sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

"NARVO - Negação, Ataque e Reversão Vítima-Ofensor" [Dra. Tara J. Palmatier]

NARVO - Negação, Ataque e Reversão Vítima-Ofensor

NARVO - Negação, Ataque e Reversão Vítima-Ofensor

Você já esteve alguma vez espantado com o como sua esposa, namorada ou ex abusiva é capaz de fazer e dizer as coisas mais dolorosas, dissimuladas e abjetas e então retratar a si mesma como a inocente vítima? Você já cogitou como ela é capaz de convincentemente acusar os outros, usualmente suas vítimas, dos comportamentos e atitudes abusivos dos quais ela é a verdadeira culpada? Não se pergunte mais, a resposta pode ser o NARVO.

Dra. Jennifer J. Freyd, PhD da the Universidade do Oregon identificou o NARVO nos anos 1990 ao final de uma histeria de memórias reprimidas de abuso sexual. Apesar de suas origens dúbias, NARVO é um conceito útil com aplicações mais abrangentes que as que Dra. Freyd parece ter imaginado originalmente. Freyd escreve sobre o NARVO em conjunção com seu trabalho sobre trauma de traição, o qual eu discuto no blog original Shrink4Men. De acordo com a página da Dra. Freyd:

NARVO refere-se a uma reação que perpetradores de coisas erradas, particularmente abusadores sexuais, podem demonstrar em resposta a serem responsabilizados pela sua conduta. O perpetrador ou agressor pode Negar o comportamento, Atacar o indivíduo que realiza a confrontação, e Reverter os papéis de Vítima e Ofensor tal que o perpetrador assume o papel de "falsamente acusado" e ataca a credibilidade o acusador ou mesmo culpa o acusador de ser o perpetrador da falsa acusação.

NARVO aparenta ser uma combinação de projeção, negação, inversão da culpa e gaslighting. Dra. Freyd nota que outros estudiosos identificaram os mesmos fenômenos usando termos diferentes. Meus clientes homens experimentam este comportamento quando tentam responsabilizar as mulheres abusivas em suas vidas. Isto também aparenta ser um comportamento comum na maioria dos predadores, intimidadores, pessoas altamente conflituosas e/ou indivíduos abusivos com distúrbios de personalidade. NARVO aparenta ocorrer especialmente em casos de divórcio e/ou custódia altamente conturbados.

É claro que nem todo mundo que nega estar fazendo algo de errado está engajando-se em NARVO. Muitos parceiros e ex-parceiros de mulheres abusivas são acusados de coisas que jamais fizeram ou que jamais sequer aconteceram. Naturalmente, quando isso acontece, você nega a acusação e talvez sente-se um pouco (ou bastante) aturdido. Como saber se a negação de um indivíduo é a verdade ou uma instância de NARVO? Freyd (1997, pp. 23-24) propõe:

É importante distinguir os tipos de negação, pois uma pessoa inocente provavelmente negará a falsa acusação. Portanto negação não é evidência de culpa. Porém, eu proponho que um certo tipo de hipocrisia indignada, e negação extremamente exposta, pode de fato relacionar-se à culpa.

Eu conjecturo que se uma acusação é verdadeira, e a pessoa acusada é abusiva, a negação é mais indignada, mais hipócrita e mais manipulativa, quando comparada com a negação em outros casos. Semelhantemente, eu observei que reais abusadores ameaçam, intimidam e fazem um pesadelo para qualquer um que os responsabilize ou lhes peça para mudar seu comportamento abusivo. Este ataque, intencionado para assustar e aterrorizar, tipicamente inclui ameaças de ação judicial, ataques diretos ou encobertos, sobre o denunciante e assim por diante.

O ataque geralmente tomará a forma de foco na ridicularização da pessoa que tenta responsabilizar a ofensora. O ataque também provavelmente focará em ad hominem em vez de questões evidenciais/intelectuais. Finalmente, eu proponho que a ofensora rapidamente cria a impressão de que a abusadora é o falsamente acusado, enquanto a vítima ou o observador preocupado é o ofensor. O fundo e a imagem de frente são completamente invertidos. Quanto mais a ofensora é responsabilizada, mais injustiçada ela alega estar sendo.

Isto é semelhante a como William Eddy, LCSW, Esq descreve as táticas de culpabilização persuasiva de indivíduos altamente conflituosos. "Culpabilizadores persuasivos persuadem outros de que seus problemas internos são externos, causados por outra coisa ou alguém. Uma vez que os outros são persuadidos a olhar o problema de forma revertida, a disputa escala para uma situação conflituosa de longo prazo. Uma na qual poucas pessoas além dos culpabilizadores persuasivos podem tolerar" (Eddy, 2006, p. 29). Olhar o problema de forma revertida é precisamente quando ocorre o NARVO. Os planos de frente e de fundo são completamente revertidos.

"São apenas os Culpabilizadores Persuasivos do Cluster B que mantêm disputas altamente conflituosas em andamento. Eles são persuasivos, e para afastar o foco de seu próprio comportamento (a fonte principal do problema), eles fazem outros juntarem-se à culpabilização" (Eddy, 2006, p. 30). É por isso que muitos Narcisistas, Borderlines, Histriônicos e Anti-Sociais efetivamente empregam campanhas de difamação e táticas de multidão quando tomam alguém por alvo - seja cônjuge, advogado, avaliador judicial ou terapeuta. Ao culpar os outros por tudo de errado em suas vidas, eles afastam o foco do real problema: eles mesmos. Isto aparenta ser o exato comportamento negar-atacar-reverter vítima e ofensor que Freyd descreve.

Freyd (1997, pp. 23-24) afirma:

A ofensora está no ataque e a pessoa tentando responsabilizar a ofensora está na defensiva. 'Negação, Ataque e Reversão Vítima-Ofensor' funcionam melhor em conjunto. Como alguém pode estar no ataque tão vilmente e estar no papel de vítima? Pesquisa futura pode investigar a hipótese de que a ofensora rapidamente oscila entre o ataque e a reversão vítima-ofensor.

Este comportamento é enlouquecedor se você for o alvo do mesmo. Você sabe que está sendo atacado enquanto seu parceiro/ex banca o papel de vítima com tudo o que tem direito, insistindo em sua visão distorcida da irrealidade. Pior ainda, muitas pessoas acreditam nela, racionalizando "ela está tão irritada, então deve ser mesmo verdade". Mesmo alguns dos meus clientes homens que sabem que as acusações e mentiras de suas esposas não são verídicas por vezes duvidam de si mesmos e do que eles sabem ser a realidade. Eu acredito que muitas mulheres e homens que engajam-se em NARVO passam a acreditar em suas próprias mentiras depois de repeti-las muitas vezes. Eu chamo isso de "Efeito O. J. Simpson".

Abusadores tipicamente empregam diferentes tipos de negação. Talvez você seja familiar com algumas das seguintes:

  • Negação flagrante ou gaslighting: "Isso nunca aconteceu".
  • Minimização: "Não foi tão ruim".
  • Amnésia: "Não me lembro de ter feito isso".
  • Redefinição: "Eu tenho um temperamento difícil, então você não deveria me irritar".
  • Projeção: "Você é abusiva e controladora. Isso me machuca".
  • Conversão: "Eu errei, mas sou uma pessoa mudada e não farei isso novamente".

Freyd (1997, pp. 23-24) conclui:

A ofensora toma vantagem de uma confusão que temos em nossa cultura acerca do relacionamento entre provabilidade pública e realidade (e um sistema legal que tem uma certa história a respeito disso) em redefinir a realidade. Pesquisa futura pode testar a hipótese de que a ofensora pode bem vir a crer em [sua própria] inocência mediante esta lógica: se ninguém pode ter certeza de que ela é culpada então ela não é logicamente culpada não importando o que realmente aconteceu. A realidade é então definida pela prova pública, não pela experiência pessoal vivida.

Pode ser difícil identificar quem está falando a verdade nestes casos. Porém, eu tenho verificado que indivíduos altamente conflituosos que engajam neste comportamento geralmente não conseguem substanciar suas alegações ou, se eles apenas fabricam mais mentiras tentando substanciar suas alegações, eles são inconsistentes ao longo do tempo, então preste bastante atenção e documente as suas mentiras. Isto pode ajudá-lo a enforcar-se na própria corda, se e quando você precisar provar sua versão dos eventos como oposta a suas versões cada vez mais evoluídas da verdade.

Se ela está ameaçando chamar a polícia e faz falsas acusações contra você e/ou você está cogitando divórcio, é extremamente importante que você documente o abuso que está experimentando em um diário, gravador digital ou algum outro meio. Culpabilizadores persuasivos abusivos se valem da força de suas emoções para vender suas mentiras, meias-verdades e distorções. Dado que a maioria das pessoas é uma negação no drama, especialmente na forma de uma mulher hipócrita aos prantos, você precisará de provas se quiser ser acreditado. Pense nisso como uma forma de estar à prova de NARVO.


Referências Bibliográficas:

  • Eddy, W. (2006) SPLITTING: Protecting Yourself While Divorcing a Borderline or Narcissist.
  • Freyd, J.J. (1997) Violations of power, adaptive blindness, and betrayal trauma theory. Feminism & Psychology, 7, 22-32.

META
Título Original DARVO: Deny, Attack, and Reverse Victim and Offender
Autor Dr. Tara J. Palmatier
Link Original https://www.avoiceformen.com/women/darvo-deny-attack-and-reverse-victim-and-offender/
Link Arquivado http://archive.is/rz8z4

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

GirlWritesWhatSelecta - 17

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Mulheres são o único gênero que historicamente tem sido protegido por lei da violência conjugal.

Lá no auge do "patriarcado" (um sistema que normaliza violência contra mulheres, preste atenção), mulheres tinham a ganarntia legal da "segurança da paz" contra seus maridos. Quando Blackstone reuniu as leis da Inglaterra e Gales em seus Comentários, estas leis já tinham séculos de idade.

Bater na esposa era crime? Não exatamente. Mas mulheres (e mulheres somente) podiam peticionar em qualquer das três cortes (a de equidade, de lei comum ou eclesiástica) por uma certeza de paz (o equivalente moderno seria um acordo de paz), pois sob a lei de família os homens estavam proibidos de usar violência ou constrangimento contra suas esposas.

Isto não seria considerado uma questão criminal a não ser que, e até que, a esposa solicitasse um acordo de paz, ponto a partir do qual, se o seu marido violasse o acordo, passaria a ser uma questão criminal (desobediência) e tornava-se sujeito a punição corporal, multa ou prisão.

Homens não tinham um direito semelhante de segurança da paz contra suas esposas. Era entendido que um homem podia, e portanto iria, exigir respeito de sua esposa, e ele não precisaria de remédios legais semelhantes para protegê-lo. O máximo que ele podia fazer era fazer uma reclamação de que ela era "rabugenta", o que era punível com uma versão da Letra Escarlate [NT1], ou em casos extremos, o tamborete da vergonha [NT2]. Nada de cadeia, nada de multas, nada de chicotada.

Mais comumente, situações de violência doméstica da esposa contra o marido eram lidadas fora dos livros, mediante tradições como o Skimminton Ride [NT3], ou montar de costas no burro. Basicamente, o homem era envergonhado pela comunidade, de maneira vigilantista, pelo abuso vindo de sua esposa. OK, tudo bem, a esposa também sofreria uma perda de estima na comunidade, mas novamente, não era ela a que ia amarrada no lombo do burro e exibida por toda a cidade para as pessoas lhe jogarem vegetais estragados.

Semelhantemente, os artigos da lei de família iraniana, que é baseada na Sharia, estabelecem que se a situação no lar impõe um risco de dano físico ou financeiro à esposa, ou à sua dignidade, ela pode deixar a casa, estabelecer morada em algum outro lugar, e demandar que o marido continue a pagar suas despesas, incluindo servos se ela tornou-se acostumada a eles. Como sua esposa, ela também tem poder de veto sobre se ele pode tomar outra esposa, portanto ela pode basicamente mantê-lo no limbo para sempre se puder convencer a Corte que ele não estava à altura de suas expectativas.

Bater na esposa no Irã não é uma ofensa criminal, mas isto não quer dizer que seja permitido. (E para qualquer um que venha se meter aqui para dizer que é permitido a homens bater em suas esposas de certas maneiras sob certas circunstâncias, sim, eles são. A lei diz que homens podem fazer assim e não assado. Ela não diz nada sobre o que mulheres podem fazer ou deixar de fazer.)

Se eu ainda entendo existir uma disparidade de poder, uma negação de oportunidades para mulheres expressarem suas capacidades, apenas na base de que elas são mulheres, então você sucintamente sumarizou por que esta posição acerca da violência pode ser justificada.

Você só pode pensar isso se você é preparado para crer que homens são inerentemente sociopáticos. Que eles aprendem o amor no peito da mãe e mesmo assim crescem e tornam-se homens que não reservam nenhuma preocupação pelas mulheres em suas vidas. Que a negação da oportunidade para mulheres foi criação única dos homens, em vez de um paradigma social construído tanto por homens quanto por mulheres.


[NT1]Trata-se do romance The Scarlet Letter, em que uma mulher leva uma letra A vermelha bordada no peito.
[NT2]"Ducking", no original. Mais precisamente, ducking stool, uma cadeira suspensa onde a pessoa ficava sentada e exposta ao ar livre.
[NT3]Skimminton Ride era o nome dado a uma multidão de pessoas que faziam uma barulhenta e ruidosa cantoria em desaprovação de uma determinada conduta socialmente indesejada, desde casais que ainda não casaram formalmente até viúvas que casaram-se antes do período de luto. E homens que apanham da mulher!

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Autor Karen Straughan
Link Original https://www.reddit.com/r/videos/comments/68v91b/_/dh874jo/
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GirlWritesWhatSelecta - 16

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Desculpe-me, mas é por isso que este movimento não pode avançar! É porque está sendo estrangulado por reacionários e regressistas que querem nos levar de volta aos anos 1950. Não é assim que vocês dirigem um movimento e deveríamos discutir isso.

Bearing trouxe diversas preocupações válidas acerca das potenciais implicações do casamento entre pessoas do mesmo sexo na Austrália, particularmente sobre liberdade de expressão e religião.

Estas preocupações não foram abordadas em termos do que acontece a alguém que publicamente diz que discorda do casamento gay, igrejas que desejam abster-se de realizar cerimônias gays, negócios que não desejam participar de celebrações gays por questões religiosas etc.

Estes são os pontos onde os direitos constitucionais das pessoas entram em conflito.

Quais direitos devemos priorizar? O direito de um casal gay ter sua cerimônia em uma igreja específica? Ou o direito de aquela igreja em particular declinar de presidir uma união que viola suas crenças religiosas? O casal gay deveria ser forçado a ir a uma igreja diferente que esteja disposta a casá-los? Ou a igreja que eles demandam deveria ser forçada a casá-los?

Quando a Bula C-16 foi proposta no Canadá, a qual instanciaria identidade de gênero e expressão de gênero como categorias protegidas pelos nossos atos de direitos humanos, Jordan Peterson pronunciou-se e alertou a todos que passar a bula da forma que estava seria controle de expressão. Isto não meramente proibiria certos dizeres, mas forçaria as pessoas a engajar em certas expressões -- ela instanciaria um requerimento legal para que as pessoas usassem os pronomes preferidos de qualquer um que alegasse que não se identificam como cisgêneros.

Proponentes da bula disseram "oh, isso já é delírio paranoico! Isso nunca vai acontecer! Tira esse chapéu de papel-alumínio! Não tem sequer nada na bula que menciona pronomes! Pare de ser um preconceituoso transfóbico!". Um ministro conservador sugeriu que a linguagem da bula fosse expandida a fim de incluir uma cláusula garantindo que ela não coagiria legalmente pessoas a usar certas palavras ou discursos. Isto foi, obviamente, recusado, porque é claro que tal cláusula seria completamente desnecessária. A bula nada dizia sobre pronomes ou discurso forçado.

Poucos meses após a bula ter sido aprovada, o CUPE (o maior sindicato do Canadá) soltou um vídeo com a participação de um advogado "não-binário", que estava ensinando as pessoas sobre como elas deveriam usar os pronomes preferidos. A primeiríssima razão de sua lista foi "está na lei". Ele foi citar a Bula C-16 como instanciando em lei uma obrigação de usar os pronomes prediletos das pessoas.

Debaixo das condições descritas no vídeo de Bearing, eu votaria contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo - ainda que eu apoie totalmente.


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Autor Karen Straughan
Link Original https://reddit.com/r/MensRights/comments/731chy/_/dnmzyeu
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GirlWritesWhatSelecta - 15

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Pois bem, me conte mais.

Okay, bem, há um montante de coisas que eu creio que contribuiu para o declínio da felicidade das mulheres ao longo dos últimos 40 anos mais ou menos.

  1. A maioria das mulheres trabalhando no momento preferiria trabalhar menos do que mais. Uma substancial minoria não trabalharia nada afinal. Um estilo de vida tradicional facilitaria isso.

  2. Mulheres como responsáveis primárias ou mesmo únicas pela família não estão felizes com esse papel. Elas geralmente estão bem até terem dependentes, então sentem a imensa pressão baseada no fato que elas são tudo que permanece de pé no caminho do desastre financeiro de outras pessoas.

  3. O paradoxo das escolhas. Quando pessoas têm mais opções disponíveis a elas, elas ficam menos felizes com o que têm. Um estudo deu aos participantes um retrato de si mesmos (se não me engano), e contou a um grupo que eles estavam presos a ele, e ao outro que eles poderiam trocá-lo por um que eles gostassem mais. Independente de os indivíduos do segundo grupo terem tomado a opção ou não, eles sentiram-se menos satisfeitos com o retrato que acabaram ficando do que aqueles que não tiveram opção.

    A mera existência da "opção melhor" parece impactar negativamente a satisfação das pessoas com as coisas que elas têm.

    Eu sugeriria a você que a facilidade com que mulheres em particular podem deixar relacionamentos e formar novos (a existência de opções) danifica a satisfação que elas poderiam de outra maneira ter em relacionamentos nos quais atualmente estão. Se a mera existência de opções torna alguém menos satisfeito com o que têm, então tornar o casamento menos fácil para a mulher abandoná-lo pode na realidade aumentar a felicidade da mulher no total.

    Em um estudo sobre casais em aconselhamento para rupturas, eles acompanharam mulheres que tinham optado por permanecer e trabalhar o relacionamento versus aqueles que decidiram separar-se. Mulheres que preferiram ficar reportaram níveis superiores de felicidade que aquelas que optaram pelo divórcio.

  4. Restrições à hipergamia podem beneficiar as mulheres no longo prazo. Falando como uma mulher que esteve na posição de paquerar nos meus 40 e poucos, "a barreira" é uma realidade, mulheres têm uma "data de validade" quando se trata de formar relacionamentos. O que muitas mulheres hoje em dia fazem é ficar entre os 20 e 30 e poucos anos pulando de galho em galho. Como mulheres são hipergâmicas, elas são atraídas por homens de status superior. Como mulheres hoje em dia são "iguais", uma vez que elas formam um relacionamento com um homem e têm igual acesso à sua renda e provisão social, este homem perde seu status superior. Elas começam a olhar para o alto, e a transacionar. Mas é claro, uma vez que elas travam o novo cara num relacionamento, a mesma coisa ocorre. Ele não está mais acima dela, e sua hipergamia a leva a olhar para o alto novamente.

    Infelizmente para as mulheres que fazem isso, isto não dura muito. Homens têm diferentes prioridades quando se trata do que querem numa parceira. Mulheres acabam por atingir a barreira, e não mais que de repente os únicos homens dispostos a assumi-la são mais perdedores que aqueles cinco carinhas que ela dispensou nos seus 20 e tantos, porque os caras mais atraentes têm acesso a mulheres mais jovens e belas. O relógio biológico dela está correndo, berrando para que ela estabeleça-se definitivamente. O tempo está esgotando-se. Os homens com quem ela sai sabem disso. Eles sabem que comprometimento com ela implica filhos à vista, não em cinco ou sete anos. Você tem que ser a mulher para arranjar um cara nesses termos. E você tem que ser ainda mais impressionante para arranjar um parceiro sem séria bagagem que esteja disposto a ter você e suas crias (caso você tenha filhos).

    Tradicionalismo forneceu restrições sociais e, sim, legais sobre a hipergamia. Homens eram considerados como sendo de posição social e política superior às mulheres. Um marido era, ao menos em termos de poder formal (poder informal é outra conversa), considerado como estando acima da sua esposa. Quando mulheres casavam, elas não se tornavam iguais aos maridos (quanto mais superiores, que é o que elas são hoje em dia), assim seus instintos hipergâmicos poderiam ser satisfeitos em vez de minados pelo casamento. Ela poderia jamais equalizá-lo ou ultrapassá-lo em posição, assim sua hipergamia podia ser exercida sem que ela tivesse que abandonar seu relacionamento e permutar.

    Hoje em dia, em razão da vantagem que mulheres têm em termos de como o divórcio tende a desenrolar-se (mesmo que ela não ganhe no divórcio, ela perde menos que ele), mulheres estão operando de uma posição superior a de sues maridos uma vez que seus maridos comprometem-se com elas. Esta posição superior definha sua hipergamia, e as leva a procurar novo sustento.

  5. Sustentabilidade e segurança. Estatisticamente, o lugar mais seguro para uma criança é em uma família casada intacta com ambos os pais biológicos. E o lugar mais seguro para uma mulher é em um casamento intacto. Alguns maridos são abusivos? Sim. Alguns pais biológicos são abusivos com crianças? Sim. Mas a realidade estatística é que mulheres e crianças são mais provavelmente seguras e estáveis em famílias intactas onde os pais são casados.

    Em cima disso, a pobreza permanente ou inter-gerações pode ser evitada seguindo três regras simples: Termine o colegial, arranje um emprego, e case-se antes de ter bebês. Pessoas que seguem estas regras quase nunca estão permanentemente pobres, e seus filhos desfrutam maior mobilidade de classe e de renda que os filhos dos que não as seguem.

    N]ao ser pobre é um massivo indicador de felicidade. Você não tem que ser rico, ou mesmo classe-média. Apenas ter que ter o bastante para pagar o aluguel sem entrar em dívidas, e ter uma pequena sobra para um pé-de-meia ou luxos.

    Divórcio fácil aumentou massivamente a taxa de pobreza para ambos, homens e mulheres. Ele elevou a taxa de consumo (eliminando a reserva de recursos), e acarretou em aumentos do consumo de água, gastos de consumidor, energia etc. Se a mesma porcentagem de pessoas vivesse agora da forma que viveriam nos anos 1950 (casadas com a mesma idade, divorciadas na mesma proporção), bilhões de galões de água seriam conservados nos EUA.

  6. Envelhecer sozinho é uma merda. Certamente, estar preso num relacionamento abusivo é uma merda. Mas ser engabelado pela cultura de esperar demais para ter filhos e acabar estéril é uma merda também.Acabar seus últimos anos sem família em volta de você também deve ser uma merda. E uma das coisas mais terríveis que aconteceu nestes anos recentes é a terceirização do cuidado com idosos, o que primariamente afeta mulheres (porque homens usualmente já estão mortos no momento que precisam). Mesmo quando mulheres idosas teriam família que de outra forma poderia auxiliá-las, o paradigma de duas rendas tornou isso praticamente impossível. Assim, pessoas mais velhas (majoritariamente mulheres) são cuidadas em seus últimos anos por equipes pagas desinteressadas em vez de pelos filhos ou filhas que se beneficiariam de uma afinidade de parentesco com a mãe.


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Autor Karen Straughan
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GirlWritesWhatSelecta - 14

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Este termo foi criado em 1830 quando mulheres eram basicamente apropriadas pelo homem. Homens podiam estuprar e bater nelas, elas não podiam votar, possuir propriedades, obter divórcio.

Puta merda, eu fico doente de ouvir essa história revisionista.

  • Mulheres não eram apropriadas pelos homens. Mulheres eram, em um certo sentido, protegidas legais dos homens, mas ela nunca foram propriedade dos homens (a não ser, é claro, que fossem escravas, coisa que homens também podiam ser). Homens eram legalmente obrigados a prover suas esposas a um nível comensurável à sua renda e situação social, e podiam ser presos por falhar em propiciar isso. Quando foi a última vez que você correu risco de ser preso por não cuidar direito da sua TV?
  • Homens não podiam legalmente "bater" em suas esposas. Existiam leis que garantiam às esposas "a segurança da paz" contra seus maridos desde antes dos Blackstone's Commentaries, que foi um compêndio de leis já existentes em Inglaterra e Gales. Interessantemente, não existia nada na lei que proibia uma mulher de atacar seu marido. Tão recentemente quanto o início dos anos 1990 (quando os estados nos EUA começaram a banir punições corporais), os homens eram publicamente açoitados por baterem em suas esposas. Era o método preferido para os homens, dado que multas e prisões (que podiam ser aplicados) eram vistas como acarretando privação à esposa (multas vinham do rendimento familiar, e homens presos não podiam receber rendimentos).
  • Além de traição à nação, estupro foi o último crime não-letal nos EUA sujeito à pena capital. Nós costumávamos executar homens que estupravam mulheres. Fala sério.
  • Na maior parte da história humana, homens não podiam votar também. Homens nas democracias ocidentais conquistaram o voto mediante suas responsabilidades cívicas maiores, que incluíam ser sujeitados ao alistamento. A maioria dos homens britânicos que lutou na 1GM não tinha direito ao voto. O Ato do Parlamento Britânico que concedeu às mulheres o sufrágio também o trouxe a um número estimado de cinco milhões de homens que não tinham ainda o direito ao voto a eles concedido. O raciocínio por detrás de conceder a esses homens o sufrágio foi que muitos homens britânicos sem direito ao voto lutaram e morreram na 1GM para conquistarem o direito ao voto. O raciocínio para conceder às mulheres foi "bem, elas querem, então por que não?"
  • Mulheres sempre foram capazes de deter propriedade. Mulheres solteiras tinham os mesmos exatos direitos de propriedade que homens. Mulheres casadas trocavam alguns dos seus direitos de propriedade (mas não todos) em retorno à obrigação legal dos seus maridos em sustentá-las (incluindo durante a separação e após o divórcio), proteção de responsabilidade por dívida e (portanto) de prisão por dívidas, isenção de tributação e outros benefícios. Mulheres desfrutavam de outros benefícios, como a "lei de agência", que premitia-lhes comprar bens em nome de seus maridos como crédito, e tomar decisões acerca de propriedade e negócios do marido como se fossem agentes legais. Oh, e elas tinham garantidos os direitos de dote (um interesse vitalício em sua propriedade imobiliária), significando que ele não podia legalmente vender uma casa que ele detinha se ela objetasse, porque ela tinha direito de viver nela. Quando feministas conseguiram pressionar com sucesso a fim de que mulheres tivessem garantidos os direitos de propriedade, nenhum dos benefícios e proteções acima foi emendada ou descontinuada.
  • Homens e mulheres tinham um direito quase igual ao divórcio. A única diferença era que enquanto homens apenas tinham que demonstrar infidelidade por parte de suas esposas, a infidelidade por parte do marido por si só não era base suficiente para a esposa -- ela tinha que provar crueldade ou injúria à sua dignidade também. Isto se dava porque maridos eram os únicos financeiramente responsáveis por quaisquer filhos que suas esposas concebessem sob o casamento, portanto infidelidade por parte da esposa representava um risco adicional de sério dano financeiro ao seu marido (ser forçado a pagar pelo filho de outro homem). Somente mulheres poderiam procurar divórcio com base em crueldade ou abuso. Homens cujas esposas eram cruéis e abusivas não podiam usar tais fatos como base para divórcio. Adicionalmente, maridos e esposas tinham direito igual a "relações conjugais" e qualquer um dos dois poderia pleitear divórcio se seu cônjuge recusasse a servir o outro com sexo (dentro dos limites da razão). Desde os tempos da Idade Média, homens acusados de "impotência" por suas esposas, e que estavam enfrentando divórcio (e uma obrigação de alimônia) costumavam ser postos diante de um painel de anciãs e provar que poderiam executar o ato sexual. Literalmente, eles tinham que mostrar para um monte de completos desconhecidos que eles podiam ter uma ereção a fim de evitar um divórcio. Divórcios não podiam ser concedidos por um simples consenso de ambas as partes, porém. Ambos homens e mulheres precisavam de bases adequadas para divórcio. O que feministas conseguiram trazer foi o vago conceito de "diferenças irreconciliáveis" como base adequada, e mais tarde, a eliminação por completo de bases (divórcio sem falhas, onde nenhuma parte fez algo de errado com a outra). Interessantemente, feministas nada fizeram para alterar a obrigação de homens continuarem a sustentar suas ex-esposas após o divórcio, mesmo depois de a mulher ter o direito de manter sua própria renda e propriedade separadas das de seus maridos. Isto implica que em alguns casos, mulheres independentemente abastadas recebiam pagamentos de alimônia de seus maridos menos bem-situados simplesmente porque estiveram casadas com eles por um período de tempo. Feministas em estados como a Flórida ainda estão lutando contra reformas que terminariam com a alimônia infinita, mesmo que hoje em dia uma mulher possa divorciar-se por razão nenhuma a partir de sua própria decisão unilateral. Sociedades de reforma das alimônias formaram-se nos EUA desde os anos 1910 e 1920, algumas delas lideradas por juízas e advogadas (nos tempos em que mulheres não tinham direito de estudar nem de trabalhar, de acordo com as feministas) para auxiliar homens que caíam nas presas de mulheres mercenárias que casavam apenas para quase imediatamente divorciar-se ou separar-se legalmente deles e ficar bem-estabelecidas por toda a vida.

Fico tão irritada de gente como você falando como se soubesse do que está falando. Você não sabe. Cada alegação que você fez sobre a situação das mulheres no passado no Ocidente é completamente vazia.


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Autor Karen Straughan
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GirlWritesWhatSelecta - 13

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Eu discordo que homens e meninos não tenham poder institucional como você diz. Com a porcentagem de homens no governo, eles muito certamente têm poder (não que isto esteja errado, a propósito).

Isto revela um desentendimento fundamental das relações entre machos, tanto humanos quanto ao longo do espectro mais abrangente das espécies.

A suposição por parte das feministas é que os homens no poder usarão este poder para o benefício coletivo de todos os homens, e eles farão isso às custas das mulheres. Nada do que eu tenho visto indica que este seja o caso, e de fato geralmente é o oposto -- homens no poder usarão este poder para elevarem a si mesmos às custas de outros homens, comumente a fim de cortejar a aprovação feminina.

Um homem ter poder institucional não equaciona com Homens tendo poder institucional.

Repare a Coreia do Norte. Há um homem que essencialmente detém poder institucional definitivo. E existe uma disparidade de renda de dez a cem vezes (não porcento, vezes) entre homens e mulheres, em favor das mulheres. Como isto aconteceu? Homens são obrigados por lei a trabalhar. O governo (o homem no poder) lhes atribui aquele trabalho, e se homens não se reportam para o trabalho eles podem ser postos na prisão. O governo lhes paga quase nada, e mesmo assim, geralmente eles não têm dinheiro o bastante para atender a folha de pagamento, e estes homens ganham nada por seu trabalho.

Então, basicamente, homens são escravos.

As mulheres, por outro lado, não são forçadas por lei a trabalhar. Como elas têm tempo para isso, elas criaram um mercado negro de indústrias artesanais, negociação de bens e serviços e geram de dez a cem vezes a renda do homem médio. Mulheres entrevistadas falam bem mal de seus maridos. Eles são peso morto. Mais inúteis que animais de estimação ou crianças. Eles não fazem nada na casa ou pelas crianças - tudo que fazem é comer a comida produzida e ocupar o espaço mantido pelas mulheres. Pelo menos as crianças podem aparar a grama e colher as cenouras - meu marido não faz nada por mim ou pela família.

Você acha que homens, coletivamente, detêm qualquer poder institucional na Coreia do Norte? Só porque existe um homem no comando? Você acha que mulheres são mais oprimidas que homens na Coreia do Norte porque tem um homem no comando?


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Autor Karen Straughan
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GirlWritesWhatSelecta - 12

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In_My_Own_World

Elas desejavam ser tratadas igualmente, queriam ser capazes de votar. Eu acho que você deveria fazer alguma pesquisa sozinho.

Feministas de primeira onda:

  1. Conquistaram o direito para mulheres casadas deterem suas próprias propriedades e renda, e mantê-las separadas do controle de seus maridos. Mantiveram a intitulação legal para mulheres casadas serem financeiramente sustentadas pelos seus maridos. (O que é conhecido de outra forma como "o que é meu é meu, o que é seu é nosso".) Sua intitulação ao sustento deles estendia-se até mesmo aos ônus tributários sobre as propriedades e renda delas mesmas -- propriedade essa que o esposo estava legalmente proibido de relar.

    Então, basicamente, em vez de demandar direitos iguais como administradoras da renda e propriedades maritais, elas demandaram os direitos de pessoas não-casadas sem as responsabilidades, e os direitos de mulheres casadas sem as correspondentes responsabilidades. Homens ainda eram responsáveis como provedores solo da família, incluindo a esposa, mas agora tinham que fazer isso sem ter acesso à renda e propriedades de suas esposas.

    Houve homens mandados para a prisão no Reino Unido por evasão de tributos porque eram incapazes de pagar os impostos devidos sobre propriedades/renda de suas esposas mais abastadas. Uma suffragette, Dra. Elizabeth Wilks, até mesmo recusou-se (como era seu direito previsto em lei) a fornecer ao seu marido a documentação necessária para que ele pudesse calcular os impostos, e dado que ele era um professor de escola e responsável por pagar tudo o mais, ele não teria sido capaz de pagar os impostos de qualquer forma. Enquanto ele estava na prisão, ela instou que as outras suffragettes fizessem o mesmo que ela fez. Ele foi liberado da prisão sob fundamentação humanitária em razão de sua saúde debilitada, e morreu poucos meses depois.

  2. Obtiveram a custódia maternal por default de filhos jovens após o divórcio ou separação. Anteriormente, a suposição era de custódia paternal dado que o pai era o único com o ônus da responsabilidade financeira pelo cuidado das crianças.

    É claro, foi apenas a custódia que foi modificada - a responsabilidade financeira ainda caía 100% para o pai manter o lar de seus filhos menores. Dado que sua ex era cabeça do lar, ele agora era forçado a continuar sustentando-a mesmo que ela fosse a culpada pelo fim do casamento.

    Então, novamente, fomos de homens tendo direitos superiores e maiores responsabilidades, para homens tendo direitos inferiores e ainda tendo maior responsabilidade.

    Hilariantemente, em 1910, após estas duas inovações legais estarem em efeito no estado de NY por quase quarenta anos, uma advogada suffragette (sim, antes de mulheres serem permitidas obter uma educação e a coisa toda...) escreveu na Times que a lei ainda discriminava contra mulheres em matéria de crianças. Como a lei o fazia? A única área da lei naquele tempo que não considerava mães como iguais em guarda e custódia era nas provisões concedendo ao pai controle sobre a renda e propriedades dos filhos menores. Basicamente a lei o colocava como 100% responsável por alimentar, vestir e abrigar as crianças, portanto dava a ele 100% do direito de gerenciar o dinheiro para este fim.

    Uma mulher podia, naquele tempo, ir à corte e demonstrar que seu marido legalmente abandonou sua responsabilidade financeira para com ela e seus filhos, e havia provisões para transferir estes ditos direitos de gerenciar renda/propriedade para ela em tais casos (e nos piores casos o homem poderia acabar na prisão por recusar a sustentar a sua família no melhor de sua capacidade). Mas esta suffragette queria que as próprias leis mudassem de tal forma que as esposas (que não detinham nenhuma responsabilidade financeira para com os filhos e nem para consigo mesmas) tivessem igual controle sobre a renda e propriedades dos filhos.

    Estas mudanças tomaram lugar, todas elas, décadas antes de as mulheres conseguirem o direito ao voto. E, falando de voto...

  3. Em 1917 um grupo de anarquistas nos EUA peticionou um caso federal contra a conscrição militar, descrevendo-a como servidão involuntária e portanto inconstitucional. A Suprema Corte americana foi inequívoca em sua rejeição ao argumento, asseverando que o alistamento era uma obrigação recíproca devida por todos os cidadãos para o estado em retribuição aos direitos conferidos pelo estado para os cidadãos.

    Entre outras obrigações que os homens tinham para com o estado: leis de socorro público [NT01], brigadas de incêndio [NT02], policial especial (ser alistado para auxiliar a polícia em situações de emergência)...

    Algumas suffragettes (como Sylvia Pankhurst, que abandonou o movimento em razão disso) eram contrárias ao alistamento, mas outras mais ativas (e agora mais famosas) fizeram campanha em favor do alistamento e participaram de empreitadas organizadas para usar de difamação pública a fim de pressionar os homens a alistarem-se. Um de seus pôsteres até mesmo criticava o fato que uma mulher tinha o direito a voto negado não importando o quão grandiosa ela fosse (ela poderia ser médica, ou advogada, ou mãe, ou prefeita), enquanto mesmo homens inaptos para o serviço militar não perdiam o direito de votar.

    Dois anos após a Suprema Corte formalizar o alistamento como parte do preço que todos os cidadãos devem pagar como seu direito como cidadãos, mulheres obtiveram o voto. E nenhuma obrigação para com o estado foi sequer posta sobre elas em retribuição deste direito.

    E antes que alguém aqui diga "mas não eram permitidas mulheres como soldados!", há outras maneiras de servir seu país durante tempos de guerra, e o "trabalho de guerra" mandatório (como costurar uniformes ou montar munições) poderia ter sido algo em um alistamento feminino. Qualquer um argumentando que se mulheres fossem incluídas no alistamento hoje "nós estaríamos mandando mulheres pequenas e vulneráveis as trincheiras" está ignorando o fato que existe um porrilhão de trabalho necessário junto ao serviço militar que não envolve combate ativo ou risco físico sério, então este argumento basicamente resume-se a "como ousamos incomodar as mulheres!".

Então, temos três exemplos de feministas da primeira onda demandando e obtendo direitos dos homens sem as responsabilidades dos homens. Dois deles envolviam situações de soma zero tais como direitos de renda e propriedade, ou direitos de custódia para com as crianças, e em ambos os casos feministas conseguiram arranjar as coisas de tal forma que mulheres ficaram com todos os direitos ao passo que homens ainda eram onerados com todas as responsabilidades.


Notas e Links

[NT01]

No original, hue and cry laws; uma tradução mais livre seria "pega-ladrão". Eram leis antigas do ordenamento inglês.

Não existia uma força organizada e ubíqua de segurança pública naqueles tempos, então a tarefa de deter criminosos acabava caindo nas mãos de pessoas comuns. Por exemplo, se alguém cometesse um roubo, a vítima gritava que estava sendo assaltada, e os cidadãos ao redor eram obrigados a parar o que estivessem fazendo para ajudar a deter o meliante. Se ele fosse capturado com os bens em seu poder, ele era sumariamente condenado (sem direito a defesa), e poderia até ser morto se resistisse à captura.

Saiba mais em: http://www.worldwidewords.org/qa/qa-hue1.htm

[NT02]Bucket brigade. Isso mesmo: ajudar a passar baldes de mão em mão para apagar incêndios.

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Autor Karen Straughan
Link Original https://www.reddit.com/r/MensRights/comments/6x5s57/_/dmds4ga/
Link Arquivado http://archive.is/T9XAA

domingo, 17 de dezembro de 2017

GirlWritesWhatSelecta - 11

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Em certo sentido isto [ o feminismo ] é câncer.

Câncer é uma classe de doenças caracterizadas pelo crescimento celular descontrolado. Existem mais de cem tipos diferentes de câncer, e cada um é classificado pelo tipo de célula que é inicialmente afetada.

Câncer prejudica o corpo quando células alteradas dividem-se descontroladamente formando nódulos ou massas de tecido chamadas tumores (exceto em caso de leucemia onde o câncer proíbe o funcionamento normal do sangue em razão da divisão celular anormal no fluxo sanguíneo). Tumores podem crescer e interferir com os sistemas digestório, nervoso, e circulatório, e podem liberar hormônios que alteram as funções corporais. Tumores que permanecem em um ponto reduzido e demonstram crescimento limitado são geralmente considerados benignos.

Tumores mais perigosos, ou malignos, formam-se quando duas coisas ocorrem:

  1. uma célula cancerosa consegue mover-se pelo corpo usando o sangue ou os sistemas linfáticos, destruindo o tecido saudável em um processo chamado invasão
  2. a dita célula consegue dividir-se e crescer, fazendo novos vasos para alimentar-se em um processo chamado angiogênese.

Quando um tumor espalha-se com sucesso para outras partes do corpo e cresce, invadindo e destruindo outros tecidos saudáveis, é dito que ele sofreu metástase. Este processo recebe o nome de metástase, e o resultado é uma condição séria que é bastante difícil de tratar.

Vamos reescrever isto então:

Feminismo é uma classe de movimentos caracterizada por ideologias descontroladas. Existem mais de cem tipos diferentes de feminismo, e cada um é classificado pela instituição social, econômica, educacional, corporativa, cultural, de entretenimento ou política que é afetada, e como é afetada.

Feminismo prejudica a sociedade quando suas doutrinas inflexíveis replicam-se descontroladamente formando grupos de pressão ou protestos de larga escala (exceto no caso do sorrateiro feminismo legal, onde promotores e juízes cancerosos proíbem a jurisprudência normal pelo anormal escândalo no âmbito da jurisprudência, ou o sorrateiro feminismo na cultura pop, onde escritores de quadrinhos cancerosos inserem a agenda feminista nos enredos). "Tumores" feministas podem crescer e interferir com os sistemas legal, político e educacional, e podem liberar hormônios/políticas que alteram como estes sistemas operam. Tumores feministas que permanecem em um ponto (tais como Tumblr, ou o RadFemHub) e demonstram crescimento limitado são geralmente considerados benignos.

Formas mais perigosas, ou malignas, de feminismo surgem quando duas coisas ocorrem:

  1. Uma ideia feminista consegue mover-se ao longo da sociedade usando a mídia ou os sistemas educacionais, destruindo indústrias, corporações, sistemas legais e normas culturais saudáveis em um processo conhecido como "infestação"
  2. a dita ideia consegue dividir-se e crescer, gerando novas formas de financiamento, mediante dinheiro de imposto e doações privadas, em um processo conhecido como "mulheres são oprimidas, agora me passa a grana".

Quando um tumor feminista espalha-se para outras parte da sociedade e cresce, invadindo e destruindo outras normas, ideais e padrões saudáveis, é dito que ele se sofreu metástase. Este processo é conhecido como "câncer feminista", e o resultado é uma séria condição muito difícil de reverter.


META
Autor Karen Straughan
Link Original https://www.reddit.com/r/MensRights/comments/7izsb4/_/dr361yg/
Link Arquivado http://archive.is/jTeHh

domingo, 3 de dezembro de 2017

"Onde os Brutamontes Não Têm Vez" por C. H. Sommers

Onde os Brutamontes Não Têm Vez

Onde os Brutamontes Não Têm vez

Como grupos feministas distorceram o plano de estímulos de Obama para favorecer empregos femininos

Uma "recessão masculina"[N01]. Foi assim que alguns economistas começaram a denominá-la. Dos 5,7 milhões de empregos de empregos que os americanos perderam entre dezembro de 2007 e maio de 2009, quase 80% eram feitos por homens. Mark Perry, economista da Universidade de Michigan, caracteriza a recessão como uma "desaceleração" para as mulheres mas uma "catástrofe" para os homens.

Homens estão suportando o impacto da corrente crise econômica porque eles predominam na manufatura e construção, os setores mais fortemente afetados, que perderam mais de 3 milhões de empregos desde dezembro de 2007. Mulheres, em contraste, são maioria em empregos resistentes a recessão, como educação e saúde, que ganharam 588.000 empregos durante o mesmo período. Resgatar centenas de milhares de operadores de guindastes, soldadores, gerentes de linha de produção, e montadores de máquinas não seria algo fácil. Mas a oposição orquestrada de diversos grupos poderosos de mulheres tornou isso nada menos que impossível. Pense apenas no que aconteceu com os 787 bilhões de dólares do American Recovery and Reinvestment Act de 2009.

Novembro passado, o presidente-eleito Obama abordou a devastação nas indústrias de construção e manufatura propondo um programa ambicioso no estilo do New Deal para reconstruir a infraestrutura da nação. Ele convocou um programa de estímulo de dois anos "pronto para as pás" [N02] a fim de modernizar ruas, pontes, escolas, redes elétricas, transporte público, e represas, e o reforço de setores mais afetados da economia o objetivo da legislação que se tornaria o ato de recuperação.

Grupos de mulheres ficaram chocados. Eletricidade? Represas? Artigos de opinião imediatamente surgiram nos principais jornais com títulos como "Aonde Estão Os Novos Empregos Para As Mulheres?" e "O Plano De Estímulos Dos Machões". Um grupo de "notáveis feministas economistas" circulou uma petição que rapidamente obteve mais de seiscentas assinaturas, convocando o presidente-eleito a acrescentar projetos em saúde, cuidados infantis, educação, e serviços sociais, e para "instituir tutorias" a fim de treinar mulheres para "pelo menos um terço" dos serviços de infraestrutura. Ao mesmo tempo, mais de mil historiadoras feministas assinaram uma carta aberta instando Obama a não favorecer "uma área tão fortemente dominada por homens" como a construção civil: "Precisamos reconstruir não apenas pontes de concreto e aço, mas também pontes humanas". Assim que estes grupos ficaram cientes um do outro, formaram um grupo de ação anti-estímulo chamado WEAVE -- Women's Equality Adds Value to the Economy [N03].

A National Organization for Women (NOW), a Feminist Majority, o Institute for Women's Policy Research, e o National Women's Law Center rapidamente juntaram-se à batalha contra o supostamente sexista resgate dos empregos dos homens. Sob a sugestão de um funcionário para a Presidente da Câmara Nancy Pelosi, a presidente da NOW Kim Gandy discutiu um equivalente feminino para a "terminologia carregada de testosterona" contida no termo "pronto para as pás. ("Pronto para os aventais" foi abordado porém rejeitado.) Christina Romer, a altamente prezada economista que o presidente Obama escolhera para presidir seu Conselho de Assuntos Econômicos, diuria depois em sua entrada no palco político: "O primeiro email que obtive . . . foi de um grupo de mulheres dizendo 'Nós não queremos que este pacote de estímulos crie apenas empregos para homens brutamontes.'"

Não importa que estes brutamontes fossem aqueles que perderam a maioria dos empregos. O plano original do presidente-eleito foi projetado para estancar a hemorragia na construção e manufatura enquanto investia em infra-estrutura física que era indispensável para crescimento econômico de longo prazo. Não foi um pacote desordenado de programas corretos-de-gênero, nem um programa machão -- a ideia inteira do estímulo governamental foi usar o gasto governamental para colocar os fatores ociosos de produção de volta ao trabalho.

O presidente-eleito respondeu aos protestos enviando Jason Furman, seu futuro vice-diretor soon-to-be deputy do Conselho Econômico Nacional, junto com seus assessores para um encontro organizado por Kim Gandy e a presidente da Feminist Majority Eleanor Smeal. Gandy descreveu a cena:

Os economistas seniores ouviram atentamente enquanto Gandy e Smeal e outros defensores argumentavam por um pacote de estímulos que aumentaria empregos para enfermeiras, assistentes sociais, professoras e bibliotecárias em nossa frágil "infraestrutura humana" (acharam o slogan livre de testosterona). Furman por acaso mencionou que empregos na "infraestrutura humana" - saúde, educação, e governo - aumentaram mais de meio milhão desde dezembro de 2007?

Poder-se-ia perdoá-lo por não ser argumentativo. Seu chefe no conselho econômico, Lawrence Summers, tornou-se o símbolo nacional das consequências de se ofender as sensibilidades feministas e ser atacado por feministas em sua seleção para o posto mais alto da Casa Branca. Gandy e Smeal notaram seus parceiros engajados e curiosos e estavam satisfeitas por ficarem mais tempo do que o agendado: "Nós saímos sentindo que toda nossa preparação traria frutos na forma de mais inclusão para as necessidades das mulheres, e estávamos certas."

Christina Hoff Sommers é uma estudiosa residente no American Enterprise Institute. Ela é autora de The War Against Boys e editora do The Science on Women and Science, em breve pela editora AEI.


[N01]"Man-cession" no original.
[N02]"Shovel ready" no original.
[N03]"Igualdade para as mulheres adiciona valor à economia". Realmente a criatividade paidégua para acrônimos é espantosa...

META
Título Original No Country for Burly Men
Autor
    1. Sommers
Link Original http://www.weeklystandard.com/no-country-for-burly-men/article/17737
Link Arquivado http://archive.is/A0j1u

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

GirlWritesWhatSelecta - 10

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Uma vez que seu objetivo é derrubar um grupo, vocês jamais terão igualdade.

Você precisa entender, feminismo não é somente um conjunto de objetivos -- é também um conjunto de pressupostos e axiomas sobre o mundo, a sociedade, os homens e as mulheres.

Todas as feministas com quem falei creem que, ao todo, mulheres são desprivilegiadas em relação aos homens.

Quase todas as feministas com quem eu falei descrevem esta desvantagem como "opressão" e a vantagem dos homens como "privilégio".

Feministas que tiveram qualquer espécie de educação feminista (estudos femininos, ou mesmo websites feministas e livros populares etc.) acreditam que a fonte da opressão feminina e do privilégio masculino é o "patriarcado" -- um sistema onde homens detêm a maior parte do poder e mulheres são largamente excluídas dele.

Estas crenças dão forma às suas visões sobre igualdade, e como trazer a igualdade à tona. Elevar e empoderar as mulheres é elevar e empoderar uma classe oprimida. Aumentar a igualdade entre homens e mulheres. Estreitar a disparidade.

Elevar e empoderar homens, mesmo que apenas nas poucas áreas onde elas admitirão que "o patriarcado também fere os homens", é elevar e empoderar uma classe privilegiada. Diminuir a igualdade entre homens e mulheres. Alargar a disparidade.

Como suas visões sobre poder e política sociais são tão simplistas, elas assumem que se homens realmente têm problemas por causa da discriminação, os homens no poder tomariam ação para o benefício coletivo dos homens. De fato, elas realmente parecem acreditar que é isto o que homens no poder têm feito durante séculos ou milênios: privilegiar todos os homens às custas de todas as mulheres.

Se os homens em poder não tomam uma ação, ou se tomam uma ação que fere os homens coletivamente, então não é falha do feminismo, mesmo que as feministas tenham exigido tal ação. Como é que poderia ser? Debaixo do "patriarcado", mulheres têm pouco ou nenhum poder, mesmo no sentido de barganha coletiva.

Homens que pedem a feministas para ajudá-los a alcançar mudanças positivas para os homens estão cometendo uma série de descortesias: Eles estão pedindo para que um grupo oprimido os ajude a fazer a já privilegiada posição do grupo ainda melhor. É o equivalente a pedir que trabalhadores fabris que ganham salário mínimo trabalhem de graça a fim de que os executivos milionários possam coletar bônus maiores.

Eles estão exigindo que os defensores dos oprimidos sintam compaixão pelos "probleminhas menores" dos comparativamente abastados e poderosos, e eles estão sequestrando a preocupação pública das mãos das causas feministas, mais nobres. É o equivalente de pessoas ricas reclamando para os destituídos sobre como ter dinheiro é difícil e estressante porque é necessário ficar pensando em qual é a melhor forma de investi-lo.

Eles estão pedindo para as feministas para fazer algo que elas creem que seria difícil e oneroso para as feministas, mas que elas sentem que seria fácil para os homens efetuar. Mulheres têm pouco ou nenhum poder social ou político, afinal de contas. Alavancar este poder para fazer a mudança é difícil, porque elas têm tão pouco. Homens, por outro lado, devem ser capazes de mexer os seus narizes e conseguir que os homens no poder concedam-lhes qualquer capricho. É o equivalente de alguém com um cortador de grama motorizado exigir que outro alguém que só tem um cortador simples corte a grama de ambos.

Você pode ver isto em quase toda reação das feministas nas mídias sociais ao dia internacional do homem, por exemplo "todo dia é dia internacional do homem", dizem elas ao longo de todo o Twitter e Facebook. Assim diz a parlamentar Jess Phillips, "vocês podem ter seu debate do dia internacional do homem no parlamento quando mulheres forem metade das parlamentares", mesmo que o parlamento britânico mantenha debates agendados sobre questões das mulheres a cada mês, e novamente faz um no dia internacional da mulher, enquanto as questões dos homens raramente são levantadas em qualquer hora que seja.

E você precisa notar que estas pressuposições/axiomas não são extremos ou limítrofes. Eles são as visões feministas padrão.


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Autor Karen Straughan
Link Original https://www.reddit.com/r/MensRights/comments/7edsl3/_/dq5h9uz/
Link Arquivado http://archive.is/va413

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

FEMINISMO COMO MOVIMENTO SUPREMACISTA - UMA CONDENAÇÃO DEVASTADORA

FEMINISMO COMO MOVIMENTO SUPREMACISTA - UMA CONDENAÇÃO DEVASTADORA

FEMINISMO COMO MOVIMENTO SUPREMACISTA - UMA CONDENAÇÃO DEVASTADORA

Este foi originalmente uma postagem de /u/strawberryspringg em outra thread [L01]. Eu copiei aqui porque esta é uma das explicações mais fortes da brecha entre feminismo e direitos dos homens que eu já vi.


Eu costumava ser feminista. Eu era o que Karen Straughan chama "feminista de cafeteria". Basicamente alguém que acredita em igualdade de gênero e assume (erroneamente) que o feminismo é um movimento devotado para este fim.

Feministas de cafeteria não tomaram tempo para estudar a literatura e história do movimento feminista. Você geralmente ouvirá elas dizendo coisas como "às mulheres era negado o direito ao voto" sem notar que a maioria dos homens também não podia votar até bem recentemente. De fato, metade dos homens que foram forçados a lutar e morrer na 2GM não podia votar. Homens de classes média e baixa tiveram que conquistar seus direitos de voto com sangue.

Eu comecei a questionar o feminismo quando meu primo foi horrivelmente tratado pelas Cortes de Família. Sua ex era uma psicótica certificada mas obteve custódia total enquanto ele teve que voltar à casa da mãe dele a fim de sustentar o pródigo estilo de vida dela. Ela fez falsas acusações contra ele. Ele foi alienado de sua filha.

Mais tarde aprendi que feministas repetidamente têm lutado contra projetos de de guarda compartilhada. Isto apesar do fato que dúzias de estudos mostrarem que a guarda compartilhada alinha-se aos melhores interesses da criança (e mesmo da mãe!)

Não somente feministas lutaram contra a guarda compartilhada, elas lutaram contra real igualdade de gênero em cada passo de seu caminho. E isto vai desde o tempo da primeira onda [L02].

Confira este link [L03], ele sumariza muito bem a história. Se algo é visto como colocando iguais responsabilidades sobre os homens ou mesmo ajudando homens e meninos, elas se opõem. Elas veem tudo como umm jogo de soma zero. Isto não é "igualdade". De fato isso lembra, mais de perto, um movimento supremacista. Seu comportamento subitamente passa a fazer sentido quando você considera que as feministas veem homens como seus "inimigos de classe" e "opressores". Por que você iria querer ajudar seus opressores? A ideia como um todo é claramente senil, porque como Warren Farrel notou, não de pode ferir um gênero sem ferir o outro. Após cem anos de feminismo, mulheres estão mais infelizes do que nunca.

A questão do estupro é um exemplo perfeito disso. Três estudos separados [L04] no Canadá revelaram que a maioria dos homens estupradores foram sexualmente abusados por mulheres quando eram crianças. Uma abordagem holística da igualdade de gênero reconheceria o papel que estas mulheres (especialmente as mães) desempenham na criação de homens (e mulheres) violentos. Em vez disso, feministas retratam o comportamento masculino como ocorrendo em um vácuo sem referência ao sexo oposto.

A hipocrisia é infinita. Estudos mostram que homens são tratados muito mais severamente pelo sistema de justiça criminal. Eles recebem em média sentenças 60% mais longas. Porém, em vez de tentar remediar esta injustiça, feministas lutaram no Reino Unido, e obtiveram sucesso, para que as mulheres fossem tratadas com ainda mais leniência. Algumas feministas querem eliminar completamente as prisões! Não estou dizendo que a resposta é tratar mulheres mais severamente em qualquer caso - talvez a resposta seja tratar homens com mais compaixão - ou talvez algo intermediário. Mas é claro que feministas não tem nenhum interesse em igualdade nesta ou em qualquer outra questão.

As estatísticas [L05] são alarmantes. Enquanto feministas choramingam sobre problemas do tipo "A Princesa e a Ervilha" como "manspreading" e "mansplaining", elas ignoram ou menosprezam a mutilação genital masculina (centenas de bebês meninos morrem desta prática todo ano), meninos sofrendo mais violência nas mãos de seus pais, meninos indo mal na escola em razão dos modelos educacionais ginocêntricos, homens vítimas de violência doméstica e abuso sexual, falta de direitos reprodutivos masculinos, falsas acusações que podem arruinar e de fato arruínam a vida dos homens, homens e meninos forçados a lutar e morrer em guerras, homens não tendo direito ao voto sem ter que alistar-se para o serviço militar, a epidemia de suicídio masculino, a disparidade de gênero nas sentenças judiciais, a disparidade de gênero entre os sem-teto, a disparidade de gênero em mortes laborais, homens recebendo menos assistência e auxílio-saúde mesmo que eles paguem mais taxas, homens trabalhando por mais horas, homens morrendo mais cedo etc. etc.

Está abundantemente claro até aqui que o feministo não entendeu nada certo. Homens não querem oprimir mulheres, eles querem protegê-las, e sim, isto tem causado sexismo paternalista e até mesmo "opressão" algumas vezes, mas o homem médio nunca esteve melhor que a mulher média.

Quando feministas falam de problemas dos homens elas dizem "o patriarcado atinge os homens também". Porém é uma piada doentia que vivamos em um "patriarcado" que privilegia homens. Se o que as feministas alegam fosse verdade então o movimento pelos direitos dos hoemns receberia farto suporte do estado. Em vez disso são as próprias feministas que fazem todas as regras.

Um dos principais problemas do feminismo é que fundamentalmemte não compreende como homens operam. Homens no poder não tentam privilegiar seus inimigos de classe e competidores sexuais. Na medida em que existe algum grau de compaixão para as classes média e baixa, ela é majoritariamente reservada para mulheres. Por isso as incontáveis iniciativas estatais para ajudar mulheres mas não homens. Isso é porque homens têm viés extra-grupo para mulheres [L06], ao passo que o mesmo não é verdadeiro em reverso.

Hoje em dia o feminismo revelou-se um movimento supremacista. Ele sempre foi e sempre será enraizado em ressentimento e ódio contra homens, não em um desejo por igualdade. Eles também são autoritários da cabeça aos pés. Eles lutam para censurar pessoas, reverter o direito a um devido processo legal, criminalizam comportamento sexual normal ("consentimento afirmativo" é simplesmente bizarro), eliminam a meritocracia etc.


** Links **

[L01]https://www.reddit.com/r/MensRights/comments/7bopfq/any_exfeminists_here_id_like_to_ask_you_questions/dpjyno5/
[L02]https://www.reddit.com/r/MensRights/comments/6yr51a/was_there_ever_a_good_wave_of_feminism_karen/
[L03]https://www.reddit.com/r/MensRights/comments/g2eme/feminists_tell_you_that_the_solution_to_mens/
[L04]https://canadiancrc.com/The_Invisible_Boy_Report.aspx
[L05]http://www.realsexism.com
[L06]https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15491274

META
Autor /u/strawberryspringg
Link Original https://www.reddit.com/r/MensRights/comments/7c6do5/feminism_as_a_supremacist_movement_a_devastating/
Link Arquivado http://archive.is/JrAB3

sábado, 11 de novembro de 2017

GirlWritesWhatSelecta - 9

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Um cara com quem eu estava saindo há um tempo disse isso dessa forma:

"Nós estivemos casados por 14 anos. Eu fui obrigado a sustentá-la por mais 17 anos - mais que nosso tempo de casado, puta que pariu, porque ela nunca trabalhou fora de casa. Por que eu deveria sustentar uma mulher com quem não sou mais casado? Por que ainda sou forçado a 'fazer o meu trabalho'? Não é como se tivesse uma ordem judicial dizendo que ela tivesse que comparecer três vezes por semana, cozinhar, limpar e chupar meu pau".


META
Autor Karen Straughan
Link Original https://www.reddit.com/r/MensRights/comments/7b4g3u/_/dpfowjr/
Link Arquivado http://archive.is/cJoWU

GirlWritesWhatSelecta - 8

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Mulheres eram e são tratadas muito mal pela mera tentativa de fazer algo fora da norma social. Então isto é como dizer que uma pessoa recebe a escolha entre morrer e matar alguém é livre para escolher.

Assim como foi com os homens. Assim como foi com todo mundo.

Ainda assim eu penso que mulheres nestas culturas são tratadas pior que os homens.

Eu vou te perguntar uma coisa. Você está alegando que X (o sofrimento das mulheres) é maior que Y (o sofrimento dos homens). Você já mediu Y?

No filme The Rede Pill (no qual eu apareço, diga-se de passagem), Fred Hayward fez uma pergunta.

Como você mede o sofrimento? Como quantifica o sofrimento dos homens e mulheres para que você consiga compará-los? Uma mulher pode sentir que é uma injustiça receber em média 3/4 do ordenado que um homem recebe, mas como você compara isso contra os cinco anos extras de vida que uma mulher tem que o homem não tem? Uma mulher pode perder uma oportunidade de trabalho porque é mulher, mas como você quantifica isso de forma a poder comparar com um homem que perdeu seus direitos de custódia das suas crianças porque é homem?

Eu quero que você observe algumas métricas:

  • Expectativa de vida;
  • Menos poder de gasto versus renda percebida;
  • Probabilidade de morrer por violência;
  • Falta de acesso a cuidados habitacionais e de saúde;
  • Falta de moradia;
  • Risco de invalidez ou morte em razão laboral;
  • Probabilidade de ser vítima de crime;
  • Menor acesso à educação;
  • Acesso a apoios governamentais;
  • Probabilidade de ser detido, acusado, processado e condenado, e extensão da sentença;
  • Probabilidade de ter seus filhos tirados de você por razão nenhuma;
  • Probabilidade de sofrer violência do estado (brutalidade policial).

Em cada uma dessas métricas, negros sofrem mais em média que brancos nos EUA. Você pensaria que estes são indicativos que negros nos EUA estão desprivilegiados em comparação aos brancos, não?

No Ocidente, todas essas métricas aplicam-se mais a homens que a mulheres. Nos países que você está falando, em quase todos eles isto acontece.

Já observou a situação de homens comuns nestas culturas, ou você acha que todos vivem como reis e as mulheres vivem como escravas?

Eu não estou dizendo que homens estão na pior nestas culturas. Como Fred Hayward disse, é difícil quantificar as formas que homens e mulheres sofrem do sexismo. Como você os compara, quando as formas que eles sofrem são diferentes? Você pode dizer "mulheres são mais propensas a isso que homens", mas não pode necessariamente dizer "esta coisa que homens enfrentam é pior que esta outra coisa que mulheres enfrentam".

Tudo que eu sei é que em qualquer cultura onde o estupro de homens é pervasivo e arbitrário, o assassinato de homens é também pervasivo e arbitrário. Quem sofre mais?

Tim Goldich postou um capítulo de seu livro num website. Este foi um dos primeiros artigos que vi que realmente abriu meus olhos para a situação dos homens. No artigo, ele descrevia um artigo de um jornal de grande circulação, chamado "Uma política de estupro"[L01]. O artigo do jornal descrevia um campo de refugiados em uma zona de conflito, onde as mulheres que eram mandadas para coletar lenha para fogueira eram rotineiramente estupradas por milícias quando pegas. Horrível. Era um longo artigo, ao final do qual, de maneira improvisada, o jornalista menciona ter perguntado às mulheres: "se vocês continuam sendo estupradas, por que não mandam os homens buscar lenha?".

As mulheres respondeu: "Quando homens vão, eles são mortos. Quando mulheres vão, elas são apenas estupradas".

E foi isso. Esta foi a única menção sobre o que os homens estavam enfrentando. Nós temos um massivo ponto cego, Karolina, quando se tratam dessas coisas. E se você de alguma forma acha que as coisas são diferentes no terceiro mundo, eu te sugiro olhar um pouco mais fundo. Nós não vemos o sofrimento dos homens aqui - por que deveríamos ver por todo lado? E é sempre bastante conveniente politicamente demonizar os homens de outras culturas. A única coisa mais eficaz que "eles virão maltratar nossas mulheres" é "eles são tão malignos que maltratam suas próprias mulheres".

Isto significa que eu pense que homens se dão mais mal em tais culturas? Não necessariamente. Isto depende da cultura e de como medimos o "se dar mal". Em certas coisas eles se dão mais mal, e em algumas outras não. Mas até que olhe honestamente para a situação real de Y, você não tem nenhuma afirmação racional para argumentar que X > Y.


Links

[L01]http://archive.is/EEpFk (A notícia original no NYTimes)

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Autor Karen Straughan
Link Original https://www.reddit.com/r/MensRights/comments/67jzr5/_/dgx2fbl/
Link Arquivado http://archive.is/Hcww1

domingo, 8 de outubro de 2017

GirlWritesWhatSelecta - 7

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Quem quiser uma cerimônia na igreja pode ter seu desejo negado.

Quem quer uma cerimônia em igreja quando a igreja não quer deve ter seu desejo negado. A não ser que esta linguagem seja parte da bula, sabe-se lá como você vai saber se não haverá igrejas levadas diante de tribunais de direitos humanos por discriminação.

Não tem como. A discussão não houve. A esquerda parece indisposta a discutir para começo de conversa, xingando qualquer um que mencione o assunto de intolerante.

E não, o negócio dos pronomes não é uma questão fundamentalmente diferente.

Se o lobby LGBT estivesse tranquilo quanto o "cada um no seu quadrado" isso não seria problema. Mas eles estão preparados para arrastar pessoas às cortes em razão de declinarem-se a fazer bolos de casamento, ou de ser videógrafo de casamento, ou de sediar o casamento em sua propriedade mesmo que tal propriedade sejam também as suas próprias casas.

O negócio dos pronomes não é uma questão fundamentalmente diferente. É perfeitamente análoga a esta situação.

Uma bula é proposta. Proponentes asseguram ao povo "não se preocupem, ninguém lhes forçará a usar pronomes, ninguém lhes forçará a casar dois machos em sua igreja, ninguém lhes forçará a fazer um bolo para um casório gay, ninguém os forçará a tirar fotos num casório gay ... Fala sério, a bula nem fala dessas coisas".

E então, não ficou sabendo? Assim que a bula é aprovada, todas essas coisas acabam acontecendo. Porque a bula não esclarece nenhuma dessas coisas. Pessoas acabam enfrentando batalhas judiciais longas e caras para proteger seus direitos religiosos. Mesmo em casos que eventualmente vencem, elas acabam gastando uma tonelada de dinheiro e por vezes perdem seus meios de subsistência.


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Autor Karen Straughan
Link Original https://reddit.com/r/MensRights/comments/731chy/_/dnn2orb
Link Arquivado http://archive.is/R7tC2

GirlWritesWhatSelecta - 6

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Desculpe-me, mas é por isso que este movimento não pode avançar! É porque está sendo estrangulado por reacionários e regressistas que querem nos levar de volta aos anos 1950. Não é assim que vocês dirigem um movimento e deveríamos discutir isso.

Bearing trouxe diversas preocupações válidas acerca das potenciais implicações do casamento entre pessoas do mesmo sexo na Austrália, particularmente sobre liberdade de expressão e religião.

Estas preocupações não foram abordadas em termos do que acontece a alguém que publicamente diz que discorda do casamento gay, igrejas que desejam abster-se de realizar cerimônias gays, negócios que não desejam participar de celebrações gays por questões religiosas etc.

Estes são os pontos onde os direitos constitucionais das pessoas entram em conflito.

Quais direitos devemos priorizar? O direito de um casal gay ter sua cerimônia em uma igreja específica? Ou o direito de aquela igreja em particular declinar de presidir uma união que viola suas crenças religiosas? O casal gay deveria ser forçado a ir a uma igreja diferente que esteja disposta a casá-los? Ou a igreja que eles demandam deveria ser forçada a casá-los?

Quando a Bula C-16 foi proposta no Canadá, a qual instanciaria identidade de gênero e expressão de gênero como categorias protegidas pelos nossos atos de direitos humanos, Jordan Peterson pronunciou-se e alertou a todos que passar a bula da forma que estava seria controle de expressão. Isto não meramente proibiria certos dizeres, mas forçaria as pessoas a engajar em certas expressões -- ela instanciaria um requerimento legal para que as pessoas usassem os pronomes preferidos de qualquer um que alegasse que não se identificam como cisgêneros.

Proponentes da bula disseram "oh, isso já é delírio paranoico! Isso nunca vai acontecer! Tira esse chapéu de papel-alumínio! Não tem sequer nada na bula que menciona pronomes! Pare de ser um preconceituoso transfóbico!". Um ministro conservador sugeriu que a linguagem da bula fosse expandida a fim de incluir uma cláusula garantindo que ela não coagiria legalmente pessoas a usar certas palavras ou discursos. Isto foi, obviamente, recusado, porque é claro que tal cláusula seria completamente desnecessário. A bula nada dizia sobre pronomes ou discurso forçado.

Poucos meses após a bula ter sido aprovada, o CUPE (o maior sindicato do Canadá) soltou um vídeo com a participação de um advogado "não-binário", que estava ensinando as pessoas sobre como elas deveriam usar os pronomes preferidos. A primeiríssima razão de sua lista foi "está na lei". Ele foi citar a Bula C-16 como instanciando em lei uma obrigação de usar os pronomes prediletos das pessoas.

Debaixo das condições descritas no vídeo de Bearing, eu votaria contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo - ainda que eu apoie totalmente.


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Autor Karen Straughan
Link Original https://reddit.com/r/MensRights/comments/731chy/_/dnmzyeu
Link Arquivado http://archive.is/cgxnF

GirlWritesWhatSelecta - 5

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OK, então, sob a Sharia, quando um homem e uma mulher estão por casar (seja o casamento arranjado ou não), eles assentam-se junto com seus advogados e negociam um mahr.

Este é o "presente da noiva". É uma soma de dinheiro que o homem empenha a ela como sua "garantia". (Sob a Sharia, mulheres casadas detêm sua renda e propriedade inteiramente para si mesmas, mas são intituladas a serem sustentadas pelos seus maridos. Basicamente, "o que é meu é meu e o que é seu é nosso, mozão". Isto é importante a fim de entender o real impacto do mahr.)

Mahr pode ser dinheiro, mas não precisa ser. Pode ser um presente em terras, outra propriedade real, gado, &c. Mas na maior parte dos casos, até onde se, inclui um presente de entrada em moedas de ouro, e o resto é considerado um "débito em papel" que a esposa pode invocar a qualquer momento.

As somas diferem, dependendo da classe e do status (e de quão bom o advogado da mulher seja). Quando meu amigo Aladdhin (nós chamamos ele de Alex) voltou ao Líbano para formalizar seu compromisso, o total acordado foi de $35.000, incluindo $4.000 em moedas de ouro como entrada e $31.000 deferidos. Esta não é uma soma pequena, dado que Alex trabalhava como "expo" e ocasionalmente cozinhava no Tony Roma por $14 a hora. Estamos falando de mais de um ano em salário bruto, próximo a um ano e meio depois dos impostos.

Outro colaborador meu, Saddadhin (Sam, também do Líbano), quando casou há 10 anos, negociou um mahr de quase $70.000. Sam trabalhava em três empregos (um integral, outro parcial, e um terceiro casual), inicialmente como expo no restaurante, então como cozinheiro gerente, como entregador em suas folgas, e renovando casas informalmente para o irmão, um contratante independente. Ele tem cinco filhos, incluindo duas gêmeas que devem ter uns 4 anos hoje em dia se não me engano.

Estes dois homens têm uma vantagem sobre homens voltando ao lar. Mesmo trabalhando nos trabalhos deles, eles ganham mais por ano que, digamos, uma pessoa média no Irã (renda média familiar anual de $8.000, mahr médio de mais de $50.000).

Então, de qualquer forma, o mahr existe para garantir que a mulher é sustentada no evento de algo der errado. Geralmente ele é atrelado no momento em que assinam, mesmo antes de estarem tecnicamente casados (de tal forma, se ele rompe o compromisso, ele está endividado em muito dinheiro). Além do mahr, mulheres, assim que oficialmente casadas, são intituladas a uma alimônia mensal se seus maridos divorciam-se sem causa. (E, interessantemente, se ela sente que ele não a está sustentando de acordo com a capacidade dele enquanto estão casados, ela pode requerer em uma corte judicial que ele a pague uma alimônia enquanto ainda estão casados, para cobrir necessidades como vestuário, artigos de higiene pessoal &c.)

Quando o homem morre, o mahr é extraído de suas propriedades antes de qualquer divisão na forma de herança a seus filhos. Ela pega as suas verbas compensatórias. Os filhos pegam uma parte do que sobrar, e se sobrar. Se não tiver o suficiente nas propriedades a fim de cobrir o montante, os pais ou irmãos dele podem ser requeridos a pagar. E claro, enquanto viúva, se ela tem pai, irmãos ou filhos vivos, ela está intitulada a ser sustentada por eles até recasar. Suas filhas também estão igualmente intituladas ao suporte financeiro dos irmãos (se tiver) até elas mesmas casarem. É por isso que sob a Sharia os filhos herdam o dobro da porção das filhas - porque eles também herdam a obrigação de seus pais em pagar por todas as necessidades das irmãs (comida, abrigo, educação &c).

Então, basicamente, se o homem divorcia-se de sua esposa sem causa (como é de seu direito), ele é obrigado a pagá-la o restante de seu mahr (usualmente dentro de um par de meses), e também a pagar-lhe uma alimônia mensal até ela morrer ou recasar. Se ele tem motivo, em alguns casos será absolvido da obrigação de pagar ambos, em alguns casos terá que pagar uma porção reduzida, e em alguns casos será obrigado a pagar um ou outro. Isto é, sua obrigação de pagar mahr e alimônia será reduzida ou eliminada se ele tem causa suficiente para divórcio. Mas se ele não tem causa, ele será posto para pagar ambas integralmente.

Teve muito clamor na mídia ocidental quando o Irã impôs regras mais estritas sobre o que constituiriam as "bases para divórcio" das mulheres.

Estas novas bases "mais estritas" incluíam:

  • ele não fez sexo com ela por seis meses ou mais;
  • ele tem um trabalho pelo qual a esposa sente-se humilhada;
  • se a situação no lar é tal que a esposa tenha que sofrer injúria física ou financeira, ou "injúria à sua dignidade" (isto incluiria ficar na mão das outras esposas, se ele tem mais de uma);
  • impotência por parte do marido;
  • se o marido não a engravidou nos cinco primeiros anos de casamento.

Isto parece bem injusto e sexista quando tudo que você ouve na mídia ocidental é que mulheres requerem bases legais para o divórcio, enquanto o homem pode divorciar-se por qualquer razão ou por razão nenhuma afinal.

Mas no Irã, mesmo após as novas diretrizes mais estritas serem promulgadas, 70% dos divórcios são iniciados pela mulher.

Certamente, meu amigo Alex pode (estritamente sob os termos da Sharia) divorciar-se de sua nova esposa por qualquer motivo, ou sem motivo algum, mas se ele não tiver um bom motivo, ele terá que pagar a ela $31.000 em um montante fixo dentro de poucos meses do divórcio, e também pagá-la uma alimônia mensal até ela morrer ou recasar. E os termos do casamento acerca do intitulamento de sua esposa ao seu sustento são tais que ele não pode simplesmente começar a poupar dinheiro a fim de economizar para este dia. Ele deve sustentá-la em um nível comensurável com sua renda e padrão social, ou ela pode requerer legalmente ter uma alimônia mensal paga diretamente por ele a ela de forma que ela possa ter belas roupas e sair para almoçar com as amigas e comprar cosméticos caros se ele puder proporcioná-los. Ele não terá permissão, se processado numa corte da Sharia, de mantê-la em farrapos enquanto ele está coletando uma boa renda.

Os costumes e requerimentos legais deste papel ativamente impedem-no de sequer divorciar de sua esposa só porque "não está 100% contente". Ele não pode economizar para o momento em que ele poderia dar-se ao luxo de assim o fazer e ainda provê-la como a lei requer.

Esposas podem às vezes assegurar um divórcio nas cortes sem bases (se elas forem persistentes, ou o homem não contesta, geralmente será concedido), mas se elas o fazem, o pior que acontece é que elas não conseguem ganhar a loteria. Elas vão embora com menos do que teriam, ou com nada.

Aqui no ocidente, nós ouvimos falar sobre como as filhas herdam metade do total que os seus irmãos herdam, mas nós não ouvimos falar que seus irmãos tornam-se seus sustentos financeiros legalmente obrigados quando o pai morre. Se eu fosse fazer meu próprio testamento, e soubesse que minha filha seria legalmente intitulada a ser sustentada financeiramente pelos meus filhos, eu deixaria praticamente toda minha herança aos meus filhos, e não apenas dar a eles o dobro do que deixaria à irmã deles. Eu certamente não lhes deixaria porções iguais, sabendo que munha filha jamais precisaria ser auto-suficiente e meus filhos seriam forçados a tomar responsabilidades por ela.

Nós no Ocidente costumamos ouvir sobre como as mulheres que querem divórcio precisam de bases, enquanto homens não, e como isso é injusto demais, porque implica que mulheres não tenham o mesmo direito de divórcio que os homens têm. Mas não ouvimos sobre o mahr e a alimônia que homens são obrigados a pagar se divorciarem-se sem motivos, e certamente não ouvimos falar sobre como, apesar disso, homens quase nunca se divorciam sem motivo, que mesmo sob essas condições a maioria dos divórcios é iniciada pela mulher, e que estas "bases" para divórcio incluem "ele trabalha no McDonals, e isso é vergonhoso para mim".

Nós ficamos sabendo sobre como homens sob a Sharia têm direito ao sexo com suas esposas, e isto é estupro. O que não ouvimos sobre é que se ele não tem sexo com ela por seis meses, ou não pode ter sexo com ela porque está impotente, ele será forçado a pagá-la toda aquela dinheirama e não terá sequer alguém para cozinhar para ele ou limpar sua casa enquanto trabalha 70 horas semanais para receber salário e manter-se longe da prisão.

Qual a diferença entre "se você não fizer sexo comigo, me é permitido, após tentar várias estratégias distintas como dar um gelo, dar palmadas na sua bunda dentro de certos limites legais para assegurar que não te desfigure ou cause dano permanente" (que é o que é dito sob a Sharia acerca dos direitos do marido ao sexo), e "se você não fizer sexo comigo, eu estou intitulada a ir embora com um total de sete anos de renda média familiar, mais alimônia, e se você não puder pagar vai preso (em um país islâmico, que não pode ser moleza se comparado aos EUA, francamente)"?

E eu quero que saiba que eu não endorso nada disso. Mas estamos recebendo uma representação seriamente enviesada de como as coisas funcionam em outras culturas.

Alguns países muçulmanos têm emendado suas leis para estipular que meninas herdam uma fatia igual a de seus irmãos na herança do pai. O que eles não fizeram foi emendar as leis que obrigam seus irmãos e maridos a financeiramente sustentá-las. Quando um homem herda, ele ainda tem que partilhar sua herança com as mulheres de sua família, e quando uma mulher herda seu quinhão agora igualitário, ela fica com tudo para ela. Como essa porra pode ser justa?

De qualquer forma eu espero que isso te ajude a compreender que nem tudo são flores e bombons para os homens nesses países, e que simplesmente não ouvimos falar sobre o outro lado das coisas aqui no Ocidente. Se tudo o que eu ouvisse fosse a mídia ocidental, eu estaria 100% certa de que as mulheres estão muito mal naquelas culturas. Mas sabendo o que eu sei, não estou tão certa disso.


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Autor Karen Straughan
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Masculinidade Tóxica e Feminilidade Tóxica [Karen Straughan]

Transcrição do Meu Discurso na Simon Fraser University Transcrição do Meu Discurso na Simon Fraser University Masculinidade Tó...