sábado, 13 de julho de 2019

Marxismo, Direitos dos Homens e os Meios de Reprodução (99%)

Marxismo, Direitos dos Homens e os Meios de Reprodução

Marxismo, Direitos dos Homens e os Meios de Reprodução

1 INTRO

Marx disse sobre o sistema industrial que as pessoas são profundamente alienadas dos 'meios de produção' - trabalho. O radicalismo político e social foi uma resposta a isso. Se Darwin estivesse vivo hoje ele comentaria que homens estão profundamente alienados dos 'meios de reprodução' - mulheres.

– Lionel Tiger, The Decline of Males 1

Por que as mulheres são conservadoras? Porque elas são o sexo privilegiado; porque elas não precisam depender dos rendimentos de suas próprias mãos ou cérebro. Como sexo, mulheres ocupam uma posição semelhante ao pequeno comerciante, porque elas possuem uma mercadoria para vender ou barganhar além de sua própria força de trabalho! Eis a chave do mistério da mulher moderna!

– RB Tobias and Mary E Marcy, Women as Sex Vendors 2

Se uma classe de pessoas faz todo o trabalho e a outra realiza todo o gasto, não é necessário ser um Karl Marx para concluir que a segunda dessas duas classes é a mais privilegiada.

– David Thomas, Not Guilty: The Case in Defence of Men 3

Para a maioria das pessoas que se identifica com a esquerda contemporânea, o paralelo entre a exploração de classe e a exploração que alegadamente embasa as relações entre homens e mulheres é óbvio. Assim como o proletariado é explorado e oprimido pela classe capitalista, da mesma forma mulheres são exploradas e oprimidas pelos homens.

De fato, toda a estrutura da teoria feminista (ou o que se passa como teoria entre feministas) é enraizada, conscientemente ou não, na teoria social marxista. Portanto, assim como sociólogos marxistas veem todas as instituições da sociedade (a família, o sistema educacional, a mídia de massa &c.) como controladas com vistas a perpetuar a dominância da burguesia, da mesma forma a teoria feminista vê estas mesmas instituições como controladas com vistas a perpetuar a dominância dos homens.

De fato, esta é uma característica compartilhada com outras ideologias esquerdistas radicais enraizadas em políticas de identidade. Cada uma postula a existência de uma imensa conspiração contra um grupo ostensivamente oprimido'. A única diferença é quem é parte e beneficiário da dita conspiração, e quem são as vítimas.

Para marxistas, os malignos conspiradores são os capitalistas; para nacionalistas negros, 'O Homem Branco'; para antissemitas, a culpa é 'dos judeus'; enquanto para as feministas, são os homens. Cada teoria apela a mentes simplórias procurando respostas simples, e mais importante, alguém para culpar.

Porém, as semelhanças entre as ideologias marxista e feminista não se encerram aqui. Bem como as suas análises da sociedade capitalista/patriarcal espelham uma à outra, assim também ocorre a seus antídotos. Portanto, tanto feministas quanto marxistas postulam uma futura utopia igualitária incompatível com o que agora é conhecido sobre a natureza humana e com as inatas e hereditárias diferenças tanto entre grupos quanto entre indivíduos.

É claro, nesses dias, algumas 'feministas moderadas' e conservadores que se identificam como feministas podem tentar minimizar a extensão do débito que feministas devem ao marxismo. Não obstante, entre feministas e marxistas, para não mencionar entre feministas-marxistas, marxistas-feministas, sociólogos, professores de Estudos do Gênero Feminino e outros tolos malditos profissionais que juntos perfazem a vanguarda intelectual custeada pelo estado do establishment esquerdo-liberal contemporâneo, é axiomático que o feminismo e o marxismo são não apenas compatíveis e complementares, mas além disso camaradas de armas ideológicos unidos na luta pelo fim de todas as formas de desigualdade e injustiça.

De fato, porém, minha própria visão é que o feminismo não é nem de esquerda e nem liberal. Em um futuro post (provisionalmente intitulado 'Fascismo Feminista: Da queima de sutiãs à queima de livros - ou por que o feminismo não é nem de esquerda e nem liberal mas em vez disso é de direita e reacionário'), eu expandirei esta teoria. Porém, por ora basta dizer que, na busca por entrincheirar e expandir os privilégios de um grupo já imensamente privilegiado (a saber, mulheres ocidentais), ele é obviamente de direita; ao passo que, ao fazer campanha para restringir pornografia, prostituição e outras atividades recreativas divertidas e saudáveis, para não falar da liberdade de expressão, ele é tudo menos liberal.

Neste post, porém, meu foco será mais estreito. Eu pretendo demonstrar que, apesar de suas comunalidades superficiais, o marxismo e a teoria feminista são fundamentalmente incompatíveis e que a alegação central do feminismo, a saber, que mulheres representam uma classe oprimida e desprivilegiada, é contrária não só à manifesta realidade da posição privilegiada das mulheres na sociedade ocidental contemporânea mas também pela teoria econômica marxista básica.

De fato, como os socialistas do começo do século XX Roscoe B Tobias e Mary Marcy reconheceram primeiramente, a teoria marxista pode até mesmo ser empregada para nos ajudar a compreender por que mulheres são tão privilegiadas quando comparadas a homens, tanto economicamente quanto na operação da lei.

Nesta visão, o feminismo é melhor visto, de um ponto de vista marxista, como uma forma de ideologia dominante projetada para beneficiar a classe capitalista, tanto pela expansão da disponibilidade do trabalho barato (id est, mulheres trabalhadoras) quanto por distrair a atenção da real opressão dos realmente desprivilegiados, que são, a bem da verdade, majoritariamente homens.

Em resumo, como escreveu Jim Goad, "Homens de todo mundo, uni-vos! Vocês não têm nada a recuperar a não ser suas bolas!"

2 O Erro de Engels

Onde então os marxistas, feministas, feministas-marxistas e marxistas-feministas tomaram o rumo errado ao tentar aplicar a teoria marxista à família e às relações entre os sexos. O problema ao que parece, começou cedo, não com as feministas, nem com o próprio Marx, mas com seu camarada, colaborador e patrocinador financeiro (capitalista) Friedrich Engels.

Em 'A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado', Friedrich Engels escreveu, numa famosa passagem bastante citada por feministas:

Na grande maioria dos casos hoje, pelo menos nas classes possessoras, o marido é obrigado a obter uma renda e sustentar sua família, e isto por si só lhe dá uma posição de supremacia, sem qualquer necessidade de títulos e privilégios legais. Dentro da família, ele é o burguês e a esposa representa o proletariado 4.

Esta é uma passagem muito citada por feministas antigas e seus descendentes intelectuais modernos. De fato, junto com 'A Sujeição das Mulheres' por Mill, pode-se argumentar que ela provê a fundação do feminismo moderno 5.

Porém, a análise de Engels neste parágrafo é, obviamente, não apenas errada, mas também fundamentalmente inconsistente com a própria análise marxista que Engels pretendeu aplicar e da qual ele mesmo foi co-formulador.

Pense nisso por um momento. De acordo com a teoria marxista, a característica definidora do proletariado na teoria marxista é esta, "não possuindo nem capital nem meios de produção, eles devem obter seu sustento vendendo seu trabalho". Esta é a própria definição do termo 'proletariado', como o termo é usado na teoria marxista ortodoxa.

Em contraste, a burguesia (i.e. os capitalistas) são definidos pela sua propriedade dos 'meios de produção (i.e. terra, fábricas e tudo o necessário para produzir bens para venda, exceto trabalho). Isto significa que, ao contrário do proletariado, eles não têm que vender seu trabalho, e são em vez disso capazes de subsistir, e de fato prosperar, ao empregar o trabalho de proletários e extrair deles 'excedente de trabalho' 6 (i.e. lucros).

Resumindo, o proletariado é obrigado a vencer seu trabalho para obter um sustento; o burguês/capitalista não, sendo capaz em vez disso de explorar o trabalho do proletário.

De fato, mesmo não-marxistas concordam que, sempre, ao longo da história, foram aqueles grupos na sociedade que eram obrigados a trabalhar para sobreviver - escravos, servos, os assim chamados 'escravos assalariados' e a habilmente nomeada 'classe trabalhadora' - que foram tratadas como 'oprimidas', desprivilegiadas e exploradas como consequência deste fato.

Em contraste, aqueles dispensados de ter que trabalhar - a assim chamada 'classe ociosa' ou 'ricos ociosos' - que eram sustentados pelo trabalho dos outros foram tratados como exploradores.

Como observa Murray Rothbard:

Sempre são os escravos que fazem o trabalho, ao passo que os senhores vivem em relativa ociosidade dos frutos do trabalho daqueles. Na medida em que os maridos trabalham e sustentam a família, ao passo que esposas desfrutam um estado mantido, quem então são os mestres? 7

Mesmo assim, feministas seguindo os passos de Engels equalizam a ostensiva 'opressão' da dona de casa precisamente com o fato que ela não tem que trabalhar para obter seu sustento mas em vez disso é sustentada pelo marido, e sua 'liberação' com a entrada no mundo da escravidão remunerada.

É quase como se o detentor de escravos fosse perversamente posto como 'oprimido' em razão de lhe ser negada a oportunidade de estafar-se por horas infindas nos seus campos de algodão 8, e alegasse 'liberação' pela virtude de estar acorrentado junto aos escravos.

[É claro, feministas responderão alegando que isto ignora o chamado 'trabalho não remunerado' em casa (i.e. serviço doméstico). Porém, como eu explico em meu post anterior intitulado 'Trabalho Não-Remunerado Ou Ócio Hiper-Remunerado: Por Que Serviço Doméstico Não É Realmente Trabalho', tais atividades não são qualificadas como trabalho para o tipo do qual alguém tem direito a exigir remuneração.]

Assim sendo, contrário a Engels, o fato que o marido é, nas próprias palavras de Engels, "obrigado a obter uma renda e sustentar sua família" não faz dele um burguês. Pelo contrário, isto faz dele o proletário quintessencial.

Em contraste, é a dona de casa, que é sustentada às expensas de seu marido, que ocupa a posição análoga ao burguês. ambos são poupados do trabalho e em vez disso são sustentados às expensas dos homens trabalhadores.

Engels, provavelmente sofrendo de uma infecção de cavalheirismo masculino mal-dirigida, não apenas erra; ele o faz precisamente em sentido contrário - e as feministas caíram nessa.

3 Os Meios de Produção e os Meios de Reprodução

É claro, esta análise deixa de fora a questão óbvia: por que as mulheres estão numa posição tão exaltada? Como elas conseguiram obter essa notável façanha de viver dos proventos do trabalho do homem?

A resposta deve ser procurada, mais uma vez, na teoria marxista ortodoxa - ainda que desta vez com uma pitada de sociobiologia.

Vamos primeiro lidar com o marxismo ortodoxo. A burguesia conduz como viver da labuta da classe trabalhadora, de acordo com a teoria econômica marxista, porque eles controlam o que marxistas referem-se como 'meios de produção'. Isto refere-se aos meios necessários para produzir bens e serviços para vender no mercado, e inclui itens como terra, fábricas, capital e, claro, trabalho.

Como então mulheres conseguem um feito análogo a este dos capitalistas quando a maioria delas não detém qualquer dos 'meios de produção'? 9

Eu submeto que a explicação se situa não no controle da mulher sobre os 'meios de produção', mas em vez disso na sua detenção dos meios de reprodução - a saber, suas vaginas, úteros, ovários &c.

A essência dessa ideia foi primeiro capturada pelos socialistas americanos Roscoe B Tobias e Mary Marcy, esta última uma mulher socialista vagamente famosa do começo do século XX, aquele o seu irmão, em seu notável porém largamente esquecido livro, Women as Sex Vendors 10 (o qual eu revi aqui).

Aqui, Tobias e Marcy escrevem:

Como sexo, mulheres ocupam uma posição semelhante ao pequeno comerciante, porque elas possuem uma mercadoria para vender ou barganhar além de sua própria força de trabalho. Homens, enquanto sexo, são compradores ou cambistas desta mercadoria. 11

Resumindo, como eles colocaram na sinopse da edição original de 1918, "mulheres ocupam uma posição semelhante ao pequeno comerciante, porque elas possuem uma mercadoria para vender ou barganhar além de sua própria força de trabalho".

Portanto, de acordo com outro socialista antifeminista do começo do século XX, Ernest Belfort Bax, a tese de Tobias e Marcy pode ser sumarizada assim:

A situação social e economicamente privilegiada da mulher em nossa sociedade existente … pode ser deduzida do fato que mulheres são as monopolistas de uma mercadoria vendível ou permutável necessária para a vasta maioria dos homens - mais precisamente, seu sexo. 12

Em outras palavras, enquanto o homem proletário famosamente 'não tem nada a vender exceto seu trabalho', o mesmo não é verdadeiro de mulher alguma, independente de sua classe socioeconômica. Ela tem algo mais a vender - a saber, o próprio corpo.

[Na verdade, estritamente falando, prostitutas (e esposas) não 'vendem seu corpo', como diz o clichê. Afinal, quando alguém vende algo, permanentemente perde a propriedade deste algo (a não ser que esteja preparado para comprar de volta). Porém, após contratado o ato de sexo, a prostituta retém a propriedade de seu corpo. O que prostitutas fazem então não é bem 'vender seus corpos', no máximo temporariamente alugar acesso a certos orifícios específicos. O aluguel é tipicamente de termo rígido e livremente negociada e representa, no sentido estritamente legal, uma licença e não um arrendamento.]

Assim, como a inestimável Esther Vilar aponta:

Na idade de doze, maioria das mulheres decidiu tornarem-se prostitutas. Ou, para dizer de outra forma, elas planejaram um futuro para si mesmas que consiste em escolher um homem e deixá-lo fazer todo o trabalho. Em troca disso, elas estão preparadas para deixá-lo fazer uso de sua vagina em certos momentos dados 13

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4 Do Marxismo à Sociobiologia

Claramentre, isto por sua vez traz a questão de como é possível ser dito que mulheres detêm os 'meios de reprodução'? Afinal, ambos mulher e homem, espermatozoide e óvulo, são necessários para produzir uma prole humana. Assim, não obstante o estatuto proclamado orgulhosamente de mulheres como 'portadoras da vida', ambos homem e mulher são necessários para criar vida humana.

Para responder a esta questão, devemos nos voltar da teoria pseudocientífica marxiana do século XIX para a biologia evolutiva do século XXI - em particular as ciências contemporâneas da sociobiologia, ecologia comportamental e psicologia evolutiva.

O entendimento chave subjacente ao entendimento da maioria das diferenças, tanto físicas quanto comportamentais, ente homens e mulheres e outros animais é o que biólogos referem como 'Princípio de Bateman'14. De acordo com esta lei fundamental da biologia comportamental, como posteriormente formalizada e elaborada por Robert Trivers como 'teoria dos investimentos parentais diferenciados', o sexo que faz maior investimento na prole é competido pelo sexo que faz menor investimento.15

Para reproduzir-se com sucesso, uma mulher na AAE16 deve, no mínimo, investir não somente no óvulo, mas em uma gestação de nove meses, mais algum tempo de cuidados pueris. Em contraste, reprodução pode custar a um homem humano nada mais que os custos envolvidos na produção de uma simples ejaculação, mais a energia dispendida no intercurso.

Como resultado, um homem pode aumentar o número de sua descendência (i.e. sua aptidão darwiniana) copulando com múltiplas fêmeas, e com quanto mais fêmeas ele copular, tudo mais estando igual, mais descendência ele estará propenso a ter.

Em contraste, dadas as demandas da gravidez, uma fêmea humana só pode produzir um descendente a cada ano no máximo (com exceção de gêmeos), não importando com quantos homens ela faça sexo. Com a adição das demandas de cuidado (i.e., na ausência de amas-de-leite ou mamadeiras, ambas as quais estariam ausentes naquilo que os psicólogos evolucionistas chamam de AAE), isto é reduzido para um filho a cada alguns anos ou mais, em razão da supressão de fertilidade devida à amamentação.

Portanto as fêmeas são mais seletivas na escolha de seus parceiro sexuais que os homens. Assim, em uma delicioda demonstração deste princípio, os psicólogos Clark e Hatfield descobriram que, enquanto 72% dos homens abordados concordariam em ir para a cama com uma mulher estranha que lhes abordasse com um pedido neste sentido em um campus universitário, nenhuma das 96 mulheres abordadas concordaria com o mesmo pedido de um experimentador masculino semelhantemente atraente 17. (A percentagem de mulheres que processaram a universidade por assédio sexual nunca foi revelada.)

Isto então dá às mulheres seu poder sexual sobre os homens, refletindo o que é conhecido por vezes como 'princípio do menor interesse'.

Uma estratégia adotada pelas fêmeas em várias espécies, a humana inclusa, é exigir recursos materiais de machos a fim de acesso sexual.

Assim, o notório psicólogo evolutivo David Buss escreveu: "A evolução da preferência da fêmea por machos que oferecem recursos pode ser a mais antiga e pervasiva base para a escolha da fêmea no reino animal" 18

John Alcock, em seu livro-texto sobre comportamento animal, relata:

Uma demonstração clássica desta estratégia vem do estudo de Randy Thornhill sobre a mosca-escorpião de ponta preta, cujas fêmeas fazem a cópula, e a subsequente fertilização dos óvulos, contingente ao recebimento de um presente nupcial comestível. Fêmeas recusam-se plenamente a copular com machos que oferecem joaninhas impalatáveis e só permitem o início da cópula quando o presente é comestível. Se, porém, a fêmea pode consimur o presente em menos de cinco minutos, ela finaliza e separa-se do seu parceiro sem ter aceito esperma algum. Quando o presente é grande o bastante para manter a fêmea em cópula ocupada por vinte minutos, ela sai com entranhas cheias e um complemento cheio do esperma do doador do presente. 19

Padrões de prostituição também confirmam que, a respeito dos favores sexuais, mulheres são vendedoras e homens são compradores

De fato, na medida em que existe prostituição de homens, eles servem, em sua enorme maioria, não mulheres mas em vez disso homens homossexuais. Como o pioneiro sociólogo-que-tornou-se-sociobiólogo Pierre Van Den Berghe observa, "O homem prostituto, a menos que atenda homossexuais, é uma redundância econômica, constantemente erodito pela ansiosa competição amadora" 20.

De fato, este padrão não é meramente restrito à prostituição aberta mas estende-se, de uma maneira ou outra, a todas as formas de cortejo e pareamento heterossexual.

Assim, como eu escrevi noutra ocasião:

Todo o processo de cortejo convencional na sociedade ocidental é predicado na prostituição - da expectativa social que o homem pague o jantar no primeiro encontro, à obrigação legal de que ele continue a sustentar sua ex-esposa, mediante manutenção e alimônia, por tudo até dez ou vinte anos após ele tardiamente livrar-se dela. O Dicionário Inglês Oxford define prostituta como 'pessoa que engaja intercurso sexual mediante pagamento'. Esta não é a definição de prostituta. É a definição de mulher! A característica distintiva das prostitutas não é que elas façam sexo por dinheiro - é que elas forneçam tão excelente valor para os homens.

Em resumo, como Tobias e Marcy escrevem no título de sua esquecida obra-prima do século XX, mulheres são vendedoras sexuais.

5 Mulheres como a Classe Capitalista da Natureza

Mulheres, a exemplo dos rebentos dos grandes capitalistas, são portanto abençoadas pelo nascimento com a propriedade sobre uma mercadoria, além de seu próprio trabalho, que serão capazes de vender no mercado - a saber, acesso sexual a seus vários orifícios.

Esta é uma mercadoria cujo valor é fácil subestimar.

Assim, como temos visto, Tobias e Marcy igualam mulheres com o que Marx desdenhosamente cunhou 'pequena burguesia', ao escreverem, "mulheres ocupam uma posição semelhante ao pequeno comerciante, porque elas possuem uma mercadoria para vender ou barganhar além de sua própria força de trabalho".

Porém, ao igualar mulheres exclusivamente com "o pequeno comerciante", Tobias e Marcy subestimaram vastamente o preço potencial da xota.

Algumas mulheres podem de fato vencer seu sexo barato - e.g. a prostituta ou a esposa de um humilde trabalhador manual. Porém, outras mulheres conseguem comandar um preço que é, sob qualquer medida, positivamente exorbitante - e.g. a indolente esposa parasítica de um magnata multimilionário ou da realeza.

A esposa do magnata multimilionário é portanto a predadora máxima, ocupando uma posição ainda maior an cadeia econômica que seu marido. Mulheres têm, desde muito que os pesquisadores da indústria do marketing sabem, dominado quase todas as áreas de gastos de consumo.

Afinal, dado que homanos têm evoluído mediante seleção natural ultimamente para maximizar sua habilidade inclusiva ou sucesso reprodutivo, a vantagem das mulheres é, em termos sociobiológicos, mais fundamental que a dos capitalistas. Os capitalistas podem controlar os meios de produção, mas as mulheres controlam os meios de reprodução.

Como o pioneiro sociólogo-que-tornou-se-sociobiólogo Pierre Van Den Berghe escreve:

A medida última do sucesso humano não é produção, mas reprodução. Produtividade econômica e lucro são meios para fins reprodutivos, não fins em si mesmos. 21

Produção, ultimamente, em termos darwinianos, é meramente um meio de reprodução. Reprodução é o propósito último da vida.

Portanto, apesar de todo seu radicalismo ostensivo, parece que Karl Marx, em sua ênfase econômica ('produção') às expensas do sexo ('reprodução'), era apenas outro puritano sexual vitoriano.

Assim, se, como marxistas afirmam, capitalistas abastados controlam a economia capitalista, então as mulheres que são esposas de capitalistas abastados mediante seu poder de compra e controle sobre a riqueza gerada pelo empreendedorismo de seus maridos.

Como observou Schopenhauer, enquanto "homens lutam em tudo por uma dominação direta sobre as coisas, ou compreendendo-as ou subjugando-as, … mulheres estão em todo canto e sempre relegadas em uma mera indireta, que é obtida por meio de um homem, que consequentemente é a única coisa que ela tem de dominar diretamente" 22

Ou, como pôs Aristóteles há uns dois milênios, "Que diferença faz se a mulher governa ou se os governantes são governados por mulheres? O resultado é o mesmo". 23

Assim, como observa Bertrand Russell:

O mundo está cheio de pessoas ociosas, em sua maioria mulheres, que têm pouca educação, muito dinheiro, e consequentemente grande autoconfiança … especialmente na América, onde homens que fazem dinheiro na maioria das vezes estão ocupados demais para gastar tempo consigo mesmos, a cultura é largamente dominada por mulheres cujo único crédito de respeito é que seus maridos possuem a arte de serem ricos. 24

Portanto, mulhers são de fato capitalistas por nascimento, mas nem sempre da variedade pequeno-burguesa.

Feministas não se cansam de lembrar-nos que homens, em média, ganham mais dinheiro que mulheres. isto é de fato verdadeiro - não menos porque homens trabalham mais horas, em serviços mais perigosos e condições de trabalho desagradáveis por uma grande proporção de suas vidas 25.

Porém, o que elas negligenciam em apontar é que, enquanto homens podem ganhar mais dinheiro que mulheres, pesquisadores da indústria de marketing têm há muito percebido que são as mulheres que controlam a maior parte, alguns estimando que elas controlem por volta de 80% dos gastos de consumo.

Como observa David Thomas, "…Se uma classe de pessoas faz todo o trabalho e a outra realiza todo o gasto, não é necessário ser um Karl Marx para concluir que a segunda dessas duas classes é a mais privilegiada".26

Como observou Leo Tolstoy, antes e agora, basta ir às vias de qualquer shopping, especialmente as entre as mais caras lojas vendendo joias ou roupas de designers superfaturadas para ver quem gasta mais dinheiro, e para quem estes produtos são anunciados

Dez ou doze passagens constindo de sólidas linhas de lojas magníficas com imensas janelas de vidro estão todas cheias de todos os tipos de artigos - exclusivamente femininos - panos, laços de vestido, gemas, calçados, adornos para casa, peles e por aí vai. Todas essas coisas custam milhões e milhões, todos esses artigos não são de uso, não apenas para trabalhadores, mas até para os abastados - são todos entretenimentos e adornos para mulheres … e todos esses artigos estão sob poder e nas mãos de umas poucas centenas de mulheres, que em caros peles e chapéus da última moda passeiam por estas lojas e compram estes artigos, que são por eles manufaturados. Algumas centenas de mulheres arbitrariamente dispõem da labuta de milhões de trabalhadores, que trabalham para sustentar a si mesmos e às suas famílias. Dos caprichos dessas mulheres depende o destino, as vidas de milhões de pessoas. 27

6 Do Poder Econômico ao Poder Social e Político

Porém, as análises marxistas da sociedade capitalista não param na análise econômica que reside em sua fundação. Pelo contrário, estendem-se para análises sociológicas e políticas.

A teoria marxista é geralmente descrita como uma forma de 'determinismo econômico'. Marxistas mantêm que a ideologia e instituições prevalecentes numa dada sociedade refletem as relações econômicas entre membros desta sociedade. Assim, a economia determina ultimamente a cultura - ou, na terminologia marxista, a 'base econômica' determina a 'superestrutura'.

Em outras palavras, grupos economicamente poderosos dentro da sociedade convertem seu poder econômico em poder social e político ao controlar a cultura e as instituições da sociedade a fim de promover seus próprios interesses e contínua dominância sobre o restante da sociedade.

Nesta visão, todas as instituições centrais da sociedade capitalista ocidental - e.g. a mídia de massa, o sistema judicial criminal, as cortes judiciais em geral e o sistema educacional - funcionam, ultimamente, para manter e perpetuar a dominância da classe capitalista.

Portanto, o sistema legal funciona para manter os direitos de propriedade, o sistema educacional para reproduzir o sistema de classe na próxima geração e inculcar valores capitalistas nas mentes jovens, enquanto a mídia existe para propagar a ideologia dominante da classe no poder entre as massas maleáveis.

Estendendo sia análise marxiana-masculinista das relações puramente econômicas para as instituições sociais e políticas da sociedade, Tobias e Marcy escrevem:

As leis de hoje em dia protegem os donos de propriedade e os economicamente poderosos. Quanto mais poder econômico um grupo, classe ou sexo detém, mais o estado lança o manto de suas leis protetiva sobre o mesmo. Mulheres são proprietárias de uma mercadoria da qual homens são compradores ou cambistas, e nossas leis modernas protegem mulheres às custas dos homens. 28

Isto portanto explica a discriminação contra homens que opera em muitas áreas da lei, não apenas nos tempos de Tobias e Marcy, mas também nos sistemas legais do sistema ocidental moderno e ostensivamente igualitário.

Assim, por exemplo, nas cortes criminais, homens agressores são sentenciados a penas mais severas que mulheres agressoras culpadas dos mesmos delitos 29, e agressores tanto homens quanto mulheres são sentenciados mais severamente quando vitimam mulheres do que quando vitimam homens 30, com homens agressores que vitimam mulheres os mais severamente sentenciados dentre todos 31.

Semelhantemente, diante das varas de famíliam mulheres são agraciadas com a custódia da prole em preferência dos pais na esmagadora maioria dos casos em que pais se preocupam em contestar a questão 32.

Em outros pontos, a lei por vezes discrimina explicitamente contra homens, por exemplo, acerca de direitos de pens]ap 33, valores de seguros 34, direitos de aborto 35 ou defesas criminais 36.

7 Feminismo como "Ideologia Dominante"

Porém, de acordo com o 'determinismo econômico' do marxiana-masculinista ortodoxo, as relações econômicas entre as classes (a 'base econômica' da sociedade) determina não apenas as leis operantes, mas também os valores e crenças culturais, sociais, políticas e filosóficas prevalecentes na sociedade em questão.

Isto é por vezes referido como a 'ideologia dominante' da sociedade, e é pensada para refletir os interesses da classe econômica dominante naquela sociedade.

Assim, os valores e crenças largamente adotados na sociedade capitalista ocidental, e promovidas pela mídia de massa, sistema educacional &c. são, nesta visão, pensados como aqueles que beneficiam a classe dominante capitalista na sociedade ocidental ('vendedoras sexuais' inclusas).

Esta mesma análise pode então certamente ser empregada para explicar o próprio feminismo.

Afinal, o que representa o ponto de vista ou ideologia dominantes acerca dos papéis de gênero e as relações entre os sexos na sociedade contemporânea ocidental? A resposta, é claro, é o feminismo.

De fato, não obstante suas deficiências intelectuais, nenhuma ideologia ou sistema de crenças tem sido tão inexoravelmente promovido pela mídia de massa, establishment acadêmico e sistema educacional como tem sido o feminismo moderno. Como eu já escrevi noutro lugar, partindo de originalmente retratando-se a si mesmo como um radical desafio ao status quo, o feminismo passou a representar um dogma contemporâneo sacrossanto cujos axiomas centrais um indivíduo (em especial homem) pode publicamente questionar somente sob grave risco à sua reputação e meios de vida.

Por que então a mídia capitalista e o establishment acadêmico e político promovem a ideologia feminista tão implacavelmente? Como o feminismo beneficia a classe capitalista dominante na sociedade ocidental?

A resposta, para qualquer um familiar com o básico da teoria econômica marxista, deve ser óbvio. De fato, literalmente ela está na cara, em uma extensão tal que é de se pensar como tão poucos pretensos intelectuais marxistas (à exceção de Bax, Marcy e Tobias) falharam em reconhecê-la e em vez disso fisgaram a propaganda burguesa.

Ao promover a ideia que mulheres casadas, em vez de se devotarem a manter a casa e cuidar dos filhos, deveriam perseguir carreiras fora de casa assim como fazem os homens, o feminismo aumenta o suprimento de trabalho disponível para os capitalistas.

Um aumento de suprimento de trabaçho cria uma maior competição por empregos, que, por sua vez, derruba os salários, um benefício óbvio para os empregados capitalistas.

Além disso, desde que mulheres casadas permanecem financeiramente sustentadas, ao menos em parte, por seus mnaridos, isto significa que elas podem se dar ao luxo de trabalhar por menos que um homem solteiro, quanto mais homens casados e pais (de quem ainda se espera que sustentem a esposa e filhos além de si mesmos). Isto significa que mulheres derrubam os salários que empregados homens de outra forma são capazes de comandar, beneficiando ainda mais os empregadores capitalistas.

Isto levou o iconoclasta anticapitalista e antifeminista Rich Zubaty a controversamente descrever o feminismo como "o maior movimento fura-greve 37 da história".

Assim, como observa o antifeminista Neil Lyndon:

As mudanças que foram tratadas como vitórias do espírito emancipatório entre as mulheres foram todas condutoras para o desenvolvimento do capitalismo … e a longa marcha da esquerda rumo à identificação da classe que deveria ser a dissolução de todas as classes simplesmente resultou na criação de uma classe maior de escravos remunerados exigidos por mercados nacionais e internacionais. 38

Nesta visão, não é de se surpreender que o levante do feminismo moderno nos anos 1970 foi concomitante com uma mudança na estrutura econômica da sociedade ocidental - a saber, o declínio da indústria pesada, manufatura e trabalho manual, onde a força física masculina era um bônus, e o surgimento do 'setor de serviços', uma área de emprego onde mulheres são com alguma razão mais aptas.

Pelo contrário, esta observação é eminentemente compatível com o 'determinismo econômico' da teoria marxista ortodoxa, onde se presume que uma mudança na 'ideologia dominante' ou 'superestrutura' sempre é precedida e determinada por uma mudança anterior na 'base econômica'.

De qualquer forma, aceitemos ou não o 'determinismo econômico' rígido do marxismo ortodoxo, é claro que o feminismo liderou o caminho de ajudar a realizar, ou no mínimo, de fornecer uma justificativa retroativa chave para, a mudança nos padrões de emprego entre mulheres casadas que foi indiscutivelmente benéfica aos empregadores capitalistas.

Um efeito colateral anexo a isso foi, é claro, desemprego masculino em massa e extenso colapso da unidade familiar, com homens perdendo seu tradicional papel como arrimos de família, e a família nuclear tradicional sendo substituída por aquilo que Warren Farrell chama de "uma nova família nuclear: mulher, filhos e governo", com mães solteiras cada vez mais subsidiadas pelo dinheiro dos pagadores de impostos mediante o sistema de bem-estar social, e pais cada vez mais supérfluos como requisitos.

Porém, para os capitalistas isso era de pouca preocupação. O ponto chave era que, independente da desordem civil e perigo psicológico, a produção e consumo capitalistas continuaram inabalados.

Enquanto isso, além desses benefícios puramente econômicos, o feminismo ofereceu um benefício político e ideológico adicional para as elites dominantes - a saber, o feminismo distrai a atenção da real opressão dos grupos realmente desprivilegiados - e.g. coletores de lixo, mineiros de carvão e os sem-teto (dos quais são todos, é claro, majoritariamente homens).

O feminismo portanto permitiu sucessivas ondas de governos resolutamente capitalistas de todas as matizes políticas dissimuladamentre posarem como radicais ao proxenetar para os caprichos de feministas hiperprivilegiadas de classe média em vez de fazer qualquer coisa a fim de lidar com a genuína desigualdade, opressão e pobreza.

Nesta visão, como o marxista masculinista do final do século XIX para o início do século XX Ernest Belfort Bax sugeriu em 1913, "a agitação anti-homem [i.e. feminismo] forma uma capital distração para atrair a população da oposição de classe, ao substituir o antagonismo de sexo em seu lugar" 39.

Além disso, neste assunto o feminismo tem sido notoriamente bem-sucedido. Enquanto o socialismo radical está nada menos que moribundo ao longo d mundo todo, o feminismo agora reina triunfante por todo o ocidente, seu dogma principal, a saber a ostensiva 'opressão' feminina, sendo aceito como como axioma inquestionável por toda a academia, a mídia mainstream e partidos políticos de todo o espectro.

Nesta visão, o feminismo serviu a propósitos tanto políticos quanto econômicos para a classe capitalista dominante, e foi uma estratégia esmagadoramente bem-sucedida em ambos os aspectos.

Não obstante, longe de serem os radicais revolucionários de esquerda por suas próprias imaginações, as feministas foram, nessa visão, pouco mais que ferramentas ingênuas e insensatas, 'idiotas úteis' para, e instigadoras da própria exploração capitalista que elas e seus aliados esquerdistas pretendiam se opor.

O feminismo pode então ser reduzido a uma forma do que os marxistas aptamente nomearam 'falsa consciência'.

8 META

Tabela 1: META
Título Marxism, Men's Rights and the 'Means of Reproduction'
Autor V. E. Lane
Link https://mensrightsreview.com/2017/05/15/marxism-mens-rights-and-the-means-of-reproduction/
Arquivo http://archive.is/9JWXO

Notas de Rodapé:

1

Tiger, L (1999) The Decline of Males (New York: St Martin's Press): at p27.

2

Tobias, RB & Marcy, ME (1918) Women as Sex Vendors or, Why Women Are Conservative (Being a View of the Economic Status of Woman) – este preciso fraseado é retirado da sinopse da edição original.

3

Thomas, D (1993) Not Guilty: The Case in Defence of Modern Man: at p80.

4

Engels, F (1884) The Origin of the Family, Private Property, and the State. Interessantemente, o uso por Engels da frase "sem qualquer necessidade de títulos e privilégios legais" na passagem citada parece conceder implicitamente que, contrário à ortodoxia feminista prevalente, homens não têm privilégios legais explícitos sobre as mulheres - mesmo no supostamente 'patriarcal' final do século XIX quando estas palavras foram cunhadas. De fato, mesmo ali, virtualmente todos os privilégios legais, seja na lei familiar, na trabalhista, ou diante das cortes criminais, repousa sobre as mulheres.

5

Sim, o feminismo, a exemplo do engenho de combustão interna, o microcomputador, o marxismo e as armas nucleares, foi largamente criado por homens. Em um certo sentido, só temos a nós mesmos para nos culpar.

6

mais conhecido como 'mais-valia'

7

Rothbard, Murray (1970) "The Great Women's Liberation Issue: Setting It Straight" The Individualist, May.

8

se quiser localizar, pense nas fazendas brasileiras de cana-de-açúcar

9

É claro, algumas mulheres podem deter tais coisas, geralmente de forma indireta mediante a propriedade de seus maridos sobre tais coisas, e sua própria propriedade efetiva sobre seus maridos debaixo das atuais leis de casamento. Além disso, mulheres, como temos visto, em um certo sentido controlam o trabalho de seus maridos, no que beneficiam-se de e são sustentadas por ele, e o trabalho por si só é um 'meio de produção' essencial. Porém, estes são precisamente os fatos que estamos tentando explicar aqui.

10

Tobias RB & Marcy M (1918) Women as Sex Vendors (Chicago: Charles H Kerr and Company Cooperative, 1918).

11

Tobias RB & Marcy M (1918) Women as Sex Vendors: p12-13.

12

Bax, EB (1918) The Woman Question and Marxian Historical Materialism, Justice (19th December): at p7.

13

Vilar, E (2008) The Manipulated Man (Londond: Pinter & Martin 2008): p24-5.

14

Bateman, A.J. (1948), Intra-sexual selection in Drosophila Heredity, 2 (Pt. 3): 349–368.

15

Trivers, R. L. (1972) Parental investment and sexual selection. In B. Campbell (Ed.) Sexual selection and the descent of man, 1871-1971 (pp 136–179). Chicago, Aldine.

16

Ambiente de Adaptação Evolutiva.

17

Clark & Hatfield (1989) 'Gender differences in receptivity to sexual offers' Journal of Psychology & Human Sexuality 2:39-53 (Supostamente este estudo foi a inspiração para a faixa do British 90s Dance "Would you go to bed with me?", alcançando o terceiro lugar nas paradas britânicas e tocada nas rádios por muitos anos.)

18

Buss D (2003) The Evolution of Desire: Strategies of Human Mating (Basic Books 2003): at p22.

19

Alcock J (2001) Animal Behavior: An Evolutionary Approach (Seventh Edition) (Sunderland, Massachusetts: Sinauer Associates 2001): p343.

20

Van Den Berghe, P (1979) Human Family Systems: An Evolutionary View (New York: Elsevier 1979): p60-1.

21

Van den Berghe, P (1987) The Ethnic Phenomenon (Westport: Praeger 1987)

22

Schopenhauer, A (1850) On Women.

23

Aristotle (c. 340 BCE) Politics, Book 2.

24

Russell, B 'The Case for Socialism', in In Praise of Idleness (1935).

25

Farrell, W (2005) Why Men Earn More (which I have reviewed here).

26

Thomas, D Not Guilty: The Case in Defence of Modern Man (1993).

27

Tolstoy L (1900) 'Need it be So?'; Similarmente, num contexto contemporâneo, Warren Farrell faz basicamente a mesma observação, concluindo "em meu próprio exame dos grandes centros de compras … eu descubro que sete vezes o espaço em piso é devotado aos itens pessoais de mulheres em relação ao de homens" e que "os espaços mais valiosos são devotados aos itens femininos" (Myth of Male Power: p33; p374).

28

Tobias RB & Marcy M (1918) Women as Sex Vendors: p52.

29

Daly K, Bordt, RL (1995) Sex effects and sentencing: An analysis of the statistical literature Justice Quarterly 12(1); Spohn, C and Beichner, D (2000) Is Preferential Treatment of Female Offenders a Thing of the Past? A Multisite Study of Gender, Race, and Imprisonment, Criminal Justice Policy Review, 11(2): 149-184; Shapiro, A (2000) Unequal Before the Law: Men, Women and the Death Penalty American University Journal of Gender, Social Policy & the Law 8(2): 427-470; Mustard DB (2001) Racial, Ethnic and Gender Disparities in Sentencing: Evidence from the US Federal Courts, Social Science Research Network XLIV:285-314; Streib VL (2001) 'Sentencing Women to Death' Criminal Justice Magazine 16(1); Streib V (2006) Rare and Inconsistent: The Death Penalty for Women, 33 Fordham Urban Law Journal 609; Streib V (2002) Gendering the Death Penalty: Countering Sex Bias in a Masculine Sanctuary, 63 Ohio State Law Journal 433; Curry, TR, Lee G and Rodriguez, SF (2004) Does Victim Gender Increase Sentence Severity? Further Explorations of Gender Dynamics and Sentencing Outcomes, Crime & Delinquency 50(3): 319-343; Rodriguez, SF, Curry, TR, & Lee G (2006) Gender Differences in Criminal Sentencing: Do Effects Vary Across Violent, Property,and Drug Offenses? Social Science Quarterly 87(2): 318; Blackwell BS, Holleran D & Finn MA (2008) The Impact of the Pennsylvania Sentencing Guidelines on Sex Differences in Sentencing Journal of Contemporary Criminal Justice 24(4): 399-418; Embry R & Lyons P (2012) Sex-Based Sentencing: Sentencing Discrepancies Between Male and Female Sex Offenders, Feminist Criminology 7(2):146–162; Starr, SB, (2012) Estimating Gender Disparities in Federal Criminal Cases. University of Michigan Law and Economics Research Paper, No. 12-018 (August 29, 2012).

30

Beaulieu & Messner, Race, Gender, and Outcomes in First Degree Murder Cases Justice Quarterly (1999) 3(1): 47-68; Curry, Lee & Rodriguez Does Victim Gender Increase Sentence Severity? Further Explorations of Gender Dynamics and Sentencing Outcomes, Crime & Delinquency, (2004) 50(3):319-343; Williams & Holcomb, The Interactive Effects of Victim Race and Gender on Death Sentence Disparity Findings (2004) Homicide Studies 8(4):350-376; Curry, The conditional effects of victim and offender ethnicity and victim gender on sentences for non-capital cases Punishment & Society (2010) 12(4):438-462.

31

Curry, Lee & Rodriguez (2004) Does Victim Gender Increase Sentence Severity? Further Explorations of Gender Dynamics and Sentencing Outcomes, Crime & Delinquency, (2004) 50(3):319-343.

32

Por exemplo, em The Second Sexism, David Benatar reporta "nos EUA pais ganham a custódia unilateral dos filhos em uns 10% dos casos e mulheres em quase três quartos" e "em casos de requerimentos conflitantes para custódia física, os requerimentos das mães pela custódia são concedidos o dobro das vezes que o dos pais", enquanto "em 90% dos casos aonde havia um requerimento inconteste pela custódia física materna das crianças a mãe teve concedida essa custódia", ao passo que ela foi concedida "em apenas 75% dos casos onde houve um requerimento inconteste pela custódia física paterna" (p50). Apesar de a Suprema Corte declara em 1979 que a discriminação contra homens em disputas de custódia era inconstitucional, as cortes e legislaturas facilmente evadiram desta proscrição ao favorecer em vez disso o assim-chamado 'cuidador primário' (The Privileged Sex: p177), um caso claro de discriminação indireta, dado que 'cuidador primário' é definido de tal forma a ser majoritariamente mulher.

33

No Reino Unido, mulheres ainda são aptas a receber pensões do estado em idade inferior à do homem. Isto apesar do fato que homens trabalham mais, aposentam-se mais tarde e morrem mais cedo que mulheres - um caso bem forte pode ser feito em favor de homens serem aptos a receber suas pensões mais cedo! Enquanto o Reino Unido vetou outras formas de discriminação sexual no Sexual discrimination Act de 1975, a equalização da eligibilidade da pensão estatal, ainda que demandada pela Corte da União Europeia, tem sido repetidamente postergada por sucessivos governos. De acordo com a corrente agenda, após setenta anos de flagrante discriminação, a idade em que homens e mulheres estão aptos a requerer pensões do estado não será finalmente equalizada em 2020.

34

Discriminação contra homens por companhias seguradoras permanece legal na maioria das jurisdições (incluindo os EUA). Porém, discriminação sexual na provisão das políticas de seguradoras foi vetada em toda a União Europeia no final de 2012, devido a uma decisão da Corte Europeia de Justiça - apesar de que a discriminação indireta continua, usando ocupação como marcação de gênero. Isto foi muitos anos após a maioria das outras formas de discriminação sexual (i.e. aquelas nas quais mulheres são percebidas como vítimas) ter sido banida na maior parte dos estados-membros. Por erxemplo, no Reino Unido, apesar de a maioria das outras formas comparáveis de discriminação sexual ter sido vetada quase quarenta anos atrás debaixo do Sex Discrimination Act de 1975, a Seção 45 da lei explicitamente isenta companhias seguradoras de sujeição por discriminaçãosexual se elas puderem demonstrar que a prática discriminatória que eles empregaram foi baseada em dados atuariais e fosse "razoável". Esta isenção foi preservada na Seção 22 da Parte 5 da Agenda 3 do novo Equality Act de 2010. Como resultado, desde 2010 seguradoras rotineiramente fornecem a jovens condutores homens o dobro do valor exigido para jovens condutoras mulheres. Esta situação não foi limitada a seguro de carros. Pelo contrário, as únicas circunstâncias nas quais os fornecedores de apólices foram impedidos de discriminar em razão do sexo foi quando "as diferenças resultam dos custos associados com gravidez ou com a mulher dando à luz" sob a seção 22(3)(d) da Agenda 3 – em outras palavras, a única circunstância prontamente aparente onde fornecedores de apólice esperariam discriminar contra mulheres em vez de homens.

35

Dubay v. Wells (2004); Danforth v Planned Parenthood 428 U.S. 52 (1976); Planned Parenthood v Casey 505 U.S. 833 (1992) Paton v. Trustees of British Pregnancy Advisory Service Trustees (1978) QB 276; C v S (1988) QB 135.

36

Enquanto Warren Farrell em The Myth of Male Power (revisto aqui) propõe-se a identificar doze "excludentes 'somente para mulheres'" na lei criminal americana, estou pensando aqui particularmente nos Infanticide Acts de 1922 e 1938 no Reino Unido, que davam reconhecimento estatutório explícito a um deles.

37

No original, "scab labor movement". "Scab", literalmente, significa "crosta de ferida". Nesta locução, diz respeito ao trabalhador sindicalizado que retorna ao trabalho sem permissão do sindicato, ou mesmo um não-sindicalizado que se dispõe a trabalhar apesar do piquete.

38

Lyndon, N (1993) No More Sex War: p123.

39

Bax, EB, (1913) The Fraud of Feminism (London: Grant Richards Ltd.): at p76.

http://archive.fo/oqGOf

Autor: V. E. Lane

Criado em: 2019-07-20 sáb 16:23

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