como saímos dele. Os republicanos já mostraram interesse nulo em abordar esta questão. Surpreendentemente, nem mesmo os jornalistas, estudiosos, intelectuais conservadores ou líderes religiosos.

Pelo contrário, o melhor que podem fazer é lançar acusações de volta para os liberais (Clinton, Kennedy, Weinstein), invariavelmente papagaiando o jargão politiqueiro da direita sexual e no processo entregando a maior vitória da legitimidade para os radicais e suas políticas de acusação.

Esta questão é muito maior que um indicado à Suprema Corte. Ela é agora a crise central de nossa civilização. O poder da decadência sexual - e seu corolário inevitável, radicalismo sexual - não apenas de radicalmente alterar nossa cultura mas de determinar nossas principais decisões de política pública agora alcançou um torque que não mostra sinais de reunir qualquer oposição efetiva.

A chave para entender e derrotar esta caça às bruxas política em andamento é entender que o trabalho de base estava em preparação por décadas quando os alvos não eram homens poderosos com ofícios políticos e exposição midiática mas cidadãos ordinários sem defesa e sem plataforma pública para falar em seu favor.

Durante esse tempo, estes líderes - incluindo políticos republicanos e oficiais da justiça como o Juiz Kavanaugh - não fizeram nem disseram nada em face das hediondas injustiças perpetradas por seus próprios colegas.

Pelo menos desde o início dos anos 1990, o judiciário americano, pressionado pelas mesmas feministas radicais que agora mobilizaram suas forças contra o Juiz Kavanaugh, tem rotineiramente avalizado a injustiça sistemática contra os cidadãos americanos - em sua maioria homens, mas algumas vezes mulheres e casais heterossexuais - em nome do "divórcio sem culpa" e inovações jurídicas conexas tendo por alvo "pais caloteiros", "violência doméstica", "abuso infantil", mais recentemente "estupro universitário" e muito mais - tudo isso minuciosamente documentado como sendo embustes politicamente motivados.

É impossível que oficiais judiciais como Brett Kavanaugh não sabiam disso, e mesmo assim eles fecharam suas bocas e viraram seus rostos. Agora que eles mesmos foram atingidos, parecem não ter aprendido nada.

Qualquer um que tenha trabalhado nas cortes judiciais sobre estes assuntos sabe o que alguns têm problema em aceitar: que as acusações contêm zero verdade e que "onde há fumaça" há obstrução da verdade a fim de vencer na corte e aumentar o poder judicial. Tamanha é a profundidade da depravação judicial sobre a qual oficiais como Kavanaugh presidem. Mesmo agora, onde é de seu interesse apitar com força 1, colocando portanto sua própria ordália em perspectiva, ele permanece em silêncio.

De fato, mesmo com uma iminente eleição que estão a ponto de perder, os republicanos não mostram interesse em entender como tem estado tão massivamente surpreendidos. Além disso, o mesmo é verdadeiro de outros campos de batalha onde a esquerda sexual infligiu derrotas devastadoras contra os valores conservadores cristãos básicos e tradicionais americanos em face da oposição incompetente: casamento de mesmo sexo, por exemplo, e agora o transgenerismo.

É claro, os reais perdedores não serão poderosos e privilegiados como Kavanaugh. Nossos corações deveriam ser tocados pela possibilidade de que estas alegações poderiam atacar seu casamento. Mas ele não será expulso de sua casa. Seus filhos não lhe serão tirados. Ele não perderá seu emprego. Sua conta bancária não será zerada. Ele não será preso sem julgamento. Ele não vai apanhar na prisão. Seus amigos e família não se distanciarão dele. Ele não acabará sem teto debaixo de uma ponte.

Tudo isso tem sido documentado como o trabalho do judiciário ao qual Kavanaugh deve seu sustento, e tudo é o resultado da pressão dos mesmos radicais sexuais que agora o têm em sua mira. É difícil ficar surpreso com o fato que americanos que vivem o terror das cortes estejam agora voltando-se em grande número para apoiá-lo.

Pois estes são os reais perdedores, dos quais Kavanaugh e os republicanos abdicaram da responsabilidade de protegê-los. E as maiores perdas serão nosso governo constitucional, com suas garantias de devido processo, que o juiz Kavanaugh e os legisladores republicanos também juraram proteger e que tão debilmente fingem ser guardiões.

/Stephen Baskerville, PhD, é Professor de Governo no Patrick Henry College e autor de The New Politics of Sex: The Sexual Revolution, Civil Liberties, and the Growth of Governmental Power (Angelico, 2017)/.

2 META

Table 1: META
Título OPINION: WHY KAVANAUGH AND THE REPUBLICANS DESERVE TO LOSE
Autor Stephen Baskerville - professor, Patrick Henry College
Link https://dailycaller.com/2018/09/27/kavanaugh-republicans-deserve-to-lose/
Arquivo http://archive.is/eVqNm

Footnotes:

1

No original, blow the whistle, "assoprar o apito". Trata-se de uma gíria, whistleblower, literalmente "o que assopra o apito", que poderia ser traduzido por delator ou denunciante, no sentido de alguém que denuncia uma conspiração.

Created: 2018-09-29 sáb 22:56

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segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Trabalho Não-Remunerado Ou Ócio Hiper-Remunerado [V. E. Lane]

Trabalho Não-Remunerado Ou Ócio Hiper-Remunerado: Por Que Serviço Doméstico Não é Realmente Trabalho

Trabalho Não-Remunerado Ou Ócio Hiper-Remunerado: Por Que Serviço Doméstico Não é Realmente Trabalho


A razão para que homens façam menos serviço doméstico é que, simplesmente, eles ficam menos incomodados com quaisquer níveis de bagunça.

Mães donas-de-casa fornecem serviços para si mesmas e suas famílias, não para um mercado de consumidores. Assim como você não "merece" um salário por cozinhar seu próprio desjejum, tampouco um pai que te prepara uma refeição.

  • Wendy McElroy, Mother's 'Work' Doesn't Warrant Paycheck 1

Mulheres fazem um grande ponto sobre elas fazerem mais tarefas de limpeza da casa do que nós. Mas elas definem o que está limpo o suficiente. Como você nunca ouviu um homem reclamando que sua esposa não está realizando seu justo quinhão no polimento do cromado do Camaro?

  • Jack Kammer, If Men Have All the Power How Come Women Make the Rules 2

1 INTRO

A sabedoria convencional, como ditada por nós pelas feministas e a mídia mainstream, é que homens não fazem o seu justo quinhão de tarefas domésticas. Pelo contrário, de acordo com a ortodoxia feminista, não apenas homens não põem seu esforço em casa, mas eles também beneficiam-se injustamente do serviço doméstico efetuado por suas esposas.

Mulheres, por outro lado, são cruelmente exploradas. Isto é porque, assim somos repetidamente ensinados, elas realizam as tarefas domésticas para benefício do marido e ainda assim, ao contrário do trabalho remunerado fora de casa, elas não recebem nenhum salário em recompensa pelo serviço doméstico que fazem, e nem pelo cuidado que fornecem às crianças.

Curiosamente, esta sabedoria convencional é, em grande parte, tomada em seu valor de face até mesmo por alguns dos mais incisivos críticos da ortodoxia feminista. Por exemplo, em Warren Farrel, em sua contribuição ao Does Feminism Discriminate Against Men: A Debate o qual eu comentei aqui escreve:

A mulher média trabalha quase dezessete horas por semana dentro de casa, mas o Journal of Economic Literature reportou que o homem médio trabalha mais de doze goras por semana fora de casa. Além disso, o homem médio comuta duas horas a mais por semana que a mulher média. Contando todos os aspectos do trabalho então, o homem médio trabalha cinco horas a mais por semana que a mulher média. 3

Similarmente, o blogueiro de direitos dos homens e meninos, apresentador de rádio e colunista Glenn Sacks, escreve:

Uma pesquisa de 2002 do Institute for Social Research da University of Michigan descobriu que mulheres fazem 11 horas a mais de serviço doméstico por semana que os homens mas homens trabalham 14 horas por semana a mais que homens. De acordo com o BLS, o tempo total dos homens em ócio, dormir, realizar atividades de cuidado pessoal ou socializar-se é um estatisticamente irrelevante 1% superior ao das mulheres.

Adicionalmente, Farrel identifica 54 categorias de trabalho pela casa que são tipicamente realizadas pelos maridos em vez das esposas mas elas são largamente ignoradas tanto por feministas quanto pelos "estudos domésticos" que elas inventaram, incluindo entre outras atividades árduas, aquelas formas de trabalho na casa que são:

Mais propensas a quebrar um braço, perna ou o pescoço ou rachar o crânio (e.g. subir escadas) … mais propensas a ocasionar ataques do coração (recolher a neve) … [e] mais propensas a causar problemas na lombar e operações de hérnia (mover a mobília, pendurar retratos pesados). 4

Como observa Glenn Sacks, "mesmo esses estudos [de orçamento de tempo] subestimam a contribuição masculina porque eles apenas computam as horas devotadas a uma tarefa sem medir o esforço físico e/ou o perigo associado a eles" - e homens realizam os trabalhos mais perigosos dentro e fora de casa.

Estas são críticas certamente válidas para as estatísticas falsificadas ('estupro de dados' ou 'Sra. DeFormação' 5) rotineiramente traficadas por feministas e acriticamente regurgitadas pela mídia mainstream. Porém, ao realizar tais cálculos, Farrel e Sacks implicitamente tomam como garantida uma suposição nuclear feminista - a saber, que serviço doméstico feito na própria casa de alguém e cuidar das próprias crianças é fundamentalmente do mesmo tipo e portanto comparável à espécie de trabalho do qual é esperado exigir remuneração.

Em outras palavras, ao somar o número de horas adicionais que as mulheres trabalham em casa e comparar com o número de horas adicionais que homens trabalham fora de casa, Farrel e Sacks implicitamente aceitam que isto é uma comparação entre iguais.

Eu argumentarei que tal suposição é errônea.

De fato, eu irei além. Eu mostrarei que quase toda parte da sabedoria convencional acerca do assim denominado 'trabalho não-remunerado' das mulheres em casa é enganoso. Tarefas domésticas realizadas pelas esposas não são, como afirma a sapiência feminista, 'trabalho não-remunerado'. Pelo contrário, longe de ser não-remunerado, ele é de fato hiper-remunerado - e, para donas-de-casa casadas com homens de posses, geralmente de maneira estupenda.

Mais importante, eu argumentarei que tarefas domésticas, quando realizadas em sua própria casa, e cuidados infantis, quando realizados em respeito aos próprios filhos, não são o tipo de atividades para as quais alguém deveria se considerar no direito de demandar remuneração para início de assunto.

De fato, um caso forte pode ser feito sobre que o serviço doméstico e o cuidado infantil deste tipo não deve ser propriamente considerado 'trabalho' afinal - ao menos no sentido ordinário no qual esta palavra é tipicamente utilizada. Pelo contrário, é mais análogo a um passatempo ou a busca de um lazer. Certamente, não deve ser considerado trabalho (e não deve ser conferidora de salário) mais que atividades como lavar detrás das orelhas ou fazer aviões de papel no tempo livre.

Portanto, eu argumento que serviço doméstico efetuado por mulheres casadas em suas próprias casas e cuidados infantis quando realizados em respeito aos próprios filhos não representam muito bem, como afirmam as feministas, 'trabalho não remunerado', mas uma indolência hiper-remunerada.

2 Por Que Serviço Doméstico Em Sua Própria Casa Não É Trabalho

Deixe-me primeiro deixar claro que, ao argumentar que o serviço doméstico realizado em sua própria casa é de um tipo fundamentalmente diferente e portanto incomparável ao trabalho remunerado ao trabalho remunerado fora de casa, eu não estou falando da natureza da atividade que constitui o trabalho em si. Não existe nada acerca do serviço doméstico que signifique que ele não pode ser de tal tipo que mereça remuneração.

De fato, serviço doméstico e cuidado infantil são comumente feitos em troca de um salário - a saber, quando são feitos ou fora de casa ou, mais comumente, na casa de outrem, tipicamente por empregados domésticos, criados, guardiões de crianças e babás (apesar de que mesmo assim o salário é relativamente baixo, refletindo a natureza segura, não-qualificada e pouco exigente do trabalho envolvido).

Certamente, se comparado com muitas formas de trabalho remunerado fora de casa, tarefas domésticas são fáceis, seguras, agradáveis e livres de estresse. Afinal de contas, serviço doméstico geralmente envolve trabalho seguro e sem qualificação que, quando realizado fora da própria casa, é apenas modestamente remunerado pelo mercado de trabalho. Ele não requer nem a habilidade ou perícia de ocupações profissionais, nem implica a exerção física ou perigo de ocupações de trabalho manual, como mineração de carvão, solda ou construção civil.

Além disso, ao contrário de alguém trabalhando fora de casa, uma dona-de-casa realiza serviço doméstico na segurança, conforto e proteção de sua própria casa e não existe empregado, supervisor ou gerente constantemente olhando pelo seu ombro, te falando que trabalho fazer, como fazer ou quando ele deve ser feito. 6

Porém, esses pontos já foram abordados por outros. De fato, desde 1915, o autor, poeta e ensaísta G. K. Chesterton escreveu em um ensaio largamente esquecido, com humor e perceptividade característicos:

Elas [as feministas] dizem eternamente … que a mulher ordinária é sempre um burro de carga. E o que, em nome dos Nove Deuses, é o homem ordinário? Estas pessoas parecem pensar que o homem comum é um Ministro de Gabinete … Duques, talvez, não sejam burros de carga; mas, daí, nem as duquesas o são. As Moças e Rapazes da Alta Sociedade são bastante livres para a alta cultura, que consiste principalmente de dirigir e jogar Bridge. Mas o homem ordinário que tipifica e constitui os milhões que constroem nossa civilização não é mais livre para a alta cultura que sua esposa. De fato, ele não é tão livre assim.

Dos dois sexos, a mulher é a que está numa posição mais poderosa. Pois a mulher média está na cabeça de algo que ela pode fazer como bem deseja; o homem médio deve obedecer ordens e nada mais. Ele tem que colocar um tijolo fosco sobre o outro, e nada mais; ele tem que adicionar uma figura fosca a outra, e nada mais. O mundo da mulher é menor, talvez, mas ela pode alterá-lo. A mulher pode falar ao lojista com quem ela trata algumas coisas realistas sobre ele mesmo. O vendedor que faz isso para o gerente geralmente toma um pé na bunda, ou devemos dizer (para evitar o vulgarismo) encontra-se livre para a alta cultura. Acima de tudo … a mulher faz um trabalho que é em algum pequeno grau criativo e individual. Ela pode colocar as flores ou a mobília em arranjos extravagantes de próprio estro. Eu temo que o pedreiro não possa colocar os tijolos em arranjos extravagantes próprios dele, sem desastres para si mesmo e para os outros. Se a mulher está apenas colocando uma emenda num carpete, ela pode escolher a coisa acerca da cor. Temo que o mesmo não seria para o rapaz despachando um pacote escolher suas estampas olhando a cor; preferir malva tenra de seis pence a escarlate cru de um penny. Uma mulher cozinhando pode nem sempre estar cozinhando artisticamente; mesmo assim ela pode cozinhar artisticamente. Ela pode introduzir uma alteração pessoal e imperceptível na composição de uma sopa. Um funcionário não é encorajado a introduzir uma alteração pessoal e imperceptível nas cifras de uma caderneta. 7

Ainda que os pontos feitos por Chesterton permaneçam válidos, o ponto que pretendo fazer é diferente e mais fundamental que aqueles levantados pelos de G. K. Chesterton, Warren Farrell e Glenn Sacks. Não apenas o serviço doméstico é fácil, eu contendo, mas, quando realizado em sua própria casa, há razão para questionar se ele deve ou não ser classificado como trabalho afinal.

A fim de descobrir a razão de por que serviço doméstico do tipo efetuado pelas esposas donas-de-casa e outras mulheres em seus próprios lares não é do tipo para o qual alguém esteja no direito de demandar uma remuneração, nós devemos olhar não para a natureza do assim chamado 'trabalho' realizado, mas em vez disso aonde ele é realizado, em respeito à propriedade de quem e para benefício de quem?

Como notado anteriormente, indivíduos que são empregados como empregados domésticos, criados, guardiões de crianças e babás e que realizam, em casas alheias, trabalho que de outra forma é idêntico ao realizado pelas esposas donas-de-casa em suas próprias casas estão perfeitamente no direito de demandar salário em retribuição ao que eles fazem - ainda que seja tipicamente um salário bem baixo, refletindo a natureza não-qualificada, segura e não muito exigente do trabalho envolvido. E é claro, a não ser que estes mesmos sejam parentes dos moradores da casa8, eles invariavelmente demandam e recebem um salário em retribuição por realizar o serviço doméstico.

Porém, o que é superficialmente a mesma atividade é por vezes tratado como trabalho em algumas circunstâncias mas como um hobby ou atividade para relaxar em outras. Mark Twain reconhecia isso na conclusão da celebrada sequência de The Adventures of Tom Sawyer quando ele observava o paradoxo:

Construir flores artificiais ou labutar em uma moenda é trabalho, enquanto jogar boliche ou escalar o Mont Blanc é apenas diversão e existem cavalheiros na Inglaterra que dirigem carruagens de quatro cavalos por 20 ou 30 milhas de estrada, no verão, porque o privilégio lhes custa considerável dinheiro; mas se lhes fossem oferecidas remunerações pelo serviço, isto tornar-se-ia um trabalho e então eles se demitiriam. 9

Eu argumento que o serviço doméstico feito em sua própria casa é claramente de uma natureza bem diferente do trabalho realizado por um empregado doméstico na casa de outrem. Uma pessoa realiza serviço doméstico em sua casa não na expectativa de receber remuneração por isso, mas na verdade por causa dos benefícios intrínsecos que tal trabalho confere a si mesma - a saber, a oportunidade de viver num ambiente mais limpo, arrumado e agradável.

Uma analogia é fornecida pelos atos de higiene pessoal. Enquanto serviços domésticos envolvem limpar sua própria casa, atos de higiene pessoal envolvem limpeza não da sua casa mas de seu próprio corpo.

Todos nós realizamos atos de higiene pessoal diariamente - tomar banho, escovar os dentes, pentear o cabelo, limpar as orelhas etc. (ou pelo menos é o que eu espero que façamos!) - mas ninguém tem tido audácia o suficiente para demandar um salário em troca de escovar os próprios dentes ou lavar o próprio cabelo (se bem que feministas têm chegado perto algumas vezes no que elas têm sido notórias por reclamar pelo tempo extra dispendido pelas mulheres em tais atividades como aplicar maquiagem). 10

Porém, atos de higiene pessoal, como o serviço doméstico, também são realizados em troca de salário às vezes - a saber, quando são feitos em respeito do corpo de outrem em vez do próprio. Cuidadoras e enfermeiras, portanto, estão no direito de demandar salário quando realizam tais atos de higiene pessoal em respeito aos corpos de outras pessoas que têm se tornado incapazes de realizar tais atos por si mesmos em razão de doença ou deficiência. 11

Da mesma forma que somente uma pessoa que realiza atos de higiene pessoal em respeito do corpo de outrem espera um salário como compensação, apenas aqueles que fazem trabalhos domésticos na casa alheia são legitimamente no direito a demandar pagamento por fazer tais coisas.

"Uma pessoa só é intitulada a demandar pagamento por trabalho que ela realiza a fim de melhorar a condição de algo se a coisa em questão (seja uma casa, um carro ou um corpo humano) é possuída e desfrutada por alguém distinto da pessoa realizando o trabalho" Em caso de esta distinção permanecer obscura, providenciarei uma segunda analogia - passatempos. Como regra geral, as pessoas não esperam ser pagas por trabalhar em seus passatempos. Elas engajam-se neles, não pelo dinheiro, mas ou porque eles próprios desfrutam da atividade, ou desfrutam do fim resultante da atividade 12.

Por exemplo, o homem que tem um carro clássico pode passar horas trabalhando nele e fazendo reparos. O trabalho que ele faz pode ser idêntico àquele realizado em troca de salário por um mecânico profissional.

Porém, o entusiasta de carro clássico não pensa em exigir salário em troca de sua labuta. Ele faz isso porque, mesmo que ele não goste do trabalho em si, ele gosta do fim-resultado - neste caso a condição melhorada do automóvel premiado.

Novamente, a característica-chave que distingue o entusiasta de carro clássico não-remunerado do mecânico pago é a sua posse e propriedade do objeto no qual ele está trabalhando. Em outras palavras, da mesma forma que a dona-de-casa vive na e detém um interesse na casa em que ela realiza seu serviço doméstico, o entusiasta de carro clássico semelhantemente dirige e detém a posse do carro o qual devota horas polindo e reparando. Ambos portanto beneficiam-se diretamente do trabalho realizado e portanto não são merecedores de salário.

Mesmo assim, enquanto mulheres frequentemente reclamam que seus maridos não fazem trabalhos domésticos o bastante, poucos homens com um hobby de trabalhar nos seus carros clássicos aos fins de semana têm a audácia de sugerir que suas sua esposa não faça a parte que lhas cabe. Como Jack Kammer demanda em uma de suas citações com a qual eu inicio este post: "Como você nunca ouviu um homem reclamando que sua esposa não está realizando seu justo quinhão no polimento do cromado do Camaro?"

Isto nos permite formular provisoriamente uma regra geral para determinar que tipo de trabalho é digno de salário, a saber: a pessoa só tem direito adquirido de exigir pagamento pelo trabalho que realiza a fim de melhorar a condição de alguma coisa onde a coisa em questão (seja uma casa, um carro, ou um corpo humano) é de posse e desfrute de alguém além da própria pessoa realizando o trabalho!

Em suma, uma mulher não é mais merecedora de salário em retorno por limpar sua própria casa do que ela seria por limpar a própria bunda depois de cagar! 13

3 Quem se beneficia do serviço doméstico?

É claro, existe uma óbvia tréplica ao argumento exposto acima. Serviço doméstico, pode-se argumentar, é feito não somente para benefício das próprias mulheres, mas também para benefício de seus maridos e seus filhos que também ocupam suas casas. De fato, feministas por vezes têm ido além e sugerido que maridos são os únicos beneficiários do serviço doméstico realizado pelas esposas, como quando elas descrevem as esposas como meras 'escravas' ou 'servas domésticas' de seus maridos.

Apesar de a suposição feminista que serviço doméstico são feitos somente para o benefício do marido é certamente implausível, a controvérsia mais moderada, a saber, que maridos, esposas e prole beneficiam-se todos eles do serviço doméstico realizado por qualquer um deles parece, à primeira vista, superficialmente convincente.

Afinal, um marido tipicamente vive na mesma morada que sua esposa, usa o mesmo banheiro e até mesmo divide a mesma cama. Se ela faz a sua cama, então, ela é obrigada, inadvertidamente ou não, a fazer a dele ao mesmo tempo … da mesma forma se ela pretende limpar seu banheiro. Portanto, mesmo a mais amarga e vingativa das esposas seguramente estaria pressionada a realizar o serviço doméstico de tal forma a beneficiarem apenas a si mesmas, mesmo assumindo que ela também tenha uma mentalidade. Por outro lado, uma esposa que, de acordo com a doutrina feminista, pretende fazer trabalhos domésticos somente em benefício de seu marido se sentiria pressionada a não beneficiar-se inadvertidamente.

Talvez, possa então parecer, uma suposição razoável é a que o serviço doméstico realizado por uma esposa (ou marido) beneficia marido e esposa de forma aproximadamente igual.

[Pelo bem da simplicidade, eu ignorarei pelo momento qualquer benefício ostensivo para a prole. Esta questão será abordada mais tarde na seção 'Por que cuidados infantis para com seus próprios filhos também não é trabalho' (veja abaixo). Vamos apenas assumir, por ora, que o casal em questão não tenha filhos.]

Interessantemente, mesmo esta suposição superficialmente convincente (a saber, que o serviço doméstico beneficia marido e esposa igualmente) torna as cifras citadas anteriormente por Warren Farrell e Glenn Sacks enganosas. Afinal, se mulheres realizam trabalhos domésticos metade para si mesmas e metade para seus maridos, então somente metade destes serviços deveria contar como 'trabalho' para os propósitos de calcular quantas horas cada sexo trabalha em média. Incluir a porção de serviço doméstico que elas realizam para si mesmas como 'trabalho' não faria mais sentido do que incluir o tempo que elas gastam semelhantemente escovando os dentes, soprando os narizes ou tomando banho!

Além disso, devemos lembrar que uma larga proporção de pessoas é solteira e, ainda que o serviço doméstico realizado pelo marido ou pela esposa pode beneficiar a família toda, certamente não há dúvida que ninguém se beneficia do serviço doméstico realizado por uma pessoa solteira vivendo sozinha além da própria pessoa. Ninguém pode alegar que um homem solteiro vivendo sozinho não esteja fazendo esforço acerca de seu serviço doméstico simplesmente porque ele não está dando sua contribuição acerca do serviço doméstico simplesmente porque ele não faz tanto serviço doméstico quanto a mulher solteira vivendo sozinha na casa ou apartamento vizinho!

Ainda assim as cifras citadas por Farrell nas passagens citadas acima aparentemente computam serviço doméstico feito por pessoas solteiras como horas gastas trabalhando da mesma forma que eles tratam serviço doméstico feito por pessoas casadas ou em coabitação!

Ainda assim mulheres solteiras de fato executam mais serviço doméstico que homens solteiros. Isto provavelmente não é surpresa. De fato, as condições bagunçadas e anti-higiênicas que muitos homens solteiros, especialmente estudantes, escolhem viver é largamente notada e é um tópico comum de humor popular misândrico.

De acordo com dados citados pelo professor de Direito, Kingsley Browne, em seu excelente Biology at Work: Rethinking Sex Equality [o qual eu comentei aqui], mulheres solteiras fazem aproximadamente um terço a mais de serviço doméstico que homens solteiros 14. Semelhantemente, Catherine Hakim, citando um estudo diferente, reporta que "mulheres solteiras dispendem 50% a mais de tempo em serviço doméstico, uma média de três horas por dia em vez de apenas duas"15. Por outro lado, por volta dos anos 1960, notava-se que mulheres solteiras realizavam três vezes o tanto de horas de serviço doméstico que homens solteiros16.

Não obstante, o maior nível de serviço doméstico realizado por mulheres solteiras quando comparado a homens solteiros também é pertinente por outra razão mais importante,- a saber, isto sugere que mulheres, quer sejam casadas ou solteiras, realizam serviço doméstico primariamente para o benefício não de seus maridos mas de si mesmas.

Afinal, se mulheres solteiras vivendo sozinhas fazem mais serviço doméstico que homens solteiros vivendo nas mesmas circunstâncias, elas dificilmente podem estar fazendo isso em benefício de seus maridos ou homens coabitantes pela simples razão que elas não têm marido ou homem coabitante que poderia concebivelmente beneficiar-se. Dado que elas vivem para si mesmas, as únicas pessoas que poderiam possivelmente beneficiar-se são elas mesmas.

Isto sugere que a razão para que mulheres casadas realizem mais trabalho doméstico que homens casados não é porque elas são exploradas ou coagidas a realizar serviço doméstico por maridos malignos, exploradores e sanguessugas. Pelo contrário, isto simplesmente sugere que mulheres, sejam solteiras ou casadas, simplesmente valorizam o serviço doméstico como mais importante do que os homens valorizam ou então elas desgostam menos de fazê-lo.

Talvez, como Angry Harry propôs nas citações com as quais eu abri esta discussão:

A razão para que homens façam menos serviço doméstico é que, simplesmente, eles ficam menos incomodados com quaisquer níveis de bagunça.

De fato, mulheres podem até mesmo desfrutar de algumas formas de serviço doméstico. Por exemplo, Browne reporta: "sobre o forte interesse inventário, algumas das maiores diferenças de sexo são encontradas em tarefas como cozinhar, costurar, e 'economia doméstica'17. De qualquer forma, não existe questionamento sobre exploração ou coerção.

Portanto, citando dados mostrando que mulheres solteiras gastam cinquenta porcento a mais de tempo fazendo serviço doméstico do que homens solteiros, Catherine Hakim conclui que isto acarreta que "um terço ou mais do tempo gasto em serviço doméstico por mulheres consiste em extras opcionais, em efeito, consumo"18. Assim, longe de representar trabalho, é uma forma de busca de lazer, análoga a um passatempo.

Como observa Kingsley Browne:

Muito da literatura comparando contribuições de homens e mulheres ao serviço doméstico inicia das suposições não-estabelecidas que homens e mulheres valorizam igualmente os frutos do serviço doméstico e que homens e mulheres consideram tal trabalho igualmente desagradável … Mesmo assim se homens e mulheres se preocupassem igualmente com o serviço doméstico sendo feito, esperaríamos que homens e mulheres realizassem montantes iguais de serviço doméstico antes do casamento e quando o casamento terminasse mediante divórcio ou morte do cônjuge, a igualdade fosse restaurada 19

Mulheres solteiras fazem um terço a mais de serviço doméstico que homens solteiros. Mesmo assim ninguém alega que um homem solteiro vivendo sozinho não está se esforçando o bastante em relação à mulher solteira vivendo na casa ao lado. Ademais, se mulheres solteiras vivendo sozinhas fazem mais serviço doméstico que homens solteiros vivendo sozinhos vivendo sob as mesmas circunstâncias, isto sugere que a razão pela qual mulheres casadas realizem mais serviço doméstico que homens casados não é porque elas são exploradas ou coagidas a realizar serviço doméstico por maridos malignos, exploradores e sanguessugas. Pelo contrário, isto simplesmente sugere que mulheres, sejam solteiras ou casadas, simplesmente valorizam o serviço doméstico como mais importante do que os homens valorizam ou então elas desgostam menos de fazê-lo.

De fato, se, como as feministas frequentemente sugerem, mulheres casadas realizam mais serviço doméstico somente ou ao menos primariamente para benefício dos seus maridos, então mulheres solteiras, sem marido para beneficiarem, presumivelmente não fariam serviço doméstico nenhum. De qualquer forma, elas fariam muito menos serviço que homens solteiros, dado que os últimos presumivelmente estaria obrigado a fazer eles mesmos todo o serviço doméstico que eles de outra forma exigiriam que fosse feito pelas suas esposas. Porém, como temos visto, o preciso oposto é o caso.

Portanto, da perspectiva do marido, sua esposa já estaria fazendo mas trabalho do que o que ele entende como estritamente necessário, portanto qualquer trabalho extra com o qual ele possa contribuir será completamente supérfluo. Como Hakim reconhece, "uma explicação para a relutância dos maridos em ajudar com o serviço doméstico é a suspeita de que pode não haver necessidade disso" 20.

De fato, homens parecem receber pouco benefício apreciável estando casados. Pelo contrário, os dados mostram que homens casados acabam realizando, em média, quase tanto trabalho quanto faziam quando solteiros. Como Browne coloca, "as horas de serviço doméstico dos homens são relativamente constantes ao longo de várias situações maritais e arranjos de vida" 21. Para sermos mais precisos, homens casados em média fazem apenas uma hora a menos de serviços domésticos que faziam quando solteiros 22.

Portanto, é aparente que homens ganham pouco benefício tangível casando-se - em média apenas uma hora a menos de trabalho gasto fazendo serviço doméstico. Mesmo assim precisamente porque eles agora têm uma família para sustentar, homens casados trabalham geralmente mais horas fora de casa para prover para sua esposa e filhos, então é duvidoso que este mirrado benefício (uma hora a menos de trabalho por semana) realmente se converta em um singelo minuto a mais de tempo livre para si mesmos. Pelo contrário, eles provavelmente têm bem menos tempo livre no total.

De qualquer maneira, este mirrado benefício (uma hora a menos gasta em tarefas domésticas) é insuficiente para compensar o suporte financeiro que os homens casados são esperados - e legalmente obrigados - a prover para suas esposas. Além disso, homens são legalmente obrigados a continuar provendo tal suporte, na forma de alimônia e manutenção, mesmo após o relacionamento ter se dissolvido e o casal ter se separado - mas, é claro, ex-esposas não são semelhantemente legalmente obrigadas a ficar no lugar do marido e a prover em favor dele!

Como Browne conclui:

O marido [que se recusa a fazer mais serviço doméstico] não está afirmando 'Agora que tenho uma esposa eu não preciso fazer serviço doméstico', mas algo mais como 'Agora que tenho uma esposa, não deveria fazer mais serviço doméstico do que fazia quando era solteiro' 23

Certamente a contenção feminista que homens casados recebem um vasto benefício de ter uma esposa para fazer tarefas domésticas em seu lugar, o que facilita seu maior nível de sucesso no mundo do trabalho, é exposto como absurdo.

Em resumo, é aparente que homens e mulheres simplesmente têm prioridades distintas e, para homens, serviços domésticos estão mais abaixo na lista. Como a economista Jennifer Roback candidamente admite:

Quando eu quero que meu marido faça 'sua metade' das tarefas domésticas, o que eu realmente quero é que ele faça metade de tudo da minha lista de coisas importantes. Mas ele tem sua própria lista.Ele valoriza algumas coisas que eu não valorizo. Ele não valoriza todas as coisas que eu valorizo. 24

Semelhantemente, o Ativista pelos Direitos dos Homens Jack Kammer, em If Men Have All the Power How Come Women Make All the Rules, observa:

Mulheres fazem um grande ponto que elas fazem mais limpeza doméstica que nós. Mas são elas quem definem o que é suficientemente limpo. Por que você nunca ouve falar de um homem reclamando que sua esposa não faz sua devida parte no polimento do cromado do Camaro? 25

Apesar de termos sido manipulados a crer que fazer tarefas domésticas é de alguma forma uma atividade mais desprendida e valiosa que 'polir o cromado do carro esportivo' e outros hobbies e tarefas caracteristicamente masculinas, não existe nenhuma razão não-sexista real por que devemos aceitar esta conclusão.

De fato, a observação que mulheres fazem serviço doméstico primariamente para seu próprio benefício em vez de para o benefício de seus maridos deveria ser de pouca surpresa. De fato, basta olhar para a típica decoração de uma casa marital para notar que este é o caso.

Anedoticamente, a decoração de uma casa conjugal média é projetada mais para o apelo do gosto típico da mulher que do gosto típico do homem. Como Esther Vilar observa em The Manipulated Man (o qual eu comentei aqui), "A maior parte dos homens … de fato prefere o pleno e funcional" 26 e não sentem necessidade de "cortinas rendadas ou árvores-de-borracha na sala-de-estar"

4 Por Que Cuidados Infantis Para Seus Próprios Filhos Também Não São Trabalho

Mulheres decidem ter filhos. Elas fazem esta escolha voluntariamente - presumivelmente porque antecipam desfrutar passar o tempo com seus filhos. Decidir ter filhos é portanto melhor classificado como uma atividade de lazer em vez de uma forma de trabalho análoga a um emprego remunerado. É análogo à decisão que alguém faz ao comprar um bichinho de estimação, ou investir na renovação de um carro clássico.

Se serviço doméstico na própria casa não é realmente trabalho, então o que dizer dos cuidados infantis para os próprios filhos? Certamente, não pode ser negado que isto é apropriadamente classificado como 'trabalho' e portanto digno de remuneração?

Afinal, eu argumentei que mulheres fazem serviço doméstico não para benefício de seus maridos, mas primariamente para elas mesmas, porque elas valorizam viver num ambiente mais limpo e bonito mais do que homens. Certamente não posso fazer o meso caso acerca dos cuidados infantis. Afinal, quase por definição, cuidado infantil é feito não em favor de si mesmo mas da criança. É portanto certamente um ato altruísta demandando remuneração e encorajamento. Além disso, se mulheres fazem mais cuidado infantil que homens, certamente isto é injusto.

Existem dois pontos principais a serem feitos em resposta a este argumento. Primeiramente, não está completamente claro que mulheres proveem mais cuidado infantil que homens - apenas que o cuidado que elas proveem é de um tipo diferente. Em contraste, pais são mais geralmente responsáveis por prover financeiramente seus filhos - incluindo prover financeiramente para a mãe dos filhos precisamente a fim de permitir a ela fornecer cuidado mais direto (p.ex. deixando de trabalhar ou diminuindo suas horas).

Se mulheres não desfrutam do tempo que gastam com seus filhos, então elas presumivelmente escolheriam não ter filhos para começo de conversa. A larga disponibilidade de contracepção, aborto e outras formas de controle de natalidade nas sociedades ocidentais torna esta escolha efetivamente disponível a todas as mulheres. De fato, até mesmo depois de terem dado à luz, elas ainda retêm o direito de deixar o filho para adoção.

Como observou Warren Farrell, a tragédia masculina é que sua maneira de cuidar dos filhos (i.e. trabalhando horas o bastante para prover-lhes financeiramente) na realidade os mantêm longe de seus filhos e lhes nega a oportunidade de receber amor dos seus filhos em retorno.

Além disso, a forma de provisão dos homens para com seus filhos é provisória, ao passo que a da mulher é estritamente uma questão de escolha. Mulheres têm a liberdade de renunciar qualquer obrigação de cuidar de seus filhos ou decidindo não tê-los em primeiro lugar ou deixando-os para adoção. Em contraste, homens são legalmente forçados a prover financeiramente seus filhos, e geralmente os filhos da mãe, mediante uma contínua obrigação de pagar manutenção e alimônia por tanto tempo quanto a mulher manter a custódia.

Esta obrigação é contínua, e continua, não apenas no evento de separação e divórcio, mas mesmo se nunca houve qualquer forma de relação de longo prazo inicialmente - e mesmo se o pai não tem desejo algum de ter filhos em primeiro lugar. Afinal, é, como nos é dito, 'uma escolha da mulher' ter um aborto. Não obstante homens, apesar de terem qualquer expressão sobre a decisão de abortar um feto negada, são independentemente disso legalmente obrigados a pagar pensão alimentícia pelos próximos dezoito anos ou mais.

Esta observação leva à terceira e mais importante razão pela qual mulheres não podem legitimamente reclamar do tempo e esforço que dispendem cuidando de seus filhos - a saber, mulheres decidem ter filhos! Elas fazem esta escolha voluntariamente - presumivelmente porque antecipam o desfrute do tempo gasto com seus filhos.

Decidir ter filhos é portanto melhor classificado como uma atividade de lazer em vez de uma forma de trabalho análoga a um emprego remunerado. É análogo à decisão que alguém faz ao comprar um bichinho de estimação, ou investir na renovação de um carro clássico. Certamente, pode-se dizer que cuidar de um animal ou renovar um carro clássico nas horas vagas envolve 'trabalho' em pelo menos algum dos sentidos da palavra. Porém, tais atividades também são, sem ambiguidade, passatempos e não são o mesmo tipo de coisa pela qual alguém é intitulado a demandar salário.

Como Kingsley Browne coloca em seu Biology at Work: Rethinking Sex Equality (o qual eu comentei aqui):

A oportunidade de realizar este 'trabalho não remunerado' [i.e. cuidado infantil] é o que faz tantas mulheres se afastarem, no todo ou em parte, da força de trabalho no nascimento do filho, e estas atividades são largamente percebidas como parte das alegrias da maternidade. 27

Se mulheres não desfrutassem do tempo que gastam com seus filhos, então elas presumivelmente escolheriam não ter filhos para começo de conversa. A larga disponibilidade de contracepção, aborto e outras formas de controle de natalidade nas sociedades ocidentais torna esta escolha efetivamente disponível a todas as mulheres. De fato, até mesmo depois de terem dado à luz, elas ainda retêm o direito de deixar o filho para adoção.

De fato, mesmo após ter dado à luz, se elas então descobrem que cuidar de uma criança não é aquilo que elas esperavam ser, elas ainda retêm a opção de dar a criança para adoção. Se elas a entregam para adoção enquanto a criança ainda está na tenra infância, há uma grande lista de espera de pais abastados de classe média, cuidadosamente examinados por agências de adoção para aptidão como pais, apenas muito bem-dispostos a prover um amável e afetuoso ambiente para infantes indesejados.

Está claro, portanto, que, longe de representar uma árdua labuta forçosamente impingida sobre elas, mulheres escolhem ter filhos e então cuidam deles porque fazer isso é algo que elas positivamente desfrutam. Pensando um pouco, isso não é de todo surpreendente. Afinal de contas, ao ter filhos e devotar tempo e esforço cuidando deles, elas estão realizando o que é, em termos darwinianos, o primário, se não for o único, propósito de sua vida e existência.

Ainda que mulheres gostem de retratar o cuidado que fornecem para sua prole como um ato supremamente desprendido, de um perspectiva darwiniana, cuidar dos próprios filhos certamente não é 'altruísta' no sentido estritamente biológico afinal 28. Pelo contrário, reflete o interesse de, se não uma pessoa egoísta, então pelo menos os seus "genes egoístas", preocupados em garantir a passagem do material genético que eles encodam para a próxima geração.

Como Steve Moxon observa em The Woman Racket:

Ter filhos é o desejo natural mas perfeitamente egoísta da maioria das mulheres. De maneiras importantes este isto corresponde ao desejo nos homens – igualmente natural mas perfeitamente egoísta – de ter sexo com um fluxo infinito de parceiras distintas. Sociedades tentam interromper este último, mas [mediante o sistema de bem-estar social] agora não só permitem o anterior, mas o encorajam mediante pagamento extraído de outros: principalmente homens [i.e. impostos e manutenção infantil] … Isso faz menos sentido que pagar homens os homens para visitar prostitutas para promover suas inclinações naturais correspondentes. Ninguém em seu juízo perfeito sugeriria tal coisa, é claro; mas as implicações sociais seriam incomparavelmente mais benignas que subsidiar que mulheres tenham filhos. 29

Interessantemente, cuidado maternal para a prole é universal ao longo da ordem mamífera. De fato, a própria palavra "mamífero" é derivada do nome das glândulas mamárias, que representam o veículo-chave deste cuidado na maioria dos mamíferos. Em contraste, cuidado paternal é a rara exceção em vez da regra mesmo em mamíferos. Além disso, mesmo nestes poucos casos em que isto ocorre, invariavelmente é de uma menor magnitude que o cuidado provido pelas mães. Uma razão é provavelmente a inevitável incerteza concernente à verdadeira paternidade de qualquer prole putativa. Um pai pode jamais ter certeza de que ele está de fato assegurando a passagem de seus "genes egoístas" para a próxima geração, ou os de outro homem em vez disso.

Decidir ter filhos também não é um ato altruísta - seja no sentido biológico ou no ordinário. Pelo contrário, nesta era ambientalmente responsável, certamente é um ato de supremo egoísmo.

Em vez de hipocritamente reciclar sacolas de plástico e outras medidas largamente ineficazes e totalmente ineficientes de 'fazer sua parte para ajudar o meio ambiente', mulheres poderiam fazer melhor ao simplesmente ter mais abortos, usar mais contraceptivos e portanto ter menos filhos. Melhor ainda, elas poderiam fazer algo genuinamente altruísta no verdadeiro sentido biológico ao esterilizarem-se a si mesmas.

Estritamente falando, ao dar à luz, a mãe pode não aumentar muita coisa em sua própria pegada-de-carbono, mas, ao trazer uma nova pessoa ao mundo com uma expectativa de vida de mais de setenta anos, ela em vez disso adiciona uma pessoa completamente nova com uma pegada-de-carbono e uma capacidade de causar dano ambiental, por conta própria.

De fato, bem além dos danos ambientais trazidos pela reprodução, os custos sociais são enormes. Como o ecologista e ambientalista pioneiro Garrett Hardin observou:

Um aborto médico, particularmente em seus estágios iniciais, custa apenas uma fração de um parto medicamente aparelhado - sem mencionar os custos com educação e outros serviços sociais para a criança por dezoito anos. Portanto, quando uma mulher escolhe ter um filho, ela está comprometendo a comunidade com algo em volta de US$ 100.000 em gastos para manter e criar a criança. É inteligente estender os direitos individuais tão longe? [33]

De qualquer ângulo, a resposta apropriada para qualquer mulher que reclama do trabalho duro envolvido em criar as crianças ou que protesta que ser mãe é um 'trabalho de tempo integral' é perguntar por que, neste caso, por que ela decidiu ter filhos para começo de conversa. Por que ela não abortou? E, se criar um filho é um trabalho tão duro e ingrato, por que, neste caso, ela não o entregou para adoção? Dada a variedade de opções disponíveis a elas, mulheres não têm direito algum de reclamar dos supostos ônus da maternidade.

5 E Quanto Ao Cuidado Infantil Feito Pelos Homens?

Interessantemente, enquanto mulheres decidem voluntariamente ter filhos, e portanto voluntariamente assumir qualquer cuidado infantil que esta decisão acarrete, mesmo não pode ser dito de homens. Enquanto mulheres têm a oportunidade de escolher não ter filhos, homens têm esta escolha sistematicamente negada.

Primeiro, como eu já observei, aos homens é negada qualquer opinião na decisão de abortar um feto - não obstante eles ainda são legalmente obrigados a suportar financeiramente a criação da prole resultante pelos próximos dezoito anos 30.

Um homem cuja ex-namorada tenha mentido para ele tanto sobre ser infértil e sobre estar tomando pílula mas subsequentemente tenha engravidado e intencione levar a gravidez adiante e processar o pai a fim de obter mantimentos para a criança chegou até mesmo a asseverar seus direitos reprodutivos nas cortes americanas. Apesar de o caso (Dubay v. Wells) envolver a afirmação de direitos análogos àqueles garantidos às mulheres mediante a decisão Roe v. Wade, e envolver 'direitos reprodutivos' fundamentais do tipo ostensivamente garantido e declarado 'universal' e 'inalienável' (e outras palavras vazias), não apenas pela constituição da América mas também por virtualmente todas as declarações modernas de direitos humanos (e outros fragmentos de papel inúteis da mesma estirpe), o caso foi previsivelmente fracassado.

Reciprocamente, naqueles casos em que as respectivas posições dos hipotéticos pai e mãe são o oposto daquelas em Dubay v. Wells, a saber quando o (presumido) pai procura impedir sua esposa, namorada ou parceira sexual de abortar sua prole conjunta, as cortes também têm invariavelmente tomado o lado da mãe, tanto nos EUA 31 quanto em outras jurisdições como o Reino Unido 32. De fato, mesmo leis meramente exigindo a notificação do marido ou do presumido pai que sua parceira pretendo abortar seu filho não-nascido têm sido derrubadas como inconstitucionais 33.

Não apenas homens têm sua opinião silenciada acerca de abortar o feto, suas outras opções também são restringidas. Por exemplo, ainda não existe nenhuma pílula anticoncepcional masculina.

Semelhantemente, a decisão de colocar uma criança para adoção é, na prática, conservada à mãe. Apesar de que teoricamente o pai deve ser notificado da decisão de pôr a criança para adoção pela mãe, na prática a mãe pode sonegar esta informação no que concerne a identidade do pai da criança e pode até mesmo jamais informar o pai acerca da concepção e nascimento. Em contraste, um pai é virtualmente incapaz de pôr o filho para adoção sem o conhecimento da mãe.

Portanto, apesar de os assim-proclamados 'direitos reprodutivos' sejam usualmente tratados como "direitos humanos" e consequentemente como fundamentais, universais, inalienáveis por natureza (seja lá o que essas palavras vazias signifiquem), e são de fato inclusas como tais de uma forma ou de outra na maioria dos tratados e declarações internacionais de direitos humanos (e outros pedaços inúteis de papel), eles parecem ser, na prática, de preservação exclusiva apenas para a metade feminina da população humana.

[Isto também é verdadeiro a respeito de vários outros direitos humanos, tais como o direito à vida, o direito de não ser discriminado em razão do sexo e o direito de não ser livre do trabalho forçado e escravização.34]

Outras formas de contracepção (como camisinhas) envolvem alguma forma de cooperação mútua. Porém, mesmo aqui, o poder de barganha das mulheres é claramente superior, dados tanto a forma maior do desejo sexual masculino 35 e o fato que uma mulher pode sempre insistir que já está tomando pílula e que contracepção extra é desnecessária, em que qualquer protesto adicional por parte do homem toma a implicação que a mulher ou está mentindo ou está doente (dificilmente o tipo de sugestão que alguém poderia polidamente fazer para uma pessoa com quem se está tentando iniciar relações de natureza altamente íntima, especialmente dada sua concomitante implicação de promiscuidade, a qual é especialmente estigmatizada entre mulheres).

Entre casais casados e coabitantes, poder-se-ia esperar que a decisão de ter ou não filhos fosse conjunta. Porém, casados ou não, a mulher permanece, diante da lei, sendo a arbitradora definitiva 36. Portanto, mesmo quando existe uma ostensiva concórdia, a aquiescência do marido pode ser geralmente concedida somente sob coação.

isto leva a uma conclusão surpreendente: Onde mães não têm bases legítimas para reclamar sobre ou exigir remuneração pelo esforço despendido no cuidado das próprias crianças porque a decisão de tê-las é geralmente uma feita voluntariamente, o mesmo não pode ser dito dos pais. Os pais, não tendo direitos reprodutivos básicos, são geralmente forçados à paternidade contra suas vontades e mediante nenhuma falha ou decisão deles mesmos.

Ainda assim, como vimos, homens geralmente fornecem tanto cuidado quanto, se não mais, por seus filhos que as mulheres. A única diferença é a forma que este cuidado toma.

Para homens, portanto, possivelmente o cuidado parental, seja na forma de cuidado direto ou provisão financeira, é um trabalho e é merecedor de remuneração - pelo menos quando são forçados à paternidade contra sua vontade. Certamente, a obrigação legal que eles financeiramente fornecem para sua prole apesar de ser negada a eles a escolha de ter ou não filhos é primeiramente injusta e injustificável.

6 O Trabalho Doméstico na Própria Casa é Não-Remunerado ou É Hiper-Remunerado?

De acordo com feministas, trabalho doméstico feito pelas mulheres em suas próprias casas merece salário, mas este salário é injustamente negado às mulheres. Já vimos que a primeira parte desta alegação - a saber, realizar trabalho doméstico em sua própria casa é digno de salário - está errada. Mas, e quanto a segunda parte - a saber, a alegação que trabalho doméstico é atualmente não-remunerado? Esta alegação também está errada?

Se as feministas tiverem razão neste segundo ponto (a saber, que o trabalho doméstico não é remunerado), então não há nada para os homens reclamar. Tudo que é necessário é opor quaisquer tentativas feministas de retificar esta injustiça percebida impondo salários para donas de casa, providenciado talvez por dinheiro de impostos como algumas feministas têm exigido.

Infelizmente, não é este o caso. Na realidade, trabalho doméstico e cuidado infantil feito por esposas e mães já é remunerado. De fato, longe de ser não-remunerado, como reclamam as feministas, ele é decididamente hiper-remunerado 37

Como, então, o trabalho doméstico e cuidado infantil das esposas e mães é pago? Certamente, esposas e mães não recebem um salário no sentido ordinário. Elas, porém, recebem dinheiro que pode ser conceitualizado como pagamento por qualquer trabalho doméstico ou cuidado infantil que elas tomam para si a fim de efetuá-los. Este dinheiro vem quase exclusivamente de homens - primariamente maridos, ex-maridos e outros homens - mas, em último caso, o pagador de impostos (também desproporcionalmente homem) pode também contribuir.

Certamente, mulheres solteiras não recebem em geral qualquer pagamento pelo trabalho doméstico que realizam em suas próprias casas 38 - e isto é certamente correto, porque, vivendo sozinhas, as únicas pessoas que poderiam possivelmente beneficiar-se do trabalho doméstico que elas realizam são elas mesmas. Porém, o mesmo não é verdadeiro de mulheres casadas ou em coabitação, que são tipicamente pagas prodigiosamente por qualquer trabalho doméstico no qual se comprometam.

A maioria das mulheres casadas ou em coabitação recebe uma porção do salário de seus maridos além do delas mesmas. Isto pode ser conceitualizado como um pagamento em retorno de qualquer trabalho doméstico que realizem. Como observou Warren Farrel:

A renda de um homem casado não é para si, é para a família. Se ele ganha três quartos da rendam ele paga três quartos das contas. Algumas vezes mais. 'Sua' renda torna-se para a casa e jardim, carros e seguros, e majoritariamente as contas de médicos e terapeutas da família. O rendimento familiar combinado é por volta de sete vezes mais propenso a ser gasto em itens pessoais dela do que dele … 39

Isto reflete talvez a falácia fundamental do feminismo - a saber, a suposição de que, porque homens ganham mais dinheiro que mulheres, isto necessariamente implica que eles têm mais dinheiro que mulheres e sejam mais ricos também.

A falácia é óbvia e elementar. Ela trata como iguais em riqueza um homem sem-teto desempregado vivendo na rua com a esposa indolente de um magnata milionário. Nenhum deles ganha dinheiro algum para si mesmo - portanto, assim dita essa lógica, ambos devem estar igualmente bem abastados.

Desse modo, é verdade que, como as feministas regularmente reclamam, homens ganhem em média mais dinheiro que mulheres. Isto não é surpreendente, dado que homens em média trabalham mais horas, sob ambientes de trabalho mais perigosos e desagradáveis e por uma maior proporção das suas vidas adultas, entre outros incontáveis sacrifícios que homens enfrentam em retorno de um pagamento maior. 40

[ Veja o livro de Warren Farrell Why Men Earn More (o qual eu comentei aqui) e o de Kingsley Browne Biology at Work: Rethinking Sex Equality (que eu comentei aqui).]

Porém, isto não significa que homens estejam financeiramente melhores ou mais abastados - porque uma grande proporção de dinheiro ganho por homens é na realidade gasto por ou para suas namoradas, esposas e ex-esposas.

Por isso, pesquisadores de mercado têm reconhecido há muito tempo que mulheres dominam a maior parte das áreas do consumo. Bernice Kanner, em seu livro Pocketbook Power: How to Reach the Hearts and Minds of Today’s Most Coveted Consumer – Women, cita dados de que na América contemporânea mulheres perfazem aproximadamente 88% das compras de varejo 41. Semelhantemente, Marti Barletta reporta em outro livro do mesmo subgênero, /Marketing to Women: How to understand reach and increase your share of the world’s largest market segment/, que mulheres são responsáveis por mais ou menos 80% dos gastos domésticos 42.

De fato, pode ser dito que todo o processo de cortejo humano é predicado na redistribuição de riqueza do homem para a mulher - da obrigação social de o homem pagar pelo jantar e bebida no primeiro encontro à obrigação legal de que ele permaneça a sustentar financeiramente sua ex-esposa e prole por qualquer coisa de décadas após ele ter tardiamente se livrado dela.

[ Uma revisão da evidência confirmando o semelhantemente desproporcional controle da maior parte das áreas de consumo no Reino Unido por volta dos anos 1990 é fornecida por David Thomas em sua excelente polêmica anti-feminista de 1993, Not Guilty: The Case in Defence of Men.]

Portanto, certamente o trabalho doméstico é remunerado. Porém, tendo dito tudo isso, deve-se conceder que existem problemas em visualizar o dinheiro redistribuído dos maridos e parceiros às suas esposas, namoradas e companheiras como pagamento pelo trabalho doméstico realizado por elas (sem levar em conta o fato de que o trabalho doméstico em sua própria casa, como já vimos, não é digno de exigir salário para começo de conversa).

Primeiramente, o dinheiro que ele a paga raramente é condicionado ao fato de que ela realizou algum trabalho doméstico, quanto mais acerca da qualidade do trabalho que ela executa. Enquanto a expectativa de que uma esposa realize trabalho doméstico seja no máximo social (e nestes dias pós-feminismo nem mesmo isso), homens são legalmente obrigados a prover e apoiar financeiramente suas esposas. Além disso, são legalmente obrigados a fazê-lo mesmo que suas esposas não realizem trabalho doméstico, e mesmo que seus filhos lhe sejam tomados pela assistência social por negligência ou maus-tratos. Ainda assim não existe obrigação legal de que uma esposa realize trabalho doméstico algum que seja.

De fato, uma das maiores perversidades e desigualdades da lei de divórcio em países como o Reino Unido é que são precisamente aquelas mulheres que tipicamente praticam o mínimo de trabalho doméstico que são mais regiamente recompensadas pelos seus problemas - a saber, aquelas esposas cujos maridos são tão ricos a ponto de que podem se dar ao luxo de ter donas de casa, babás e outras servas domésticas de modo que suas esposas têm pouco ou nada para fazer.

Em segundo lugar, graças aos requerimentos da alimônia e manutenção, ex-maridos são comumente legalmente obrigados a continuamente sustentar suas esposas mesmo muito tempo após terem se separado um do outro. Porém, após a separação, qualquer trabalho doméstico que ela realize em sua casa certamente não será para o benefício dele, vivendo como estivesse em um lugar inteiramente diferente.

Em suma, após o divórcio, apesar de ele estar legalmente obrigado a sustentá-la financeiramente, é improvável que ela apareça aonde ele estiver morando para ajudá-lo a arrumar o canto.

De fato, a necessidade de compensar donas-de-casa pelo trabalho que realizam é uma das justificações citadas nas cortes a fim de justificar a redistribuição de renda de homens para mulheres que tipicamente segue o divórcio. Porém, eu não estou muito informado de um único caso em que as cortes tenham feito mesmo a mais superficial pesquisa sobre a qualidade do trabalho doméstico que uma esposa tem feito – nem mesmo se ela realmente fez algum trabalho doméstico que seja para começo de conversa.

Mesmo assim as cortes têm decretado que durante os procedimentos de divórcio a esposa indolente deve ser compensada pelos ganhos e possíveis promoções perdidos durante o período de sua inatividade econômica 43. E mesmo assim certamente não se deve ser compensado pelo luxo de uma vida de lazer.

A suposição por detrás dessa política é que ficar em casa, vivendo do dinheiro do esposo, passando tempo com os filhos e fazendo compras é de alguma forma menos recompensador que continuamente ir ao escritório dia após dia. Se trabalhar fosse realmente tão recompensador assim então ninguém teria que pagar as pessoas para trabalhar em primeiro lugar!

O resultado é uma reversão dos costumeiros incentivos sociais que recompensam o trabalho duro e penalizam a indolência e a exploração 44. Em verdade, certamente é o esposo que continuamente vai trabalhar a fim de sustentar sua família que está fazendo o real sacrifício. Em contraste, a esposa indolente, longe de fazer sacrifícios, está vivendo uma existência totalmente explorativa e parasítica análoga àquela de um cafetão.

7 Cuidar dos Próprios Filhos É 'Não-Remunerado' Ou 'Hiper-Remunerado'?

Enquanto esposas e ex-esposas tipicamente recebem recompensa pelo trabalho doméstico que efetuam para seus maridos, ex-maridos e parceiros, mães também recebem pagamentos pelos cuidados infantis que realizam mesmo quando são solteiras e jamais casaram com o pai de seus filhos. Estes pagamentos advêm em dois formatos:

  1. Pagamentos de pensão alimentícia para os filhos
  2. Pagamentos de Bem-Estar Social 45

A obrigação do pai biológico em pagar pensão para sua prole é imposta independente do fato de que, como já vimos, ao pai biológico é negada qualquer opinião sobre se ele deseja ou não ser pai em primeiro lugar.

Semelhantemente a obrigação do pagador de impostos em sustentar mães solteiras e suas proles é imposta independente do fato que pagadores de impostos e o estado semelhantemente não têm opinião alguma sobre a decisão de abortar a criança ou levá-la a termo.

Em ambos os casos, na prática, são os homens em sua imensa maioria que acabam arcando com as despesas e as mulheres que acabam desfrutando os benefícios.

No caso da pensão alimentícia, os homens em questão são geralmente os pais, que são obrigados a pagá-la não obstante lhes serem negadas tanto a decisão de ter filhos em primeiro lugar quanto, em muitos casos, o acesso e custódia de seus filhos em razão da discriminação nas cortes de família 46. (Em alguns casos porém, pais não-biológicos – vítimas da assim chamada 'fraude de paternidade' – são também obrigados a pagar pensão pela criação dos filhos que, em verdade, não estão biologicamente relacionados com eles, e portanto, em muitas jurisdições, lhes são negados quaisquer remédios legais não obstante serem vítimas de um assalto em larga escala.)

No caso de pagamentos de bem-estar social para mulheres solteiras, ainda são os homens em sua maioria que acabam arcando com as contas. A razão para isso é que são homens que pagam a maior parte dos impostos. A razão para que eles paguem a maior fatia dos impostos é porque eles ganham a maior parte do dinheiro, e a razão para que eles ganhem a maior parte do dinheiro é porque eles trabalham mais horas, numa proporção maior de suas vidas e em ocupações mais perigosas e árduas que mulheres. 47

Este último arranjo (pagamentos de bem-estar para mães solteiras) é um exemplo do que Warren Farrell descreve como "Governo como Marido Substituto". 48 Em vez de serem financeiramente sustentadas por um marido, mães solteiras procuram o estado para fazer o papel de marido em vez disso.

Como observa o historiador Martin Van Creveld:

Em face disso, um marido, uma instituição de caridade e um estado de bem-estar social moderno são inteiramente diferentes. De fato, apesar de os detalhes diferirem, o princípio é o mesmo. Todos são projetados parcialmente - e alguns diriam primariamente - para transferir recursos dos homens … para as mulheres. 49

Em resumo, se um homem apropriado para impingir a obrigação de sustentar financeiramente uma mulher indolente e sua prole não pode ser encontrado, ou se o homem em questão está tão acometido pela pobreza que não é capaz de executar adequadamente este papel por si só, o governo inevitavelmente se adianta para resgatá-la como um cavaleiro de armadura reluzente (ou, em outras palavras, como um otário).

Como no caso da pensão paga pelos pais, em última análise majoritariamente são os homens - no caso, os pagadores de impostos - que acabam pagando, E, de novo, como no caso das pensões alimentícias pagas pelos pais, aos homens em questão (id est os contribuintes) é negado qualquer dizer sobre se a criança deveria ter nascido para começo de conversa.

Apesar de não haver objeções sobre o governo forçosamente expropriar a renda obtida a duras penas pelo homem, seja na forma de pensão alimentícia para os filhos ou de impostos, qualquer sugestão de que o governo deveria em vez disso forçar mulheres a realizar abortos se não têm os meios para sustentar uma criança por si só ou, melhor ainda, esterilizá-las compulsoriamente ou introduzir um esqueça de licenciamento parental (como um que foi proposto pelo geneticista comportamental David Lykken) é desprezados como sendo equivalente a fascismo.

Porém, mais uma vez há o problema em tratar pensão alimentícia para os filhos e pagamentos de bem-estar social para mães solteiras como recompensa pelo cuidado infantil que estas mulheres praticam – a saber, os pagamentos não são de forma alguma dependentes da qualidade do cuidado executado.

Não existe obrigação legal alguma de que a mulher providencie sequer um critério mínimo de cuidado satisfatório para seus filhos. Por exemplo, ela não é penalizada de forma alguma por fumar ou beber enquanto grávida, por entupir sua prole de nada além de comida-lixo, ou por não ser capaz de ajudá-los com leitura e deveres de casa. E nem o nível de pensão ou repasse de impostos ao qual ela tem direito adquirido a exigir é reduzido em razão destes atos e omissões culpáveis.

Somente quando o nível de negligência ou maus-tratos é severo a ponto de equiparar a uma ofensa criminal é que as crianças são usualmente removidas de suas mães pelos serviços de assistência social. Em alguns raros casos, o pai pode até obter a custódia em vez disso. Porém, as cortes são relutantes em tomar essa medida e ela geralmente ocorre só nos casos mais extremos de abuso e negligência e mulheres são de longe bem mais propensas a receber os direitos de custódia do que os pais 50.

Isto tudo não obstante o fato que, contrárias à opinião popular como sustentada pela mídia mainstream misândrica, estatísticas governamentais consistentemente demonstram que mulheres são mais propensas a abusar das crianças do que homens 51, e mães são mais propensas a abusar de sua própria prole do que pais 52.

De fato, apesar de medidas extremas e draconianas serem adotadas a fim de garantir que pais não-residentes paguem pensão (incluindo, sob a lei inglesa, "aprisionamento, cassação da carteira de motorista, remoção de autorização de viagem … e até mesmo toque de recolher" 53), essencialmente não existem procedimentos para garantir que o dinheiro em questão, sendo recebido, seja realmente gasto com a criança. Pelo contrário, de acordo com um livro-texto famoso sobre lei de família no Reino Unido, "os montantes podem ser usados pela mãe para 'pagar-se a si mesma' e não é exigido da mãe registrar como o dinheiro está sendo gasto" 54

Em resumo, apesar de as cortes britânicas falarem da boca para fora sobre os 'melhores interesses da criança' como seu princípio-guia ostensivo, isto é na verdade um mero disfarce para a real intenção das cortes - a saber, não os melhores interesses da criança, mas em vez disso os interesses, ou mais precisamente os desejos, de mulheres.

Na verdade, crianças são nada mais que mais ferramentas para mulheres extraírem mais dinheiro de homens. Sobre esta questão, como Esther Vilar memoravelmente observa, as crianças servem uma função análoga aos reféns tomados por sequestradores na expectativa de extrair mais resgate monetário do pai 55.

8 Conclusão

Eu dei a esta postagem o título 'Trabalho Não-Remunerado Ou Ócio Hiper-Remunerado: Por Que Serviço Doméstico Não é Realmente Trabalho'.

De fato, se trabalho doméstico deve ou não ser considerado trabalho é definitivamente uma disputa semântica, voltada para a definição arbitrária convencionada sobre a palavra 'trabalho'. Certamente, trabalho doméstico em sua própria casa pode ser tratado como trabalho qualificado, de acordo com algumas definições desta palavra. Porém, o esforço despendido perseguindo um hobby de construir aeroplanos ou renovar um carro clássico também pode satisfazer estas definições. Assim como 'trabalhar' em melhorar o seu golfe.

talvez até mesmo esfregar detrás das próprias orelhas pode ser qualificado como 'trabalho' de acordo com algum significado deste termo. Afinal, trata-se de 'uma atividade envolvendo esforço físico ou mental a fim de alcançar um resultado', como requerido pela definição primária fornecida pelo Dicionário Oxford (o "resultado" em questão sendo orelhas mais limpas) e, apesar de o esforço mental e físico serem muito mínimos, isto também é verdadeiro sobre muitas outras atividades largamente consideradas como constituindo 'trabalho', não menos que o próprio trabalho doméstico.

O ponto substancial, porém, é que nenhuma dessas atividades é de natureza tal que seja apropriado ou legítimo para uma pessoa exigir recompensa ou remuneração em retorno de seu desempenho. Cada um deles é uma atividade empreendida por uma pessoa voluntariamente em seu próprio benefício por causa das intrínsecas recompensas ou da atividade em si ou de seu resultado final.

A única recompensa que se está intitulado a esperar em retorno de limpar sua própria casa é a oportunidade de viver numa casa mais limpa - bem como a única recompensa que se merece por limpar as próprias orelhas no banho são orelhas mais limpas e a única recompensa por limpar a própria bunda após cagar é uma bunda mais limpa.

Semelhantemente, a única recompensa que uma pessoa merece por cuidar de seus filhos é a alegria que recebe em virtude de passar tempo com eles e talvez a esperança de que eles sejam mais felizes, melhor ajustados e mais bem-sucedidos como resultado.

Estas são recompensas em si mesmas e, após tudo, a razão pela qual as pessoas escolhem engajar em tais atividades para começo de conversa.


9 META

Table 1: META
Título Original Unpaid Labour or Overpaid Laziness: Why Housework in Your Own House Isn't Really Work
Autor VEL – The Contemporary Heretic
Link Original https://mensrightsreview.com/2015/10/30/unpaid-labour-or-overpaid-laziness-why-housework-in-your-own-house-isnt-really-work/
Link Arquivado http://archive.is/

Footnotes:

1

McElroy, Wendy, (2006) "Mother's 'Work' Doesn't Warrant Paycheck", Fox News, May 09, 2006

3

Farrell, W., Does Feminism Discriminate Against Men: A Debate [que eu revi aqui] na p62; Farrell apresenta uma comparação semelhante no seminal The Myth of Male Power (que eu revi aqui), o qual é reproduzido também em Women Can't Hear What Men Don't Say, onde ele trata do assunto do trabalho doméstico em maior profundidade. Corroborando essa alegação, Catherine Hakim, e, Key Issues in Women's Work (p50), reporta:

Adicionando trabalho no mercado, o doméstico e o infantil, a evidência para os anos 1970 em diante era de que esposas e mulheres geralmente faziam menos horas totais que maridos e homens em geral … Dos 1970 em diante, esposas sem emprego pago tinham o total de horas mais curto … No início do século XXI, mesmo em famílias com um filho de menos de cinco anos, cônjuges empregados contribuíam com quantidades aproximadamente iguais de trabalho (pago e não-pago) na maioria das sociedades modernas. Em média, mães em tempo integral tinham um total menor de carga de trabalho que pais com empregos de tempo integral. FONTE

Mais recentemente, escrevendo para a prospect (um artigo de nome 'Who Works Harder'), Hakim revisitou sua conclusão apenas de leve, alegando que

O ponto chave … [dos 'estudos de orçamento de tempo'] era que quando todas as formas de trabalho são adicionadas, homens e mulheres fazem exatamente o mesmo tanto de horas de atividade produtiva: um pouco abaixo de oito horas por dia. Como esperado, homens fazem substancialmente mais horas de trabalho pago, enquanto o tempo da mulher é dividido bastante igualmente entre trabalho pago e não-pago.

4

Farrell, W., Does Feminism Discriminate Against Men: A Debate .. [que eu revi aqui] na p66.

5

NT: No original, "data rape or Ms. Information"

6

Um marido dificilmente qualifica. Como veremos, homens preocupam-se pouc com a decoração de suas casas. No máximo, esperam que uma refeição semi-decente esteja pronta asssim que eles tenham retornado de um dia duro de trabalho.

7

G.K. Chesterton (1915) "All Things Considered".

8

Por exemplo, parentes como avós podem por vezes realizar atividades como vigiar a criança de graça porque eles são aparentados da criança em questão. Isto é análogo à mesma vigília feita pelas mães e, portanto, como eu argumento, não necessariamente merecedora de salário, como discutido posteriormente neste ensaio.

9

As Aventuras de Tom Sawyer; a própria teoria de Twain, como expressa nesta famosa passagem, é a de que "trabalho consiste em qualquer coisa que o corpo é obrigado a fazer, e diversão consiste no que o corpo não é obrigado a fazer". Porém, isto é inadequado porque falha em explicar precisamente o que é que significa "obrigado a fazer". Estritamente falando, pode-se argumentar que mesmo um escravo não é obrigado a trabalhar. Apenas que, se ele não o fizer, será chicoteado ou morto. Semelhantemente, qualquer homem pode escolher não trabalhar, mas se não trabalhar então provavelmente rumará à destituição. (Uma mulher, por outro lado, pode escolher não trabalhar e evitar a destituição pelo expediente mais simples de casar-se com um homem e viver de sua renda.)

10

Na realidade, o tempo extra que mulheres dispendem cuidando de suas aparências físicas já é também amplamente remunerado na forma de maior disposição dos homens em prover e financialmente sustentar mulheres que eles percebem como atraentes. Esta, é claro, é a razãopela qual mulheres dedicam-se a tais atividades em primeiro lugar.

11

Como a rspeito do trabalho doméstico, tais atos podem ser feitos sem a expectativa de pagamento quando são realizados em respeito a parentes próximos.

12

Por exemplo, eu espero que a maioria das pessoas cujo hobby seja jogar golfe o faça porque gosta da atividade em si, em vez de ser porque deseja vencer torneios. Por outro lado, suspeito que um homem cujo hobby é realizar reparos em seu carro clássico o faz não porque ele diverte-se na atividade em si, mas porque ele desfruta da condição melhorada de seu carro clássico resultante dos reparos. Semelhantemente, suspeito que pessoas de ambos os sexos realizam trabalho doméstico, não porque realmente gostam de fazê-lo, mas porque preferem viver em um ambiente mais limpo e visualmente mais chamativo que disso resulta, apesar de que, como veremos, a extensão que eles preferem tal ambiente varia por sexo.

13

Aqueles com uma disposição mais puritana que não gostarem da deliberada rudeza da minha analogia são bem-vindos para substituir "escovar os próprios dentes" ou "lavar atrás das orelhas no banho" ou qualquer número de outros atos de higiene pessoal que todos realizamos em uma base regular como substituição à analogia que escolhi. De fato, o próprio número e variedade de tais atos, e a estupidez de exigir salário como retribuição para cada um deles, é a essência do meu ponto.

14

Biology at Work por Kingsley Browne (que eu revi aqui [][]). Browne se vale de dados fornecidos por South SJ e Spitze G (1994) Housework in Marital and Nonmarital Households American Sociological Review 59: 327-347.

15

Hakim, C, 2004 Key Issues in Woman's Work: Female Diversity and the Polarisation of Women's Employment: p48.

16

Hakim, C, 2004 Key Issues in Women's Work: at p48.

17

Browne, K., 2002 Biology at Work: p170.

18

Hakim, C, 2004 Key Issues in Women's Work: at p48.

19

Browne, K., 2002 Biology at Work: p169.

20

Hakim, C 2004 Key Issues in Women's Work: at p47.

21

Browne, K., 2002 Biology at Work: p169.

22

South SJ e Spitze G (1994) Housework in Marital and Nonmarital Households American Sociological Review 59: 327-347.

23

Browne, K., 2002 Biology at Work: p169-70.

24

Roback J. 1993 Beyond Equality Georgetown Law Journal 82: 121-133 (Citado em Biology at Work: at p170).

25

Jack Kammer, in If Men Have All the Power How Come Women Make All the Rules: p79.

26

Vilar, E. The Manipulated Man (que eu revi aqui [][]): p44.

27

Browne, K., 2002 Biology at Work: p171.

28

Ultimamente esta é uma disputa puramente semântica, dependente da definição que se atribui à palavra 'altruísmo'. Muitos biólogos definem 'altruísmo' como um comportamento que realça a aptidão de outro organismo ao custo da própria aptidão. Sob esta definição, cuidado parental é de fato altruísta. Adotando a terminologia de Richard Alexander em The Biology of Moral Systems (p140-1), podemos dizer que isto é 'genotipicamente egoísta' mas 'fenotipicamente altruísta'.

29

Moxon, S (2008) The Woman Racket Exeter: Imprint Academic: p246-7.

30

De acordo com os meus conhecimentos, esta desigualdade fundamental foi primeiro apontada por Herb Goldberg em seu clássico dos direitos dos homens, The Hazards of Being Male: Surviving the Myth of Masculine Privilege, de 1975, quando ele observa:

Agora, a mulher retém o direito legal definitivo de decidir todas as questões do nascimento. Se ela acidental ou inesperadamente engravida e deseja ter o filho ele não pode dizer 'não' e exigir aborto. Apesar desta falta de decisão, ele ainda retém a responsabilidade legal, tanto financeira quanto legalmente. Por outro lado, se o pai deseja o bebê e a mãe e a mulher deseja abortar, ele novamente não tem como garantir a própria vontade dele mesmo, mesmo que ele concorde em assumir total responsabilidade pela criança. Eu proponho que qualquer casal que intencione ter um filho assine um contrato formalizando este desejo mútuo. Na ausência de tal contrato ao homem deve ser dada a prerrogativa de exigir aborto a não ser que ele seja liberado de qualquer obrigação legal ou financeira se a mulher insiste em manter a criança apesar do requerimento dele em terminá-la. Caso contrário, quando medidas de controle de natalidade falharem, o pai torna-se potencial vpitima porque ele é legalmente responsável sem ter tomado a decisão de ter a criança. Acredito ser uma forma de discriminação para o homem ser responsabilizado por uma criança não planejada enquanto à mulher é permitido decidir se ou não deseja ter o bebê.

Mais recentemente, esta questão, e a solução proposta por Goldberg, atraiu uma tardia atenção dos estudiosos de direito mainstream (veja, por exemplo, Kapp M. (1982) Father's (Lack of) Right and Responsibilities in the Abortion Decision: An Examination of Legal-Ethical Implications. Ohio Northern University Law Review, 9,369-383; McCulley MG (1988). The male abortion: the putative father's right to terminate his interests in and obligations to the unborn child Journal of Law and Policy 7 (1): 1-55), embora sem muito sucesso.

31

Danforth v Planned Parenthood 428 U.S. 52 (1976); Planned Parenthood v Casey 505 U.S. 833 (1992)

32

Por exemplo no Reino Unido: Paton v. Trustees of British Pregnancy Advisory Service Trustees .. [1978] QB 276; C v S .. [1988] QB 135

33

Planned Parenthood v Casey 505 U.S. 833 (1992)

34

Veja por exemplo a decisão de Rostker v Goldberg, onde a Suprema Corte dos EUA notoriamente conseguiu violar ou pôr no cadafalso cada um destes direitos humanos ostensivamente universais com apenas uma decisão.

35

Baumeister, RF, Catanese, KR, e Vohs, KD (2001) Is There a Gender Difference in Strength of Sex Drive? Theoretical Views, Conceptual Distinctions, e um Review of Relevant Evidence Personality and Social Psychology Review 5(3): 242–273.

36

Em Danforth v Planned Parenthood e Planned Parenthood v Casey, a Suprema Corte dos EUA declarou inconstitucionais leis sob as quais o consentimento do marido era requerido antes de um aborto ser levado a cabo. De fato, como notado acima, em Casey mesmo o requerimento de que o marido disse meramente notificado de que sua esposa estava passando pelo procedimento foi derrubado.

37

De fato, dado que, como visto, nenhum pagamento é garantido ou merecido, qualquer pagamento que seja representaria um pagamento excessivo. Porém, no caso de trabalho doméstico e cuidado infantil feitos pelas esposas, o nível de hiperpagamento é desordenado e extorsivo.

38

Porém, como veremos, mães solteiras geralmente recebem um salário, do ausente pai da criança e/ou do estado.

39

Farrell, W., Women Can't Hear What Men Don't Say

40

Veja Farrell, W. Why Men Earn More e Browne K Biology at Work: Rethinking Sex Equality.

41

Kanner, B., Pocketbook Power: How to Reach the Hearts and Minds of Today's Most Coveted Consumer – Women: p5.

42

Barletta, M., Marketing to Women: How to understand reach and increase your share of the world's largest market segment: p6.

43

Por exemplo, no Reino Unido, o caso memorável Miller v Miller, Baronesa Hale referiu-se à necessidade de compensar a esposa não-economicamente ativa pelo que ela referiu-se como uma "desvantagem gerada pelo relacionamento", na base de que a esposa neste caso "desistiu do que seria provavelmente uma carreira lucrativa e bem-sucedida".

44

Um reporte o Cheltenham Group observa, "as regras usuais em nosta sociedade, que se você estudar com afinco, trabalhar duro e assim por diante, será financeiramente recompensado, são completamente invertidas pelo divórcio" e "o homem que se qualifica e contribui para nossa sociedade será penalizado por seus esforços, enquanto a mulher que pouco fez será recompensada" com o resultado que "estes homens que sustentaram suas esposas e famílias no decurso da vida de casado são os mesmos homens de quem é exigido realizar as maiores contribuições posteriormente" ('Marriage and Fatherhood: Important Information for Young Men' 1998).

45

Nota do Tradutor: O exemplo mais próximo para a realidade brasileira seriam programas como o Bolsa-Família.

46

Em The Second Sexism, David Benatar reporta "nos EUA, pais conseguem custódia unilateral das crianças em uns 10% dos casos e mulheres em quase três quartos" e "em casos de requisições conflitantes pela custódia física, requisições maternas pela custódia foram concedidas o dobro das vezes que as paternas", enquanto "em 90% dos casos onde havia um requerimento inconteste pela custódia física materna a mãe recebeu tal custódia", enquanto a custódia foi concedida "em apenas 75% dos casos em que havia um requerimento inconteste pela custódia física paterna" (p50). Apesar de a Suprema Corte declarar em 1979 que a discriminação contra homens em disputas de custódia era inconstitucional, as cortes e legislaturas facilmente evadiram desta proscrição ao favorecer o assim-chamado 'cuidador primário' (The Privileged Sex: p177), um caso claro de discriminação indireta, dado que os 'cuidadores primários' são em sua esmagadora maioria mulheres.

47

Veja Farrell, W. Why Men Earn More e Browne K Biology at Work: Rethinking Sex Equality.

48

Este forma o título da Parte 3 do clássico de Warren Farrell sobre Direitos dos Homens, The Myth of Male Power.

49

Van Creveld, M. (2013) The Privileged Sex: p137.

50

Em The Second Sexism, David Benatar reporta "nos EUA, pais conseguem custódia unilateral das crianças em uns 10% dos casos e mulheres em quase três quartos" e "em casos de requisições conflitantes pela custódia física, requisições maternas pela custódia foram concedidas o dobro das vezes que as paternas", enquanto "em 90% dos casos onde havia um requerimento inconteste pela custódia física materna a mãe recebeu tal custódia", enquanto a custódia foi concedida "em apenas 75% dos casos em que havia um requerimento inconteste pela custódia física paterna" (p50). Apesar de a Suprema Corte declarar em 1979 que a discriminação contra homens em disputas de custódia era inconstitucional, as cortes e legislaturas facilmente evadiram desta proscrição ao favorecer o assim-chamado 'cuidador primário' (The Privileged Sex: p177), um caso claro de discriminação indireta, dado que os 'cuidadores primários' são em sua esmagadora maioria mulheres.

51

De acordo com dados provenientes da folha-de-fatos do Center for Disease Control and Prevention intitulada "Child Maltreatment: Facts at a Glance – 2014", 54% dos perpetradores de maus-tratos à criança eram mulheres. Isto pode ser de certa forma enganoso, à medida em que simplesmente reflete o fato que mulheres, em média, passam mais tempo com as crianças do que homens.

52

O reporte "Child Maltreatment – 2012" liberado pelo Children's Bureau do Department of Health and Human Services dos EUA informa que "quase dois terços das vítimas (36.6%) foram maltratadas pela mãe agindo sozinha" (p21-22). Acerca daquelas formas de abuso tão severas a ponto de resultar em morte (e portanto menos propensa a passarem indetectadas), o mesmo reporte prossegue, "a mãe da criança agindo sozinha perpetrou 27,1%, ambos os parentes foram responsáveis por um quinto (21,2%), e o pai agindo sozinho perpetrou 17,1% das fatalidades contra crianças" (p53). Novamente, estas estatísticas podem simplesmente refletir o fato que mães geralmente passam mais tempo com seus filhos que os homens (não menos devido a custódias infantis discriminatórias: veja acima).

53

Family Law: Fourth Edition (Pearson: Longman 2009) by Jonathan Herring: p201.

54

Family Law: Fourth Edition (Pearson: Longman 2009) by Jonathan Herring: p204.

55

O capítulo 17 de 'The Manipulated Man' (que eu revi aqui) é titulado 'Children as Hostages' (Filhos como Reféns) e introduz esta analogia e tema.

Created: 2018-08-14 ter 00:07

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