terça-feira, 8 de agosto de 2017

GirlWritesWhat Selecta - 3

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Você está automaticamente saltando para uma situação onde mulheres têm uma clara vantagem e convenientemente ignorando onde tais vantagens não existem.

Não, não estou. Talvez você seja simplesmente incapaz de absorver um argumento e processá-lo. Então permita-me quebrá-lo em minúsculas partes digeríveis para você:

  1. enquanto cotas não existem de ponta a ponta em toda companhia, elas existem em muitas. Tais companhias comumente têm políticas para ativamente promover mulheres, agressivamente buscar talentos femininos, e priorizar mulheres na linha de carreira.

  2. não obstante estas medidas artificiais extensivas, a reserva de mulheres que são

    1. qualificadas, e
    2. interessadas

    nas posições ou assentos corporativos superiores permanece lamentavelmente pequena comparada aos homens. Estas companhias não conseguem preencher as posições que elas voluntária ou involuntariamente reservaram às mulheres, mesmo que estas empresas tenham suportes e infraestrutura massivos para buscar e promover tais mulheres.

  3. você mesmo indicou que as mulheres que estas grandes companhias estão agressivamente procurando não estão no alto escalão ou ao longo de "outro lugar" (isto é, em companhias menores). Elas não estão.

  4. firmas pequenas são isentas de todos os tipos de requerimento de diversidade que aplicam-se a companhias maiores. Por quê? Porque buscar, recrutar e agressivamente promover mulheres como política custa tanto que firmas pequenas não podem proporcionar isso. As iniciativas e medidas necessárias são caras demais para o restante da base trabalhadora compensar os custos.

Então, onde estão essas mulheres? Elas estão sendo convidadas. Estão sendo bem-vindas. Estão sendo encorajadas. Estão sendo procuradas. Estão sendo promovidas acima dos homens, com tudo o mais sendo igual (ou próximo de ser igual). Elas estão recebendo uma vantagem formal em um monte de grandes corporações. E elas são também as beneficiárias de vantagens informais na contratação (todo mundo está desesperado para melhorar a "diversidade de perfis" nesses dias).

Eventualmente você vai ter que se perguntar: "é este tipo de sucesso que a maioria das mulheres realmente quer?". Se não é isto o que a maior parte das mulheres quer, então como é que isto pode ser um problema? Se as mulheres que querem mesmo isso são capazes de fazê-lo, e as mulheres que não são capazes de fazer o que elas quiserem, isto é mesmo um problema real? Se isso não é um problema, como os ADHHM podem afirmar que mulheres são "o problema", ou que são "seus próprios problemas"?

A principal razão por que mulheres não são promovidas tão comumente quanto homens é que elas não querem ser promovidas. Adicionalmente, mesmo mulheres que têm nobres e exaltadas aspirações de ser parte ou chegar ao ofício executivo estão encontrando-se a si mesmas desencantadas e acabam escolhendo sair deste caminho. E não, não é porque elas encontram barreiras institucionais, ou porque "é mais difícil para mulheres que para homens" -- elas observam o que homens ao redor delas têm que fazer ali e dizem a si mesmas: "bem, dane-se, não quero parte alguma nesse monte de merda. O esforço é demais para a recompensa.

Eu não vejo problema algum nisso. Eu recusei toneladas de promoções no passado, e até mesmo requeri uma demoção antes (consegui a demoção e 15% de aumento com ela, longa história). Minha irmã está em posição bem alta na administração de serviços de saúde a nível federal, e ela recusou um porrilhão de promoções. Ela simplesmente não está interessada em gastar 1/3 de sua vida em aviões e hotéis em países estrangeiros. Outros homens e mulheres em volta dela tomaram essas promoções, e conseguiram o status e pagamento maiores (e mais stress, e nunca estar em casa, e a coisa toda).

O que é isto, além de indivíduos fazendo as escolhas que são corretas para eles? Se a você está sendo oferecida uma promoção, ou uma posição na escada, e você decide que a recompensa não vale o investimento, a você não está sendo negada igualdade de oportunidade.

Agora eu te garantirei, estas mulheres são de fato um problema para o feminismo.

Mas aí é que tá. Se às mulheres estão sendo oferecidas promoções e elas estão recusando, então a insuficiência de mulheres nos quadros corporativos e no alto escalão é "culpa das mulheres". De quem mais seria?

Agora vamos olhar para a custódia das crianças. Que quero te perguntar, e quero que você seja tão honesto contigo mesmo quanto puder possivelmente ser (o que provavelmente não é muito, mas enfim), mas digamos que tomássemos essa abordagem agressiva de recrutamento com homens e custódia.

Você acha que se você dissesse a qualquer outro pai médio de fim de semana "você gostaria de que te concedêssemos mais tempo com seus filhos?" a resposta principal destes homens seria "Obrigado, mas não, obrigado. É muito trabalho pelo que vale"?

Se estivessem disponíveis cotas e iniciativas e vieses favorecendo a concessão de mais tempo para os pais homens com seus filhos, você acha que homens, em geral, não tomariam vantagem disso? Que eles diriam "bem, você fez um bom caso, mas eu simplesmente não estou interessado"?

Você acha mesmo que este seria o resultado?

E agora eu quero que você realmente olhe para as duas situações.

Para mulheres e o alto escalão executivo, mesmo as companhias que são agressivas em termos de recrutamento e promoção de mulheres, que lhes dá mentoramento extra e suporte bem como prioridade de ação afirmativa na contratação e promoção, não temos representação 50-50. Estudos têm indicado que a razão para isso e que, na maior parte, mulheres não querem.

Agora observe a custódia. Há evidência que quando homens e mulheres requerem qualquer nível de custódia física, mulheres a recebem 65% mais comumente que homens. Então sim, mesmo quando homens pedem pela custódia, eles são significativamente menos propensos a obtê-la do que mulheres o são.

Temos evidência (anedótica, sim, mas informada) de advogados de direito de família que vão direto ao ponto e advertem seus clientes homens para não tentar a custódia a não ser que eles tenham bolsos profundos e um bom tanto de tempo. E apesar disso, há muitos homens que pedem por custódia. A proporção de homens que pedem por custódia quase certamente excede a proporção de mulheres comparada com homens no alto escalão ou nos quadros corporativos.

Ninguém está estendendo o tapete vermelho a homens no que concerne a custódia na forma que se tem feito por décadas com mulheres e empregos superiores. Ninguém está oferecendo a eles custódia a fim de que eles possam recusar, e de fato, profissionais no assunto estão lhes informando que pedir por isso é tipicamente sem sentido. E mesmo quando eles pedem, eles são menos propensos a obter qualquer medida de custódia do que as mulheres.

Eu só posso imaginar sua reação se eu alegasse o mesmo para mulheres em qualquer situação.

Certamente. Exceto pelo fato que a avassaladora evidência neste ponto é que não apenas mulheres não estão pedindo por promoções para o topo tão frequentemente quanto os homens, mas que quando tais promoções lhes são oferecidas, elas não aceitam -- que mulheres não aceitando promoções que lhes são oferecidas sem sequer terem pedido é a principal razão de serem sub-representadas no topo.

Você acredita mesmo que estas duas situações são remotamente comparáveis?


META
Autor Karen Straughan
Link Original https://www.reddit.com/r/PurplePillDebate/comments/6dhe4e/_/dibui0e/
Link Arquivado http://archive.is/4yxEL

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